Cada vez mais confuso

Gian Carlo

O relógio marca três da manhã, mas o sono não vem. Na escuridão do meu quarto, cada respiração parece ecoar como um trovão na minha mente inquieta. A ideia de Maria no quarto ao lado é uma presença constante, quase sufocante. Cada detalhe dela está gravado em minha memória, os olhos que se desviam timidamente, a curva sutil de seus lábios, o tom suave de sua voz. E agora, ela está tão perto que consigo sentir o perfume que ainda paira no ar.

Levanto-me sem pensar muito. Não é o desejo que me move, mas algo mais profundo, algo que não consigo nomear. Deslizo pela casa silenciosamente, como um predador em busca de algo inevitável. Paro diante do local onde ficam as chaves reservas. Meu coração acelera, mas não hesito.

Quando a chave do quarto de Maria está em minha mão, sei que já cruzei um limite invisível.

A porta se abre com um clique suave, e o ar dentro do quarto dela é mais doce, mais quente. Ela está lá, adormecida, com a respiração ritmada e tranquila.

O tecido fin
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