Inicio / Romance / Renasci para te Amar / Capítulo 1°— Terrível Decepção
Renasci para te Amar
Renasci para te Amar
Por: Ieda Lemos
Capítulo 1°— Terrível Decepção

“Eu pulei do penhasco e me joguei ao mar, deixando a dor da decepção apagar todo o meu passado. Eu só queria esquecer aquela traição, mesmo que isso custasse a minha vida, os meus sonhos e por fim, a minha identidade. “

Foi assim que tudo começou…

Eu dirigia feliz, havia fechado um grande negócio! Com a venda daquela mansão milionária, finalmente poderia trocar o carro do meu marido. Diogo se queixava sempre que, enquanto não chegasse a tão sonhada promoção na exportadora em que trabalhava, teria que se conformar com o seu carro, que não trocava há três anos.

De repente, por ironia do destino, o surpreendo dirigindo quase do meu lado. O farol fechou e ele estava tão ansioso, impaciente, olhando para frente que não me viu.

Meu coração disparou de felicidade e eu o segui, ele dirigia rápido e eu desviava dos carros para alcançá-lo, cheguei a gritar o seu nome, mas ele não me ouviu.

Para mim, era muita sorte não precisar chegar em casa para lhe contar do meu grande feito, me sentia orgulhosa por poder ajudar o meu maridinho querido!

Quando o carro dele entrou no estacionamento de um luxuoso bar à beira mar, eu franzi a testa curiosa. O que ele estaria fazendo fora da empresa naquele horário? Foi aí que acendeu uma luzinha. Diogo não costumava fazer trabalhos externos, não se encontrava com clientes ou coisa parecida.

Eu também entrei no estacionamento com a boca seca de nervoso. Tola, eu pensei que ele estivesse voltando mais cedo para casa. Será que eu sabia realmente qual era o horário de trabalho dele? Eram tantas reuniões, chegava muitas vezes tarde, e eu já estava na cama, cansada depois de um dia de trabalho.

Bem, vamos ao que interessa, eu desci do carro e caminhei atrás dele em passos indecisos.

Ele entrou no estabelecimento, procurando ansioso por alguém. Cath, minha irmã mais nova, veio ao seu encontro com os olhos brilhando de emoção.

Os dois se cumprimentaram com um caloroso beijo, daqueles que só os amantes, da classe: “romances proibidos” são capazes de se dar ao luxo em público.

Fiquei tão desorientada que só acertei o caminho do toalete. Fui abordada na porta por um garçom muito simpático.

— Senhora, me desculpe, mas esse é o toalete masculino— ele disse sem jeito.

Os meus olhos estavam inundados de lágrimas e apenas lhe respondi:

— Me desculpe, por favor!

Olhando, vez ou outra para os traidores que se beijavam constantemente numa mesa, saí desorientada na direção de um penhasco.

O rapaz me seguiu e segurou o meu braço.

— O que pretende fazer, senhora?

Eu me sentei no chão de mato rasteiro, depois de olhar para a felicidade de Cath, sem acreditar, pois eles pareciam se odiarem desde sempre! Era nisso que eu acreditava, pelo menos! Lembranças vinham à mente. Desde pequena ela atrapalhava o meu namoro com Diogo! Meu Deus, eu não conseguia reagir.

O rapaz olhou para a direção dos meus olhos e ficou curioso:

— A senhora os conhece? Eles vem sempre aqui!

Eu neguei com a cabeça e comecei a tossir nervosa. O rapaz ficou apavorado.

— Vou lhe buscar um copo com água, fique calma, volto num minuto!

Quando ele deu as costas, sem pensar muito, eu me levantei e decidi que acabaria com a minha vida ali, para sempre!

Eu simplesmente, pulei do penhasco e caí no mar. Eu queria deixar de ser a melhor esposa do mundo, a mais apaixonada, e nascer novamente.

As ondas me arrastaram com violência e eu não tive reação a princípio, até que o medo tomou conta de mim. Comecei a nadar incansavelmente. Cheguei numa área onde as águas eram mais calmas, e respirei aliviada, me deixando levar pelas lembranças do meu passado. Meus pais deveriam saber de tudo e me deixaram casar mesmo assim. Nem sei se os teria dado ouvidos, talvez eles tivessem tentado, mas nunca deveriam ter desistido. Acho que a superproteção pela minha irmã mais nova falou mais alto.

Eu boiava apenas, flutuava na intenção de descansar o corpo, depois das braçadas que fui obrigada a dar para sair do mar revolto.

Olhei em volta, sabia que estava distante do bar onde deixei meu marido com a minha irmã. Eu não queria mais vê-los, eu os odiava!

As águas já me levavam na direção de uma propriedade particular, onde morava um ser tão lindo que parecia de outro mundo. De fato, era um mundo distante do meu, cheio de luxos, etiquetas, bem diferente do meu passado, apagado pelas águas que agora me arrastavam com violência para o meu novo destino.

Minha bolsa ficou para trás e não foi só ela, meu dedo anelar esquerdo também estava livre, mas nesse momento eu ainda não tinha consciência disso.

Sigue leyendo este libro gratis
Escanea el código para descargar la APP
capítulo anteriorcapítulo siguiente

Capítulos relacionados

Último capítulo

Explora y lee buenas novelas sin costo
Miles de novelas gratis en BueNovela. ¡Descarga y lee en cualquier momento!
Lee libros gratis en la app
Escanea el código para leer en la APP