Rafael— Beatriz, calma, ela deve ter se machucado em missão, aqui mulheres são respeitadas, e a Priscila é uma exímia atiradora e lutadora, não apanharia assim de graça, mas incidentes acontecem, infelizmente.A expressão dela, embora calma, não conseguia esconder a tensão que carregava. Priscila estava explicando alguma coisa, algo sobre uma missão em que tinha "batido a boca". A marca no rosto dela era visível, um hematoma arroxeado perto dos lábios, mas o olhar da Beatriz era mais afiado do que o normal, como se ela soubesse que aquela história não se sustentava.— Foi um erro, sabe? Acontece — Priscila disse, passando a mão pelo rosto, como se quisesse minimizar o impacto daquilo. — Não foi nada demais.Beatriz assentiu devagar, mas eu podia ver que ela não estava convencida. Ela abriu a boca para falar algo, mas então Priscila, talvez para evitar mais perguntas, se desculpou rapidamente.— Eu preciso ir, tenho que resolver algumas coisas — disse, dando um passo apressado em dire
RafaelPriscila respira fundo, tentando controlar o tremor que tomou conta de seu corpo. Ela olha para mim com os olhos pesados, marcados pela dor de anos de abuso e humilhação, e eu só consigo sentir a raiva queimando dentro de mim. Eu conhecia Ramiro há muito tempo, sabia que ele era um homem duro, mas não fazia ideia do inferno que ele fazia a própria filha passar.— Rafael… — Ela começa, a voz baixa, quase um sussurro, como se tivesse medo de que o pai pudesse escutá-la, mesmo aqui, longe dele. — Desde que me lembro, eu nunca fui filha. Sempre fui… empregada.Eu continuo em silêncio, ouvindo, deixando que ela despeje tudo de uma vez.— Eu sou tratada com xingamentos e porrada. Não importa o que eu faça, nunca está bom pra ele. trabalho tanto quanto ele, tenho que fazer toda a faxina da casa sozinha e ele faz questão de procurar alguma imperfeição para me surrar.Uma vez desmaiei de tanto apanhar porque um vidro estava embaçado… Ele sempre arranja algo para me humilhar. E quando n
RafaelPriscila continua em silêncio, mas seus olhos agora estão fixos em Lucas, surpresa e, talvez, aliviada pelo que ele acabou de dizer.— Você entende o que está pedindo, Lucas? — pergunto, finalmente. — Casar com a filha de Ramiro não é uma decisão simples. Isso vai colocar você numa posição complicada com ele. E se ele souber que esconderam isso dele por todo esse tempo… pode custar muito mais do que você imagina.Lucas assente, mantendo-se firme.— Eu entendo, Rafael. Mas estou preparado para lidar com as consequências. Não vou fugir disso.O ar no escritório parece mais denso, e posso sentir a tensão entre os três. Lucas está decidido, e Priscila parece aliviada por, finalmente, alguém ter falado o que ela nunca teve coragem de dizer. Isso complica as coisas, mas ao mesmo tempo, oferece uma saída.— Muito bem — respondo, após uma pausa. — Vamos lidar com isso de maneira cuidadosa. Mas saiba que, se qualquer coisa der errado, o preço a ser pago será alto.Priscila e Lucas me ol
Rafael— Ramiro — começo, sem perder tempo. — Você tem uma missão hoje à noite. Preciso que vá até a boate da Asa Sul. Há suspeitas de algo errado com o circuito de câmeras. — Quero que faça uma verificação completa, minuciosa. Verifique cada ângulo, cada fita, e não deixe nenhum detalhe escapar.Ele me encara, absorvendo a ordem.— Não quero que volte até que tenha certeza de que não há nada suspeito ou fora do lugar. A boate é uma peça importante do nosso esquema, e qualquer brecha pode comprometer toda a operação. Está claro?Ramiro assente, sério.— Sim, chefe. Vou resolver isso.— Preciso que vá agora, porque a movimentação ainda é mínima, vá direto para a sala do circuito interno, dê folga ao funcionário de hoje, preciso que trabalhe só, você sabe como fazer isso da melhor forma possível.Ele tenta disfarçar um sorriso convencido, completamente satisfeito pelo elogio discreto, isso me deixa satisfeito, ele está saindo sem perceber nada do que acontecerá e quando souber que a Pr
RafaelEntro na banheira, a água quente relaxa cada músculo tenso do meu corpo, e sinto que o cansaço do dia me deixando aos poucos. Fecho os olhos, me permitindo afundar na espuma, o cheiro dos sais de banho que ela escolheu me envolve. O mundo lá fora desaparece por um tempo. A tranquilidade me toma por completo, e, sem perceber, pego no sono.Não sei quanto tempo se passa até que uma voz suave me desperta.— Amor... O jantar está pronto — Beatriz sussurra com carinho, sua voz doce me puxando de volta à realidade.Abro os olhos lentamente, a visão dela em pé à porta do banheiro me sorrindo é tudo o que eu preciso para me sentir renovado.— Amor... O jantar está pronto — Beatriz sussurra com carinho, sua voz doce me puxando de volta à realidade.Abro os olhos lentamente, a visão dela em pé à porta do banheiro me sorrindo é tudo o que eu preciso para me sentir renovado.— Já vou, meu amor — digo, enquanto me espreguiço na banheira, deixando a água quente escorrer pelo meu corpo.Beatr
RafaelEntro na banheira, a água quente relaxa cada músculo tenso do meu corpo, e sinto que o cansaço do dia vai me deixando aos poucos. Fecho os olhos, me permitindo afundar na espuma, o cheiro dos sais de banho que ela escolheu me envolve. O mundo lá fora desaparece por um tempo. A tranquilidade me toma por completo, e, sem perceber, pego no sono.Não sei quanto tempo se passa até que uma voz suave me desperta.— Amor... O jantar está pronto — Beatriz sussurra com carinho, sua voz doce me puxando de volta à realidade.Abro os olhos lentamente, a visão dela em pé à porta do banheiro me sorrindo é tudo o que eu preciso para me sentir renovado.— Já vou, meu amor — digo, enquanto me espreguiço na banheira, deixando a água quente escorrer pelo meu corpo.Beatriz continua me olhando com aquele sorriso sereno, e por um instante, fico apenas contemplando a sua presença, a sua luz. Ela é o meu refúgio, o meu ponto de equilíbrio em meio ao caos da vida que levo. O cheiro suave do jantar vin
RafaelEla suspira contra os meus lábios, e não consigo mais controlar o ritmo. Os meus dedos encontram a barra de sua blusa e começam a subir lentamente, explorando a pele macia de sua cintura. Ela arqueia as costas em resposta, um movimento que me enlouquece ainda mais.— Rafael... — ela sussurra contra a minha boca, o som do meu nome vindo dela me faz estremecer.Nós nos movemos em uma sincronia perfeita, como se os nossos corpos já soubessem exatamente o que fazer. A cada toque, a cada beijo, o desejo aumenta, e sei que não vai demorar até que esse momento nos consuma completamente.Delicadamente retiro a sua blusa, os meus dedos se movem automaticamente, deslizando suavemente pelas costas da Beatriz até encontrar o fecho do sutiã. O som quase imperceptível do fecho se soltando ecoa na minha mente, aumentando a expectativa do momento. Seus olhos, agora semicerrados, brilham com desejo, e ela se inclina um pouco para me ajudar a retirar a peça de roupa.Deslizo o sutiã lentamente p
RafaelSinto o corpo de Beatriz reagir ao meu ritmo, os músculos dela se contraindo em torno de mim, e o calor crescente em nossos corpos é como uma corrente elétrica. A cada movimento dentro dela, a intensidade aumenta. O prazer se acumula em ondas, e sei que nenhum de nós dois vai aguentar muito mais tempo nesse ritmo, sinto o calor do orgasm0 se aproximando, como uma onda que cresce em intensidade. Mas quero prolongar o momento, quero sentir cada segundo ao máximo. Paro de me movimentar, respirando fundo, tentando controlar o desejo que se espalha por todo o meu corpo. Fico ali, parado, dentro dela, os nossos corpos unidos e conectados de uma forma que vai além do físico.Beatriz se move levemente, como se procurasse mais, e eu a seguro firme pelos quadris, trazendo-a para mim. Sinto o seu coração disparado contra o meu peito, a respiração dela acelerada, e me perco na beleza desse momento. Cada toque, cada sensação parece mais intensa assim, como se o tempo tivesse parado e só re