Capítulo 59

Eu não deveria ter seguido a porcaria do barulho, e muito menos parado de seguir o coelho, mas parece que meus instintos são tão funcionais como os de uma bússola quebrada, e eu sempre acabo fazendo a escolha errada para no final tomar o caminho errado.

Apesar da crença tão certa que martela na minha cabeça: “Quando se está perdido, qualquer caminho lhe serve.” Acontece que sempre dá pra ser perder mais. Se embrenhar mais em uma floresta, escorregar mais para dentro do poço, cair bem do topo do lugar que se resolve subir. Sempre dá pra piorar, sempre e sempre.

E agora, minha grande piora, meu grande escorregar do poço é eu estar olhando diretamente para o homem que eu tinha matado. Ele estava apenas parcialmente enterrado, bem na minha frente no chão da floresta, com suas vestes ensanguentadas completamente sujas de terra. Seu pé é virado em um ângulo muito estranho e anormal, e ele se contorce para fora da terra como se estivesse na noite dos mortos vivos. Ele sorri para mim, seus
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