Lucas Me olho no espelho, meu reflexo nítido e o corpo definido que construí com anos de treino e disciplina. Aos 22 anos, eu me sinto no auge. Os ombros largos, os braços fortes, o abdômen marcado... Não posso negar, gosto do que vejo. As garotas sempre reparam, é inevitável. Desde que comecei a treinar mais sério, os olhares vieram naturalmente, sejam nos bares, festas ou mesmo nas ruas. Mas hoje, isso não importa tanto.Respiro fundo, ajeito o cabelo com as mãos e olho mais uma vez para mim mesmo antes de entrar no chuveiro.A água quente escorre pelo meu corpo, aliviando a tensão. Sinto o estresse da missão e da responsabilidade sendo levado pelo ralo, por alguns minutos, deixo tudo ir embora. Fecho os olhos e só sinto a água cair, a mente esvaziando aos poucos.Depois de um tempo, desligo o chuveiro e me seco com calma. O frescor pós-banho relaxa cada músculo e me traz uma paz momentânea. Jogo a toalha de lado, ando até a cama e me deixo cair sobre o colchão, nu, a pele ainda qu
StefanyO casamento de Rafael e Beatriz foi lindo, parece que foi ontem, mas já se passaram alguns meses, apesar de toda a nossa preocupação com o desenrolar dos primeiros dias e as revelações que o Rafael faria para a Beatriz, ficamos na torcida e graças a Deus deu tudo deu certo.É muito bonito ver os dois juntos, o entrosamento do casal é perfeito e pela primeira vez na vida, vemos Rafael apaixonado, ele realmente ama a Beatriz e tem a gravidez da Beatriz como se o bebê realmente fosse seu filho biológico. Isso me deixa muito feliz, pois Rafael é um líder muito respeitado e querido por todos, sempre atento a necessidade de cada um e nunca deixa passar nada despercebido diante dos seus olhos atentos. Decidi como filha da máfia, e era nosso costume quando ainda morava nos Estados Unidos convidar as mulheres para uma recepção de acolhimento e boas vindas para a Beatriz, é a nossa forma de receber e agradar a mulher que está chegando ao grupo, apesar de que, sempre fizemos isso logo
BeatrizAs meninas já haviam deixado os pratos em uma bancada muito bem decorada, e nela haviam quindins, queijadinhas, biscoitos amanteigados e uma grande variedade de doces sem falar nos salgados.Por isso que Liana e Yana se retiraram. A mesa está uma tentação!Meninas vamos nos apresentar por favor assim a Beatriz saberá quem é quem!— Eu sou a Mirna, esposa do Liam, mãe dessa sapeca aqui, a Luana e o Lucas, que está fora em missão com a Priscila.— Eu sou médica, cirurgiã geral e aquela ali é a Monica, a minha irmã, a sua obstetra!— A Mônica também é casada, mas o seu marido viajou com os dois filhos dela, foram visitar a mãe dele que está adoentada e já tem idade avançada.— Oi Beatriz, posso te chamar de Bia? Eu sou a Luciana, sou enfermeira, e sou a esposa do André. Qualquer coisa é só me chamar, sempre estou às ordens.— Claro que pode sim Luciana, é um prazer conhecê-la pessoalmente. — digo.— Eu sou a Tereza Bia, também posso te chamar assim não é? Sou a contadora e esposa
BeatrizAcordamos cedo, nos arrumamos e tomamos um belo café da manhã, já estou no final da gestação, bem pesadinha, o Rafael pega o carro e me ajuda a entrar, seguimos tranquilamente pelas ruas de Brasília, ele dirige com muita atenção, olho no retrovisor e vejo que estamos sendo seguidos, como sempre, um dia terei que me acostumar com essa realidade, mas acreditei que o chefe não fosse seguido…Logo entramos na clínica, deixo o meu documento na recepção, e me sento na sala de espera, sentindo as mãos de Rafael apertarem as minhas. Embora ele pareça calmo, eu consigo sentir a tensão no seu aperto firme. Talvez seja o jeito dele de lidar com tudo, tentando me passar segurança, mas a verdade é que ambos estamos cheios de expectativas e um pouco nervosos.A porta do consultório se abre e a doutora Mônica aparece com um sorriso caloroso. Ela tem sido incrível durante todo o processo, sempre gentil e atenciosa.— Beatriz, Rafael, entrem, por favor.Nos levantamos e seguimos até a sala,
Beatriz— Eu entendo que você quer adiantar as coisas, Bia, mas seu corpo está pedindo descanso. Você ouviu a doutora Mônica, não ouviu? Ela disse que estamos nas últimas semanas, e isso significa que você precisa pegar mais leve — ele argumenta, com um tom que mescla preocupação e autoridade.— Eu sei o que a médica disse, Rafael — retruco, um pouco mais ríspida do que pretendia. — Mas não posso simplesmente largar tudo agora. O laboratório é minha responsabilidade também. Não posso ficar parada esperando a Giulia nascer e deixar todo o trabalho acumular.O pequeno silêncio que se segue é denso. Rafael cruza os braços, me observando com uma expressão que conheço bem. Ele não quer discutir, mas está claramente desconfortável com a ideia de eu continuar trabalhando nesse ritmo.— Eu só não quero que você se esgote — ele diz, finalmente, em um tom mais suave. — Não é uma questão de deixar o trabalho para depois. É sobre cuidar de você e da nossa filha. O que adianta adiantar o trabalho
PriscilaEstou no quarto do apartamento, o ambiente está silencioso, mas minha mente é um caos. Me sento na cadeira em frente ao espelho e começo a me preparar, mas dessa vez, não sou Priscila. Não posso ser. A partir de agora, sou apenas uma adolescente comum, de 16 anos, uma garota frágil e desavisada, um alvo perfeito para o esquema que vamos desmantelar.Primeiro, a maquiagem. Começo suavemente, querendo parecer mais jovem, ingênua. Um toque de blush para dar aquele ar de inocência, olhos menos marcados, quase sem delineador. Apenas o suficiente para chamar atenção, sem parecer que tentei demais. Os lábios, com um gloss suave, quase infantil. O visual é importante, mas o comportamento... isso é o que vai selar o disfarce.Lucas entrou no quarto mais cedo e deixou algumas instruções sobre como devo me comportar. Ele observou de longe enquanto eu praticava o jeito de andar, o jeito de falar, a postura. Não posso parecer confiante demais, nem vulnerável a ponto de levantar suspeitas.
PriscilaEstou no quarto do apartamento, o ambiente está silencioso, mas minha mente é um caos. Me sento na cadeira em frente ao espelho e começo a me preparar, mas dessa vez, não sou Priscila. Não posso ser. A partir de agora, sou apenas uma adolescente comum, de 16 anos, uma garota frágil e desavisada, um alvo perfeito para o esquema que vamos desmantelar.Primeiro, a maquiagem. Começo suavemente, querendo parecer mais jovem, ingênua. Um toque de blush para dar aquele ar de inocência, olhos menos marcados, quase sem delineador. Apenas o suficiente para chamar atenção, sem parecer que tentei demais. Os lábios, com um gloss suave, quase infantil. O visual é importante, mas o comportamento... isso é o que vai selar o disfarce.Lucas entrou no quarto mais cedo e deixou algumas instruções sobre como devo me comportar. Ele observou de longe enquanto eu praticava o jeito de andar, o jeito de falar, a postura. Não posso parecer confiante demais, nem vulnerável a ponto de levantar suspeitas.
PriscilaEu me sento em um banco alto e peço uma bebida leve, algo que uma garota de 16 anos pediria. O barman, já sabe quem sou eu e sabe o que tem que fazer, me olha de cima a baixo e sorri de canto, mas não diz nada. Ele me serve, e eu fico ali, fingindo observar o ambiente ao redor, mas na verdade já estou caçando.É só questão de tempo até que um deles me encontre.Lucas havia me avisado. Eles se aproximam devagar, testam as águas antes de se jogarem de cabeça. E eu tenho que estar pronta para o momento em que isso acontecer. A atmosfera da boate é pesada, quase sufocante. Olho ao redor, procurando rostos suspeitos, homens mais velhos que parecem deslocados no meio de tantos jovens. São eles que quero atrair.De repente, sinto uma presença ao meu lado. Um homem, talvez na casa dos 40 anos, se aproxima devagar e se inclina no balcão ao meu lado. Ele pede uma bebida para ele, e outra para mim, sem que eu tenha pedido.— Você parece meio perdida, garotinha. Primeira vez aqui? — ele