Ela me perdoou

Ramiro

O cheiro do café fresco paira no ar quando entro na cozinha, mas o meu peito ainda carrega o aroma de Ana. O perfume dela ficou impregnado na minha pele, lembrança de uma noite intensa que começou no instante em que ela chegou da boate, exausta, e terminou com nós dois sob a água quente do chuveiro, deixando que o desejo falasse mais alto. Agora, enquanto me sento à mesa, tento afastar o torpor do prazer recente e focar no presente.

— Já fez tudo isso sozinha, Laura? — pergunto, observando a mesa perfeitamente arrumada.

Ela sorri com simplicidade, os olhos brilhando com aquele carinho silencioso que aprendi a reconhecer com o tempo.

— Alguém tem que cuidar dessa casa, não é? Além disso, gosto de cozinhar — responde, servindo-me uma xícara de café.

— Obrigado, filha — digo, e percebo como essa palavra soa natural agora.

Tomo um gole quente enquanto ela se senta à minha frente e começamos a comer juntos. O silêncio entre nós não é desconfortável. Pelo contrário, carrega uma cump
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