— O quê! Enlouqueceu de vez? — Me escute, por favor! Precisa fazer isso, e tem que ser bem feito! Cruzei os braços convicta de que não faria aquilo. — Não! Ele já aceitou esperar até o casamento! — É urgente! Giglio andou te investigando, e descobriu que você é casada! Parei de andar pelo quarto, estática. — O quê! Antonieta explicou com toda paciência. — O Giglio, ele está te investigando, e descobriu o lugar de onde você pulou. Ele já sabe que o seu marido esteve aqui te procurando. Você precisa pegar o patrão pelo ponto fraco! Meneei a cabeça confusa. — Não sei no que isso vai adiantar. Antonieta deu de ombros. — Ele é fraco, se fizer um sexo bem feito, vai querer usá-la mais vezes, e você ganha tempo! — O quê! Me usar, como se eu fosse um objeto? Não posso, não sou assim! Antonieta andava atrás de mim pelo quarto. — Precisa fazer isso, para continuar com a sua farsa! Ele vai acreditar que surtou, se sentiu traída e entr
Acho que ia lhe desferir um soco no rosto, mas Antonieta me veio à mente naquele momento e pensei melhor. Eu tinha que aceitar aquele personagem. Iria fingir para que as suspeitas dele fizessem sentido. Ele sorriu malicioso, vendo que eu estava confusa e começou a se despir. Logo se colocou à minha disposição, exibindo sua ereção. — Venha, me enlouqueça de prazer, mostre o que sabe fazer de melhor. É só fingir que estou te pagando para me dar prazer! Eu segurei o membro latejante e senti um desejo enorme de ser submissa, ao menos uma vez. A minha boca desavergonhada, se acabou ali, eu podia ouvir os gemidos abafados do Matteo, enquanto eu o sugava. Logo eu já não me sentia mais constrangida. Acho que sempre quis fazer loucuras com o Diogo, mas ele não fazia nenhuma questão, parecia não ter fantasias. Ali, eu imaginava estar realizando uma, não sei se minha ou dele, mas eu me sentia a própria garota de programa, que faz tudo para agradar o seu cliente!
Se ele queria acreditar que eu poderia ser uma profissional do sexo, dessas que se dar ao luxo de transar poucas vezes e por um preço muito alto, que seja! Foi assim que senti as estocadas dele me sacudindo, enquanto urrava no meu pescoço, transpirando, babando, me chamando de gostosa, de cheirosa. Por sorte não me chamou de vadia, vagabunda, essas coisas! Quando ele se afastou, sorrindo, lindo, satisfeito, eu pensei:” eu sou demais, derrubei o touro!” Eu esqueci que ele me taxou como uma mulher muito diferente do que eu era, e que cobranças viriam, a conta só estava aumentando. Com certeza, eu teria um preço alto a pagar. Aquela noite, seria só o começo do emaranhado, onde estava me enrolando com aquela farsa, mas ele deixou isso claro, quando voltou do banheiro, enrolado numa toalha e esfregou seu lábios no meu pescoço, falando claramente como seria a minha vida do lado dele. — Hoje foi só uma mostra, quero saber o que mais você gosta de fazer na cam
O sabonete percorreu o meu corpo, me causando sensações maravilhosas. Eu quase acreditava na minha mentira. Eu era Cinthia, uma moça decente, recatada! Não adiantava, meu corpo ainda desejava ser tocado naquele momento, e eu não sentia qualquer tipo de pudor. Matteo despertou em mim uma labareda quase que incontrolável. A cena era extremamente sensual. Eu espalhava a espuma deixada pelo sabonete na minha pele, e explorava cada centímetro proibido do meu corpo, lugares antes não explorados. Eu olhava a porta do banheiro, enquanto me tocava, temendo que Matteo pudesse me flagrar naquele momento de luxúria. Não sei como ele não ouvia meus gemidos abafados. Naquele momento, eu tinha certeza, eu não era mais a tranquila Cinthia, que se satisfazia com pouco, eu queria ser explorada de todas as formas possíveis, e queria tudo isso com aquele estranho que me despertou. Alheio ao que me acontecia no banheiro, Matteo se vestia no closet, examinando-se num dos espelho
Giglio coçou a cabeça confuso, parece que falavam línguas diferentes, apesar de Matteo, muito alterado, falar bem a língua italiana. — Está bem, senhor. Eu só quis ajudar, mas se é assim, me desculpe, não vou mais mexer com essa história. Os olhos azuis de Matteo brilhavam de ódio. — Vá! Espero que não tenha estragado o meu apetite! Giglio desceu o caminho de pedra e foi ter com Silva e outro segurança. Ele já chegou desabafando. — Ele se deitou com ela! Conheço o patrão quando está de cabeça virada por um rabo de saia! Ela o pegou pelo ponto fraco! — Mas será que Antonieta cumpriu com o acordo? Acredita mesmo na fidelidade dela com o senhor?— Silva jogou o veneno. Giglio ficou pensativo, intrigado. — Eu não tinha pensado nisso. Se ela me traiu, vai me pagar caro. Ela deve a mim, por estar aqui há tantos anos! O outro segurança, de nome Almir, foi mais longe. — Eu não duvido nada que ela esteja mancomunada com essa moça aí! Eu sempre lh
Eu me curvei, para observar como eles se colocavam em posição de prontidão, como se temessem que eu pudesse estar levando o patrão para uma armadilha. Matteo os ignorou, mas eu sabia que eles iriam ficar por perto. Há poucos passos logo mais à frente, já não me lembrava mais daqueles homens. Não poderia ser de outra forma, eu estava presa à sensação maravilhosa de estar sendo conduzida por um ser tão elegante, tão lindo! Detalhe, eu nem sabia onde ele estava me levando. A água ali era cristalina e dava para uma pequena caverna. Matteo apressou-se e sumiu da minha vista. Logo, eu encontrei só a sua sunga. Fiquei boquiaberta. Ele nadava totalmente nu nas águas transparentes. — Vem!— ele me chamou. Eu olhei para o meu biquíni por baixo do camisão aberto e pensei se deveria ousar tanto. Tirei tudo, fiquei livre como o Matteo e pulei na água. A sensação de liberdade era incrível! Enquanto eu ia na direção das mãos que ansiavam pelas minhas, a
E foi assim, eu desisti de fazer a coisa certa. A verdade é que eu arreguei. No fundo estava gostando dessa nova vida. E quem não? Matteo era um homem rico bonito e estava interessado em mim, ou no meu corpo, sei lá! Só sei que não queria perder a chance de usufruir de tanta riqueza, da qual jamais pensei que conseguiria. Para mim, aquele mundo era inimaginável! Eu passaria a ser a esposa de um rico empresário, viveria num país distante e seria esquecida pelos meus inimigos, o que mais poderia desejar? Para quem pulou de um penhasco na intenção de se matar, eu com certeza estava no lucro. Suspirei resignada quando saí daquelas águas mansas, de mãos dadas ao homem que me oferecia um futuro diferente do que eu tinha, e mesmo não sabendo se pagaria um preço muito alto, eu aceitei silenciosamente, paguei para ver. Quando passamos pelos seguranças que conversavam em rodinha, lancei um olhar desconfiado para Giglio. Ele me olhava com o semblante de sempre, como se amea
Antonieta voltou agitada, trazendo a champanhe, e as outras criadas vinham logo atrás com as taças de cristal. Elas estavam nitidamente felizes por nós dois. Tudo parecia mágico do lado daquele homem lindo, rico e elegante, mas como nem tudo são flores, e aquela riqueza toda não surgiu num passe de mágica, mas a custa de muito trabalho, eu devia saber, Matteo tinha uma vida, horário de trabalho, essas coisas. De certa forma fiquei feliz quando ele me avisou que se afastaria um pouco, pois estava louca para ir à cozinha confabular com as criadas, e quem sabe até beliscar alguma coisa. Comi tão pouco no café da manhã. Estava envergonhada em querer provar tudo o que tinha na mesa. Afinal, eu não entendia porque havia tantas coisas servidas na mesa se eram só eu e o Matteo. O meu sentido estava numa torta de morango com chocolate que não foi nem tocada. Será que ainda estaria na mesa? Como eu era gulosa, ainda tinha o gosto de champanhe na boca! — Querida,