A manhã raiava lentamente sobre a cidade, trazendo com ela uma nova fase para os Beckers e os Venturas. O peso das revelações do projeto Elysium ainda pairava sobre todos, mas as duas famílias precisavam seguir em frente e reorganizar suas alianças. Alan sentia que aquela seria uma das semanas mais desafiadoras de sua vida, pois não apenas precisava manter sua família sob controle, mas também lidar com o turbilhão de sentimentos que pulsava dentro dele. A proximidade recente com Olívia havia despertado algo que ele relutava em admitir, um sentimento que comprometia suas responsabilidades, mas que também era impossível de ignorar.Ele passou a manhã revendo relatórios em seu escritório, tentando ocupar a mente com as obrigações. Sentado em sua mesa, analisava as novas oportunidades que surgiam após a retirada do Elysium, enquanto sua mente vagava para Olívia. Desde a última conversa, ele tentava colocar uma barreira mental, um limite que o ajudasse a manter-se afastado, mas algo em seu
O fim de tarde trazia consigo uma atmosfera densa, quase palpável. A tensão entre as famílias Becker e Ventura ainda reverberava pelos corredores e escritórios após as descobertas explosivas sobre o Elysium, mas, no íntimo de cada personagem envolvido, novos sentimentos e ambições tomavam forma. Para Alan, o cerco estava apertando de forma inexorável, e cada passo que dava parecia colocá-lo mais próximo de um abismo.Por outro lado, havia algo que o mantinha preso e em constante conflito consigo mesmo: o sentimento crescente e proibido que nutria por Olívia. A situação com Bianca se tornava cada vez mais insustentável, especialmente com a pressão dos negócios e a constante presença de Finn, que agora parecia decidido a fincar uma barreira entre Alan e Olívia.Alan passara o dia revendo alguns relatórios financeiros e ajustando projeções de mercado. Tentava afogar-se no trabalho, na esperança de que manter a mente ocupada o afastasse de pensamentos que julgava impróprios. Mas, quando ol
A noite caía sobre a cidade, e o escritório de Alan era iluminado apenas pelo brilho sutil das luzes do prédio ao lado, criando uma penumbra que tornava o ambiente íntimo e misterioso. Alan estava sozinho, mas a tensão entre as famílias Becker e Ventura, o peso do Projeto Elysium e as suas emoções reprimidas por Olívia criavam uma tempestade dentro de si. Ele tentava encontrar um equilíbrio, um ponto de ancoragem em meio ao caos, mas tudo parecia se desmoronar em uma velocidade que ele não conseguia controlar.Sentado em sua cadeira de couro, Alan observava os documentos espalhados pela mesa. Cada página ali representava não apenas um compromisso de negócios, mas também as expectativas de sua família, o legado que ele precisava sustentar. E, agora, somava-se a tudo isso o peso do que sentia por Olívia. Ele recordava o último encontro entre eles, a proximidade que quase os levou a atravessar um limite. Havia uma intensidade nos olhos dela, uma compreensão mútua e profunda que o fazia
A tensão no ar era palpável desde o instante em que Alan e Olívia se separaram após o beijo na biblioteca. As palavras não ditas e os sentimentos mal resolvidos pendiam como uma corda bamba entre os dois, tornando cada momento compartilhado no mesmo espaço uma prova de resistência. Nenhum deles queria ser o primeiro a ceder, mas ambos sentiam o peso de um segredo que parecia gritar, mesmo em meio ao silêncio. Nos dias seguintes, Alan e Olívia se esforçaram para evitar qualquer interação direta. No entanto, vivendo sob o mesmo teto por causa da proximidade de suas famílias, não demorava para que cruzassem caminhos: um encontro casual no corredor, um olhar rápido ao passarem pela sala de estar. Os momentos eram breves, mas intensos. Certa manhã, Olívia desceu para a cozinha antes de todos, buscando um momento de paz. Ela estava distraída, preparando uma xícara de café, quando ouviu passos atrás de si. Virando-se, viu Alan parado à porta, a expressão indecifrável. Ele hesitou, como s
A noite envolvia a cidade com um manto de silêncio, enquanto Finn Correia acomodava-se em sua poltrona de couro. Sobre a mesa à sua frente, uma pilha de documentos confidenciais iluminava-se pela luz pálida de um abajur. Ele sorriu, satisfeito, ao deslizar os dedos pelas páginas amareladas de arquivos antigos. Cada palavra revelava mais sobre os segredos da família Becker, e ele tinha certeza de que, em breve, poderia usar essas informações a seu favor. Seu olhar caiu em um nome repetido diversas vezes ao longo dos relatórios: Leonardo Becker, o patriarca da família. A história de sucesso do clã tinha contornos sombrios que nem Alan parecia conhecer completamente. Mas Finn sabia o poder de uma narrativa bem contada, ou distorcida. Entre as páginas, encontrou menções a Roberto Ventura, o bisavô de Bianca e Olívia. O documento insinuava que sua morte, há décadas, não fora um simples acidente, mas um movimento calculado por Leonardo para consolidar o domínio sobre os negócios locais.
O sol se punha lentamente atrás dos arranha-céus de Nova York, banhando a cidade em tons dourados e alaranjados. No topo de um dos edifícios mais imponentes da cidade, um homem contemplava a vista do seu luxuoso apartamento, situado no andar mais alto. As luzes da cidade começavam a brilhar como estrelas na Terra, mas a beleza do momento parecia distante, como se não tivesse nada a ver com sua vida.Ele era Alan Becker, um homem de 25 anos, que tinha tudo o que muitos considerariam o sonho americano: uma carreira promissora, um apartamento magnífico e uma família influente. No entanto, ele se sentia preso em uma armadilha feita de expectativas e obrigações familiares. Ele se lembrava da infância, das histórias de coragem e poder que seu pai contava, mas o que antes parecia emocionante agora se tornara um fardo pesado. Ele não queria ser o sucessor da família Becker, uma das famílias mais poderosas da máfia.Na verdade, Alan sonhava em abrir sua própria galeria de arte. Ele tinha um ta
O Grande Salão do Hotel Sapphire estava iluminado de forma exuberante, com lustres de cristal pendendo do teto alto e mesas elegantemente decoradas com flores frescas. Alan chegou ao evento acompanhado de sua irmã Aline, o ambiente estava repleto de convidados, muitos dos quais ele conhecia desde a infância. Havia risos e conversas animadas, mas ele se sentia como um estranho em seu próprio mundo. O peso do compromisso iminente o seguia como uma sombra.— Você vai se divertir, irmão. Prometo! — Disse Aline, animada, enquanto se afastava para cumprimentar alguns amigos. Alan forçou um sorriso, mas sua mente estava longe.Enquanto Aline se afastava, Alan avistou a família Ventura em uma mesa à frente. O patriarca, Ethan Ventura, conversava com alguns parceiros de negócios, enquanto Bianca, a noiva de Alan, estava cercada por amigas. Mas o que realmente chamou sua atenção foi a presença de Olívia.Ela estava de pé perto da mesa, sua postura imponente e um vestido preto elegante que ressa
O dia do casamento chegou, e o grande salão da mansão dos Ventura estava em plena preparação. Os floresceres brancos e dourados adornavam cada canto, criando uma atmosfera de conto de fadas que contrastava com a realidade sombria que Alan sentia em seu peito. Ele se olhou no espelho, ajustando a gravata e tentando esconder o nervosismo. O terno estava impecável, mas a sensação de opressão era inegável.Bianca apareceu na porta, radiante como sempre. O vestido de noiva, uma criação deslumbrante, realçava suas curvas e ela parecia uma verdadeira princesa. — Alan! Venha ver como estou! Não estou linda? — Ela girou, exibindo seu vestido em um movimento dramático.— Você está maravilhosa, Bianca, — ele disse, forçando um sorriso. Mas em seu coração, havia uma sensação de desconexão. Ele admirava sua beleza, mas não conseguia se sentir feliz. Em seu íntimo, a ideia de estar se casando com alguém que mal conhecia o deixava inquieto.— Você deveria estar mais animado! Estamos prestes a nos ca