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Capítulo 3°— Futuro Incerto

Comecei a afogar de repente. As águas me abraçaram e o mar começou a me puxar, sem que eu estivesse mais no controle.

Foi um desespero muito grande, eu comecei a gritar por socorro, quando avistei uma enorme propriedade sobre um penhasco, era uma mansão gigantesca! Minha experiência como corretora de imóveis, me dizia que a casa era habitada por alguém muito poderoso, e eu comecei a gritar por socorro, me debatendo nas águas.

De repente, consegui chamar atenção, muitos homens pularam para o mar e vieram na minha direção.

Eu não conseguia ver, nem ouvir, em meio ao meu desespero, mas havia uma figura que me observava ao longe, gritando para os seus homens.

— Tragam-na, depressa homens! Andem logo com isso!

O relógio do seu pulso se chocava contra a parede de pedra que cercava a casa.

— Tem que salvá-la!— ele continuou a gritar.

De repente, eu fui puxada por braços fortes e pensei que já estava perdendo os sentidos.

“ Meu Deus, eu preciso viver!” — dizia em pensamentos, enquanto engolia muita água.

Meu corpo alcançou terra firme, os homens chegaram a me deitar na areia, mas uma voz os paralisou.

— Venham, tragam-na aqui, depressa!

Era uma ordem, e eles tinham que obedecer. Enquanto isso, eu estava desfalecendo, me faltava o ar.

— Venham logo!— o homem misterioso continuava a gritar.

Enfim, meu corpo foi colocado em solo, um piso frio, já dentro da casa, mais propriamente no chão da varanda. Quando tentei enxergar a pessoa que agora estava agachada ao meu lado, meus lábios foram tomados. Meu peito estufou e senti meu corpo se sacudir, quando o ar invadiu os meus pulmões.

— Ela vai viver!— A voz agora era suave.

Abri os olhos, que lacrimejavam, curiosa para ver enfim o meu salvador. Pensar que aquela boca linda me tomou, era muito estranho, mesmo que fosse através de uma manobra de salvamento, ainda assim me sentia beijada.

Meu Deus, ele era tão lindo, tão perfeito! Os traços delicados, mas rijos. Os olhos azuis e tão brilhantes, apertadinhos! Comecei a passar mal de verdade! A mão forte segurou o meu rosto. A pele morena bronzeada, me fez estremecer.

Ele falou algo muito próximo de mim e o seu hálito tocou a minha pele, meus lábios recebiam gotículas da sua saliva.

Eu queria me concentrar para ouvi-lo, mas ele era um deslumbre, nunca vi beleza igual! Achei que tinha morrido e estava no céu, no paraíso, sei lá! Uma confusão!

— Quem é você? Como chegou aqui?— ele franzia a testa impaciente.

Quem sou eu? Boa pergunta, já não sabia mais, e se soubesse queria esquecer para sempre!

Ele insistiu, me sacudindo.

— Reaja, quem é você, como veio parar aqui?

Fechei os olhos, movida pelo cansaço, eu não sabia mesmo o que responder para aquele homem, eu não estava na terra, acreditava mesmo ter ultrapassado algum portal que pudesse me levar para longe daquela realidade que eu não queria enfrentar.

Aquele ser, saído de algum livro de contos de fadas, cheiroso, não parecia ser real.

Ele me tomou nos braços e me levou para o interior da casa. Falava em italiano nervosamente. Cheguei a pensar que nadei tanto que cruzei o oceano!

Ele me deitou no enorme e macio sofá branco. Abri os olhos filmando tudo à minha volta. Era uma mansão que valia milhões, essa conta eu podia fazer rapidamente. Mas quem era aquela figura? Um milionário estrangeiro? Haviam muitos homens cercando o mesmo. Eram seguranças, eram muitos! O homem devia ser muito poderoso!

Eu podia perceber seu nervosismo, falando com os homens à sua volta.

— Como ela veio parar aqui? Ninguém sabe responder?

Um deles entendia o patrão porque também falava a mesma língua.

— Ela só está confusa, senhor.

Ele voltou e acariciou os meus cabelos molhados.

— Tem razão, ela está viva, isso é o que interessa!

Suspirei e fingi estar muito confusa. De fato estava, mas meu plano era muito maior do que a inteligência daquele ser, poderia compreender.

Ele voltou a insistir alterado:

— Quem é você? Como se chama? Precisamos saber para ajudá-la.

— Eu não sei!— menti, descaradamente.

Ele afastou-se surpreso, e começou a falar em portugues, com um pouco de sotaque:

— Não lembra? Está sem memória então!— ele deduziu, como se comunicasse aos seus subordinados.

Perfeito, ele acreditou. Só me restava mesmo fingir desmaio, assim ganharia tempo para pensar numa resposta que convencesse aquele homem a não me levar de volta para o Diogo. É isso, a decisão estava tomada. Eu teria perdido a memória. Uma mulher sem passado, escrevendo uma nova história!

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