BeatrizO dia está quente e decidi convidar Fabrícia e Stephanie para um dia de meninas, sem obrigações, um dia nosso. Já que não teremos trabalho por causa do feriado, Marlon e Anthony tomarão conta das crianças junto com o Rafael e nós aproveitaremos o dia a vontade.Elas acharam ótimo e não demorou uma hora para que já estivéssemos com tudo organizado e nos preparando para sair em direção ao shopping mais próximo de casa, por precaução, já que os gêmeos podem precisar da mamãe a qualquer momento. Desde quando cheguei no condomínio, sempre fomos como irmãs e isso tem me feito muito bem, ainda mais nos últimos tempos, com ela aprendi muito, inclusive sobre maternidade.Em pouco tempo a minha vida mudou bruscamente, a ajuda e o apoio das meninas tem sido essencial, há alguns meses atrás eu estava me formando, terminando um relacionamento e descobrindo que estava grávida, elas me ampararam quando pensei que tudo fosse desmoronar.Hoje eu estou casada com outro homem que me trata como
Rafael Estou no laboratório com a Beatriz, o ambiente tranquilo, o som suave dos equipamentos e a atenção voltada as pesquisas. Ela está concentrada em uma análise enquanto eu termino de organizar alguns relatórios. Gosto desses momentos, de estar ao lado dela, mesmo em meio ao trabalho. Ver como ela mergulha no que faz, sempre tão dedicada, me faz admirá-la cada vez mais.Enquanto reviso alguns dados no computador, o meu telefone vibra no bolso. Uma mensagem rápida, mas o suficiente para me deixar tenso, muito tenso. Preciso sair. Algo importante surgiu na organização e não posso ignorar em hipótese alguma.— Amor, vou ter que sair por um tempo — digo, tentando não demonstrar a urgência na minha voz.Ela levanta os olhos, surpresa.— O que houve?— Um problema que preciso resolver agora. Mas fique tranquila, não vou demorar.Beatriz franze o cenho, claramente preocupada, mas não faz muitas perguntas. Ela sabe que existem partes da minha vida das quais não posso dar detalhes, e eu de
RafaelChegamos à boate em questão de minutos. É um dos negócios mais lucrativos da nossa organização, e preciso garantir que continue assim. A fachada do lugar brilha com luzes de neon, pessoas entrando e saindo, curtindo a noite sem ter a menor ideia de quem realmente comanda tudo ali. Esse é o ponto. Mantemos tudo sob controle, de maneira invisível, mas eficiente.Desço do carro e olho para Marlon, Ramiro e Marcos.— Vamos entrar, conferir tudo. Quero ver os números do fluxo de caixa e conversar com o gerente. Se algo estiver fora do lugar, a gente resolve agora.— Por favor, deem uma conferida nas câmeras e também nos banheiros femininos, se tudo está sob controle, não pedemos permitir que nada saia do controle, e o pior, que aconteçam abusos nos banheiros.Entramos pela porta dos fundos, passando pelos seguranças que nos cumprimentam com um aceno de cabeça. O som da música pulsa nas paredes, mas não estou aqui para diversão. Atravessamos o corredor até o escritório da gerência, o
BeatrizDepois de um longo dia no laboratório, chego em casa exausta. O peso do cansaço se acumula nos meus ombros, mas há algo mais pulsando dentro de mim hoje. Uma ansiedade, uma energia diferente. Jogo a minha bolsa no sofá e respiro fundo. Preciso de um banho para renovar as minhas forças.Entro no banheiro e a água quente é como um abraço reconfortante. Fecho os olhos, deixando a água deslizar pelo meu corpo, levando embora o peso do dia. Minha mente começa a divagar... em Rafael. Ultimamente, ele tem estado na minha cabeça o tempo todo, e a forma como ele me olha, como me toca, desperta em mim uma intensidade que há tempos não sentia.Saio do banho e me enrolo na toalha, já decidida no que quero para a noite. Passo creme no corpo enquanto penso em cada detalhe. Hoje, vou surpreendê-lo. Quero que ele me veja, que sinta o quanto eu o desejo, na verdade hoje pretendo me declarar para o meu marido. O jantar ainda precisa de alguns retoques. Vou até a cozinha e mexo na panela com um
Beatriz Eu te amo tanto, Beatriz! — ele sussurra, a voz grave e cheia de emoção. — Mais do que qualquer coisa neste mundo. Eu não sei o que faria sem você.Meu peito se enche de um calor indescritível, e sinto os meus olhos arderem, uma mistura de felicidade e desejo me consumindo.— Eu também te amo, Rafael. Você me fez uma mulher feliz e realizada.Ele segura meu rosto entre as mãos, olhando profundamente nos meus olhos, noto seus olhos marejados pela minha declaração.— Prometo que vou te fazer feliz todos os dias da sua vida, te proteger, te amar, te cuidar… nada mais importa para mim, só você.Minhas mãos deslizam por suas costas, sentindo cada músculo se tensionar sob a pele. O toque dele, sempre tão firme, agora é de uma ternura que me faz derreter por dentro.— Eu sou sua, Rafael... completamente sua, de corpo e alma. Não há mais volta. Não quero mais voltar.Ele inclina a cabeça, encostando a testa na minha. — Você é tudo o que eu sempre quis. E eu nunca vou deixar você i
BeatrizA cada segundo, a tensão entre nós crescia, e eu me perdia na sensação de ser guiada por ele, por sua experiência, por sua vontade. Ele puxava as cordas da minha entrega como um maestro conduzindo uma sinfonia, e eu seguia, completamente imersa.— Você é minha, Beatriz — ele sussurrou com firmeza.— Sempre fui — respondi, deixando que minha voz carregasse todo o desejo que sentia por ele.O som suave do chicote cortando o ar foi o primeiro sinal. O meu corpo já estava em alerta, os músculos tensos de antecipação. Cada segundo parecia se estender, e meu coração batia forte, em sincronia com a respiração lenta e controlada de Rafael. Eu não sabia o que vinha a seguir, e a expectativa me deixava ainda mais ansiosa, desesperada para sentir o que ele tinha reservado para mim.Então veio o primeiro toque — não era dor, era um calor profundo que se espalhava pela minha pele. O chicote, em suas mãos, era como uma extensão do seu domínio, e ele sabia exatamente como usá-lo, como fazer
Rafael Após uma noite intensa, que Beatriz dormiu aconchegada nos meus braços, acordamos com todo gás, a nossa manhã foi corrida no laboratório, então aproveito o final de tarde para passear e mostrar mais algumas verdades a minha amada Beatriz. Estamos caminhando devagar pelo condomínio, o sol da tarde começa a cair, tingindo o céu com tons alaranjados, enquanto eu mostro cada detalhe para Beatriz. Ela está ao meu lado, atenta, os olhos observando tudo com curiosidade e um certo ar de desconfiança. Eu sei que esse momento vai ser um divisor de águas para nós dois, mas é necessário. Ela precisa conhecer a verdade, saber onde estamos pisando. — Esse lugar é diferente de qualquer outro, começo, mantendo o tom casual, mas sentindo o peso da seriedade no ar. — Não é só um condomínio comum, Beatriz. Todos aqui têm um papel, uma história que se cruza com a minha, e agora, com a nossa. — Como você sabe, o Marlon se casou com a Stefany, ela veio de uma família da máfia, o Antonio se apa
Rafael— Beatriz, calma, ela deve ter se machucado em missão, aqui mulheres são respeitadas, e a Priscila é uma exímia atiradora e lutadora, não apanharia assim de graça, mas incidentes acontecem, infelizmente.A expressão dela, embora calma, não conseguia esconder a tensão que carregava. Priscila estava explicando alguma coisa, algo sobre uma missão em que tinha "batido a boca". A marca no rosto dela era visível, um hematoma arroxeado perto dos lábios, mas o olhar da Beatriz era mais afiado do que o normal, como se ela soubesse que aquela história não se sustentava.— Foi um erro, sabe? Acontece — Priscila disse, passando a mão pelo rosto, como se quisesse minimizar o impacto daquilo. — Não foi nada demais.Beatriz assentiu devagar, mas eu podia ver que ela não estava convencida. Ela abriu a boca para falar algo, mas então Priscila, talvez para evitar mais perguntas, se desculpou rapidamente.— Eu preciso ir, tenho que resolver algumas coisas — disse, dando um passo apressado em dire