Flagrante

Gian Carlo

Depois, quando estamos deitados novamente, Maria com a cabeça apoiada no meu peito, sinto o peso das palavras dela ainda pairando no ar. E, pela primeira vez, me pergunto se estou fazendo tudo errado. Se estou empurrando alguém que se importa comigo para longe, porque não sei como corresponder.

Olho para o teto, minha mente correndo em direções que eu não gostaria. Penso na máfia, nas obrigações, no peso que carrego por ser quem sou. E penso em Maria, no que ela significa para mim. No que eu poderia significar para ela, se eu fosse corajoso o suficiente para tentar.

Mas o que realmente me assombra é a questão que não consigo responder, se eu não sou capaz de dar a Maria o que ela quer, o que ela merece, então o que estou fazendo aqui?

As respostas não vêm, e a confusão dentro de mim apenas cresce. Tudo o que sei é que algo precisa mudar. E, ao mesmo tempo, não tenho ideia de como começar.

A luz da manhã começa a invadir o quarto, tingindo as cortinas de um dourado suave. Es
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