Cirurgia

Beatriz

As horas parecem dias. O relógio na parede da sala de espera marca os minutos em um ritmo lento e cruel. Cada segundo ecoa na minha mente como um martelo batendo sem parar. Marcos e Teresa estão comigo o tempo todo, me oferecendo apoio silencioso. Ainda assim, é como se eu estivesse sozinha. O vazio ao meu redor é enorme.

Minha mente não consegue parar de pensar em Rafael. Ele está ali, em uma sala fria, cercado por médicos, bisturis, monitores que apitam. O coração aperta. Uma parte de mim quer levantar e correr para lá, arrancá-lo da mesa e levá-lo de volta para casa, onde ele estaria seguro.

— Vai dar tudo certo, Bia. — Teresa repete pela milésima vez, como se tentasse acalmar uma criança.

Eu respiro fundo e concordo com a cabeça, mas é mentira. Não tenho certeza de nada. Não sei se vai dar certo. Não sei se ele vai sair dali sorrindo ou... não.

As lágrimas ameaçam cair de novo, mas eu engulo o choro. Minha cabeça dói, meu corpo está exausto. Não consegui dormir nem comer d
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