BeatrizEstou sentada na sala de espera, mexendo no celular para passar o tempo, mas mal consigo me concentrar. A cada minuto olho para o relógio. Rafael está atrasado. Sei que ele teve uma reunião importante, mas parte de mim queria que ele já estivesse aqui comigo nesse momento. Não é só uma consulta de rotina, é o nosso filho.Respiro fundo e coloco a mão na barriga. Sinto um chute leve e sorrio, mesmo com a ansiedade que toma conta de mim.— Beatriz, pode entrar — diz a enfermeira, me chamando para o consultório.Levanto e sigo para a sala da doutora Mônica. Ela está lá, sempre calma e profissional, mas com um sorriso acolhedor.— Como está, Beatriz? — ela pergunta, me convidando a sentar.— Estou bem, acho — respondo, tentando soar mais tranquila do que realmente estou.Ela revisa os resultados dos meus exames enquanto trocamos algumas palavras. A sala é iluminada e confortável, mas meus pensamentos estão longe, presos no medo que tem me assombrado há semanas.No meio da conversa
MirnaHoje é o grande dia. Desde que tivemos a ideia de fazer um chá de bebê surpresa para Beatriz e Priscila, o clima entre as mulheres tem sido de animação e planejamento. Tudo foi cuidadosamente organizado no jardim da casa de Teresa, que, como sempre, abriu as portas com aquele sorriso acolhedor que só ela tem. Cada uma de nós trouxe algo especial, pratos deliciosos, decorações e, claro, presentes para os dois meninos que estão a caminho.Stefany e Fabrícia se encarregaram da missão mais importante, trazer as futuras mamães até aqui sem levantar suspeitas. Criaram uma desculpa perfeita, e agora estamos todas à espera delas, escondidas entre os arranjos de flores e as mesas decoradas.O jardim está deslumbrante. Teresa cuidou pessoalmente dos detalhes, e o resultado é um espaço mágico, com luzes penduradas entre as árvores e uma longa mesa repleta de doces e salgados. Minha irmã, Mônica, trouxe seu toque especial como obstetra, escolhendo temas que celebram a maternidade de uma fo
Dois Anos depoisBeatrizSegurei o Rafinha nos braços pela primeira vez e senti o mundo parar. Meu coração se enche de uma alegria que mal consigo descrever, uma mistura de amor, gratidão e alívio. Ele nasceu forte e saudável, graças a Deus, numa cesariana programada. Dra. Mônica, como sempre, foi incrível, conduzindo tudo com uma calma que só ela tem. Rafael não conteve as lágrimas ao cortar o cordão umbilical. Acho que nunca vou esquecer o brilho nos olhos dele ao ver nosso pequeno pela primeira vez.No dia seguinte à minha alta, Priscila e Lucas vieram nos visitar para conhecer o Rafinha. Eles estavam radiantes, como sempre. Mas no meio da conversa, Priscila ficou tensa, segurou a barriga e disse que algo estava acontecendo. O trabalho de parto dela começou ali, no nosso condomínio. Foi uma correria só! Mirna e Mônica se mobilizaram rápido e levaram Priscila para o hospital. Lucas, coitado, estava mais nervoso do que nunca, mas no fim tudo correu perfeitamente. Algumas horas depoi
BeatrizSento-me no sofá da sala, com Giulia e Rafa dormindo serenamente ao meu lado, e deixo que a mente vagueie por tudo o que aconteceu desde que cheguei aqui. Parece uma vida inteira, embora tenha sido tão pouco tempo. Quando vim para o condomínio pela primeira vez, não imaginava o quanto a minha vida mudaria, quantas reviravoltas e segredos esperavam por mim.Cheguei para trabalhar ao lado do Rafael, um homem inteligente, dedicado, mas envolto em mistérios. De início, a nossa relação era puramente profissional, ou pelo menos foi assim que tentei manter. Mas os dias de pesquisa juntos, a nossa cumplicidade no trabalho, a troca de ideias, tudo isso foi criando um laço que eu não esperava, um laço que só cresceu quando descobri que estava grávida do Lipe. Contar a Rafael foi um dos momentos mais difíceis, e ao mesmo tempo, mais surpreendentes. Em vez de me afastar ou me julgar, ele me fez uma proposta que mudou tudo. Rafael me ofereceu segurança, apoio… e casamento. Uma chance de cr
BeatrizOlho para a tela do computador, determinada. Vou seguir essa trilha até o fim, conversar com qualquer pessoa que possa ter informações, tentar todo o tipo de contato, recurso, o que for preciso, não vou poupar tempo, esforços ou dinheiro. E se for necessário, usarei os contatos da máfia para isso, para garantir que ele tenha uma chance, por menor que seja.Uma última opção surge em minha mente, e a ideia me perturba, mas não a afasto de imediato. No mundo em que estamos, com as alianças e os recursos que Rafael controla, talvez exista algo fora dos limites tradicionais da medicina, uma solução que ainda não foi descoberta ou que está disponível apenas para quem possui os contatos certos. Faço uma lista mental das pessoas a quem posso recorrer, dos caminhos que estou disposta a explorar, e prometo a mim mesma: farei o impossível.Com um último olhar para os meus filhos, prometo em silêncio que encontrarei um jeito de mantê-lo ao nosso lado. Não estou pronta para viver sem ele,
BeatrizAnos depois…. A tarde está com uma leve brisa e um sol que aquece a pele sem queimar.Uma verdadeira tarde agradável de outono, Giulia brinca em volta da cadeira de balanço que Rafael está acomodado, infelizmente nestes últimos meses a doença tem avançado de forma muito rápida, e meu tempo tem sido dar atenção aos meus filhos, que fazem os seus dias menos dolorosos com a alegria infantil.A minha vida com o Rafael estava bem e a nossa rotina seguiu normal com ele fazendo as pesquisas e anotando todas as alterações encontradas e eu participava de todas as etapas das pesquisas coletas, armazenamento, desenvolvimento de colônias nas placas de petri e em tubos de ensaio, trabalhamos de forma conjunta e intensa, conseguindo assim um vasto material sobre solo e água, como também vários pesticidas e agrotóxicos encontrados de forma excessiva e toda a pesquisa foi feita com contra prova, em alguns casos várias vezes.Porém, com o passar do tempo, ele piorou, quase enlouqueci e me r
RafaelBeatriz, como sempre, bem receptiva, beijo a sua boca, com paixão, desço devagar e vou passando pelo seu pescoço, chego no seus sei0s, que estão bem durinhos e começo a chupar, enquanto massageio um e chupo o outro e vou me deliciando com as reações do seu corpo.— Ah, Rafael!— Por favor, te quero tanto, estou sentindo falta desses nossos momentos!—Você é minha Beatriz, eu também te quero muito, também senti muita falta, mas agora estou bem e recuperado! — Você é linda, maravilhosa!— Necessito de você.Vou descendo a minha trilha de beijos, distribuo beijos molhados por todo o seu corpo, continuo descendo, fazendo com que ela fique mais ansiosa, ela geme e se esfrega em mim.Observo as suas reações, o seu peit0 sobe e desce, ela está completamente entregue, inebriada de tesã0, implora com o olhar para me sentir dentro dela.Seguro as suas coxas e as afasto, aliso o seu sex0 molhado, que anseia por mim, olho para ela que está respirando rapidamente, Beatriz está ansiosa, im
Beatriz Acordo, me espreguiço e por um segundo, tudo parece normal como sempre. A luz da manhã entra suave pelas frestas da cortina, e o quarto está silencioso, calmo. Logo o som das risadas das crianças estarão ecoando por toda a nossa casa. A nossa família é linda feliz, faço questão que a felicidade continue fazendo morada aqui conosco. Repentinamente sinto algo estranho, um nó na garganta, então me me viro para o lado, algo não está certo. Rafael não se move. Chamo o seu nome, pausadamente, num sussurro, na esperança de ouvir sua resposta, mas nada. Uma sensação fria me invade, subindo do peito para a garganta enquanto toco seu rosto. Ele está ali, mas ao mesmo tempo, não está. A realidade começa a se desenhar diante de mim com uma clareza cruel. Meu coração acelera, cada batida ecoando em desespero, mas é como se o mundo ao redor se tornasse distante, abafado. Minhas mãos tremem enquanto acaricio seu rosto, meus dedos deslizem sobre a pele fria dele pela última vez, buscan