Capítulo 53

Feridas abertas e expostas que iam de um rosado a um vermelho vivo, e depois ao preto, como se a minha carne que estivesse apodrecendo de dentro pra fora. Eu já sabia que eram essas feridas as responsáveis por esse cheiro tão detestável. Sinto meu coração acelerado de pavor e o suor frio que provavelmente também encharcar meu corpo de verdade, começar a sair dos meus poros. Ou pelo menos das partes da minha pele que ainda tinham poros.

Tento gritar, mas tudo que eu sinto é aquele arranhar clássico na garganta, dolorido, mas sem que som nenhum saia. Como se a voz arranhasse todo o caminho pra passar, mas desaparecesse antes de conseguir sair. O clássico de gritar e não conseguir, presente em tantos filmes de terror e principalmente, presente nos maiores momentos de pânico que temos.

Eu até podia achar que esse tipo de coisa de gritar sem som não existia, que tinha sido uma invenção dos escritores de terror para assustar criancinhas, mas isso já tinha acontecido uma vez comigo, quando
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