UTI

Beatriz

As horas seguintes são as mais longas da minha vida. Sinto como se estivesse flutuando em um limbo, onde o tempo simplesmente parou e o ar ficou pesado demais para respirar. Teresa adormeceu encostada no ombro de Marcos, o cansaço finalmente a vencendo, mas eu não consigo fechar os olhos nem por um segundo. Minha mente não me dá trégua, voltando sempre à imagem de Rafael naquela maca, inconsciente, dependente de máquinas para viver.

André chega pouco tempo depois, entrando na sala de espera com uma expressão preocupada. Assim que ele me vê, se aproxima e me abraça, apertado, como um irmão que tenta me dar forças.

— Alguma notícia? — ele pergunta baixinho a Marcos.

— Estabilizaram ele e levaram para a UTI — Marcos responde, suspirando.

— Agora é esperar as próximas horas.

André me olha com aquele jeito sério e firme que sempre teve, mas vejo a tristeza nos olhos dele. Ele toca meu ombro com gentileza.

— Ele vai sair dessa, Bia. O Rafael é forte, ele sempre foi.

Quero acredita
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