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Capítulo 4°— Mistério

Um homem forte, com a camisa molhada, deu um passo à frente, saindo do meio dos outros que também haviam pulado na água para me salvar.

— O que pretende fazer, senhor?

O todo poderoso suspirou, ainda segurando meus ombros.

— Vou ficar com ela, levem-na para o meu quarto!

— O quê!— parecia mesmo absurdo, o homem, que se destacava dentre os demais subordinados, não estava errado.

Dois homens responderam ao sinal do patrão e avançaram para me colocar nos braços. Um foi na frente, abrindo portas, afastando cortinas, enquanto o outro ofegava me levando nos braços para o meu destino.

Depois de subir uma escada de pedra, que dava para um corredor, onde o som das ondas do mar parecia mais próximo, enfim chegamos.

— O que acha que o patrão pretende?— um perguntou para outro, depois de me deitar no leito.

— Não sei, tomá-la como sua amante, talvez!

Eu gelei e fingi estar adormecida.

— Fala como se o patrão fosse um bandido, um mafioso! Ele não a tomaria à força!— A conversa continuava, enquanto eles se dirigiam à porta.

— Não estou dizendo isso! Ele vai seduzi-la, e como o dinheiro que tem, com certeza ela vai se subjugar a ele!

— Ah, fala sério, o homem não é só rico, é boa pinta! Vai me dizer que não concorda comigo?

— Se eu fosse uma mulher, deixava ele correr atrás como um cachorrinho! Ele está acostumado a ter tudo muito fácil. Achou e vai logo pegando, não é assim!

A porta bateu e reinou o silêncio. Eu me levantei rapidamente e corri para a sacada. Era uma decoração rústica, mas fina ao mesmo tempo, tudo ali parecia muito caro! Parecia que eu estava prisioneira num lugar distante, longe da civilização.

Ao menos, dali eu tinha uma visão privilegiada. Podia ver todo movimento de chegada e saída de visitantes. Havia tantos homens fazendo a guarda daquele lugar que cheguei a pensar que estivesse mesmo sob o domínio de um homem perigoso. Preferi acreditar que ele fosse muito rico e que por isso precisasse se resguardar.

Fiquei observando o movimento lá embaixo, até que vi um homem chegando numa lancha. Ele subiu as escadas, quase correndo. Todos lhe davam passagem. Ele parou diante do todo poderoso, e possivelmente, o dono de tudo ali.

— Senhor, vim assim que pude!

O chefe girou nos calcanhares e seguiu na direção de um pequeno bar, localizado, num canto da sala principal.

— Siga-me, precisamos conversar!

Eles se serviram de uma dose de whisky.

— Não pode mantê-la prisioneira aqui, senhor Matteo! Isso pode ser muito perigoso! A sua segurança pode estar comprometida!

O todo poderoso riu irônico.

— Sou apenas rico Alencar, não sou bandido, não estou me escondendo da polícia!

O homem de terno, cabelos grisalhos, elegante por sinal, gesticulava muito.

— Mas com a fortuna que tem, não pode se expôs tanto! Não sabe se essa moça é uma armadilha para atraí-lo!

Matteo andou segurando o seu copo.

— Ela está sem memória.

Alencar foi atrás.

— Sim, e daí? Ela pode voltar ao normal a qualquer hora, não pode escondê-la aqui! Ela deve ter família, marido, filhos! Devem estar lhe procurando!

Matteo parou virando-se irritado.

— Ela não usa aliança!

— Pode ter perdido no mar!

— Não, deve ter perdido um anel qualquer! A aliança não se perde facilmente!

Alencar ficou chocado.

— Então ela tem uma marca no dedo, mesmo assim o senhor se recusa a devolvê-la para a sua família, é isso mesmo?

Matteo pensou um pouco, e impaciente voltou a andar pela sala, até atingir uma varanda esculpida em pedras.

— Eu a achei, ela é minha agora! — ele disse contemplando o mar.

— Sabe que isso é crime, senhor!

— Ela está sem memória!

— Mas ela tem uma vida, como todos nós.

Matteo suspirou entristecido.

— Não quero que se lembre de mais ninguém! Vou levá-la para a Itália comigo!

Alencar surtou.

— Não pode fazer isso! Pode ter a mulher que quiser, senhor!

Matteo voltou para sala, evitando o seu assessor.

— Vou apresentá-la como minha esposa para os meus pais, assim eles param de insistir para que eu me case com uma qualquer.

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