Um felizz sábado pra vocês, quem poder colocar o livro na sua biblioteca eu gradeço oooo e quem poder seguir a autora eu vou amarrrrrrrrrr, beijossssssssss
A sala de reuniões no galpão da Trindade parecia respirar por si só. Luzes baixas iluminavam a grande mesa oval onde Leonardo, Fellipo e Fernando se posicionavam com expressão impassível, mas olhos atentos. No telão, a projeção de um mapa da Itália com diversas marcações vermelhas piscando intermitentemente.Fellipo, com os cabelos ainda um pouco molhados do banho que havia tomado antes de sair às pressas, apontava para a região sul do país.— Se ela entrou por aqui, como Ortega acredita, temos três possibilidades de rota. — disse, com um laser marcando o mapa. — Mas a do meio... é uma armadilha clássica. Muito visível. Eles querem que a gente vá por ali.Fernando mordeu o canto do lábio e balançou a cabeça, cruzando os braços.— Vamos pelas laterais. Infiltrar dois grupos — um de reconhecimento e outro de contenção. Se estiverem com ela, vão tentar movimentá-la assim que sentirem nossa aproximação.Leonardo assentiu e falou com o tom de comando frio que o tornava lendário:— Quero ol
A madrugada ainda envolvia a cidade quando os carros da Trindade cruzaram os portões das respectivas mansões. O cansaço nos ombros, o cheiro de pólvora ainda impregnado nas roupas, mas o coração… tranquilo. A missão havia sido um sucesso.Fellipo olhou para o relógio ao desligar o carro: 04h47. Ao seu lado, Cecília dormia no banco do passageiro, a cabeça encostada com carinho, as mãos repousando sobre o ventre arredondado.Ele sorriu, abriu a porta devagar e, como um cavaleiro devoto, a pegou nos braços.— “Chegamos, amore mio…”Ao entrar em casa, Thor levantou o focinho e deu um leve latido de boas-vindas. Os filhotes logo apareceram, um deles com uma meia na boca. Fellipo riu baixo.— “Cuidado, pequenos, sua mamma está dormindo.”Levou Cecília até o sofá da sala e a deitou devagar, cobrindo-a com uma manta. Observou-a por um instante, os olhos marejando com o simples fato de tê-la ali, viva, esperando por ele.Já com o céu tingido de laranja e dourado, Cecília despertou com o som do
Com o bolo assando e a casa cheirando a milho e açúcar, Cecília deitou-se no sofá com os pés sobre o colo de Fellipo. Os filhotes dormiam enroscados perto da lareira, e Thor vigiava tudo com olhos atentos.Pietro cochilava em sua poltrona favorita, com um cobertor nas pernas e um livro no peito.Fellipo massageava os pés da esposa, enquanto a observava com aquele olhar que dizia “sou o homem mais sortudo do mundo”.— “Você acha que elas vão se parecer comigo ou com você?” — ela perguntou, olhando para o teto.— “Acho que vão ser um furacão… feito a mãe.” — ele sorriu, com orgulho na voz. “Mas vão ter o coração gigante… como o seu.”Ela sorriu, emocionada.— “Eu só quero que sejam felizes. E que se sintam amadas todos os dias.”— “E serão. Por mim, por você… por todos nós. Porque a Trindade pode até ser temida, Cecília. Mas dentro dessa casa... a gente só quer amar.”A noite havia caído suavemente, espalhando sombras e silêncios pela mansão Colombo. Thor e os filhotes já estavam acomod
O sol já alcançava seu ponto mais alto quando a movimentação começou a aumentar na mansão Colombo. Cecília estava na cozinha preparando um suco refrescante de frutas vermelhas com Dona Inês, quando ouviu o ronco suave de um furgão chegando pelos fundos da propriedade. Thor e os filhotes correram até a porta lateral, agitados.Fellipo apareceu na cozinha com aquele olhar meio sapeca e meio sério, típico dele quando estava prestes a surpreendê-la.— “Amore... acho que você vai querer vir comigo até o porão.”— “O porão?” — Cecília arqueou uma sobrancelha, intrigada. “Fellipo, o que você aprontou agora?”Ele apenas sorriu e estendeu a mão para ela. Quando desceram até o nível inferior da casa, o ambiente já estava iluminado, climatizado, com um leve aroma floral no ar. A equipe médica especializada estava toda presente, cuidando dos últimos ajustes.No espaço antes pouco usado, agora havia um ambiente completo, seguro e equipado — um mini centro obstétrico privativo, com tudo necessário
Fellipo 38 anos nasceu com o destino traçado dentro da máfia, e isso nunca o incomodou — pelo contrário, ele amava a vida que levava. A adrenalina de caçar traidores ou inimigos o fazia se sentir vivo, e ver o medo nos olhos de suas vítimas lhe trazia uma satisfação sombria. Filho do antigo subchefe, ele cresceu sob a sombra de um pai que era um exemplo de liderança e perfeição na máfia, mas um marido cruel e destrutivo em casa.O pai de Fellipo humilhava a esposa constantemente, comparando-a com prostitutas, menosprezando sua aparência e minando sua autoestima. A mãe de Fellipo, desesperada para agradar o marido, fez inúmeras cirurgias plásticas, tentando alcançar um padrão impossível, mas nada era suficiente para conquistar o respeito ou o amor dele. Aos poucos, ela foi se tornando apenas uma sombra de si mesma, perdendo a vontade de viver.Fellipo foi a única fonte de conforto da mãe, salvando-a em vários momentos de tentativas de suicídio, implorando para que ela largasse a arma e
Cecília era o tipo de pessoa que iluminava o ambiente sem nem perceber. Meiga, divertida e inteligente, ela tinha uma doçura natural, mas também um jeito forte, moldado pelas dificuldades que enfrentava. O amor pelo pai doente a fazia amadurecer um pouco mais a cada dia, mas ela nunca perdia o brilho nos olhos, especialmente quando estava cercada por duas de suas paixões: os livros de romance e seu fiel companheiro de quatro patas.Sempre que tinha um tempo livre, Cecília se refugiava nas páginas de seus romances favoritos. Gostava das histórias intensas, daquelas que arrancavam suspiros e faziam o coração acelerar. E quando não estava perdida nos livros, era com Thor, seu enorme rottweiler, que ela passava os dias.Apesar da aparência intimidadora, com seu porte robusto e olhar sério, Thor era um verdadeiro amor. Cecília costumava brincar que ele tinha "coração de filhote", pois bastava um carinho para ele deitar de barriga para cima, pedindo mais.— Seu brucutu mimado — ela dizia, r
Após conseguir o emprego como assistente pessoal da esposa do Dom, Cecilia se dedica ao trabalho enquanto continua cuidando do pai doente. Durante o primeiro dia de trabalho na hora de ser apresentada a alta cúpula da TRINDADE, sua chefe descobre sobre a condição de seu pai e, sensibilizada, promete que o Dom providenciaria ajuda para o tratamento. Mais do que isso, ela convida Cecilia a morar na mansão, garantindo que assim seria mais fácil conciliar as responsabilidades profissionais com os cuidados com o pai.após observar a dedicação da jovem e ouvir sua história, a esposa do Dom a chamou para uma conversa. Quando Cecilia contou sobre o Alzheimer do pai e como isso afetava sua rotina, sua chefe ficou visivelmente emocionada. Sem hesitar, prometeu que o Dom providenciaria todo o suporte médico necessário para Pietro e, com carinho, sugeriu que Cecilia fosse morar na mansão. Assim, ela poderia estar sempre perto, tanto do pai quanto do trabalho, sem se desgastar nos deslocamentos.C
Depois daquele beijo, tudo mudou.Nos dias que seguiram, Fellipo a evitava como se o próprio toque dela o queimasse. Ele sumia da mansão, mergulhando nas missões mais perigosas, voltando coberto de sangue e com o olhar ainda mais sombrio. Cecilia fingia que nada tinha acontecido, mas por dentro sentia-se despedaçada. A cada noite que passava, ela se perguntava se tinha feito algo errado ou se o que viveram havia sido só um impulso do momento.Até que, uma noite, ela o encontrou no jardim, sentado no banco de pedra sob a luz fraca da lua. Ele estava com um cigarro entre os dedos, mas nem parecia notar a fumaça que subia lenta no ar.— Por que você está fugindo de mim? — Cecilia perguntou, sua voz quebrada, mas firme.Fellipo riu sem humor, balançando a cabeça.— Eu não estou fugindo, Cecilia. Estou te protegendo.Ela se sentou ao lado dele, mesmo quando ele se enrijeceu com a proximidade.— Protegendo de quê? De você?Ele virou o rosto para encará-la, os olhos carregados de um peso que