Beatrice A pequena Avery veio ao mundo alguns meses depois, cheia de saúde e energia, cativando a todos com seu sorriso encantador e temperamento doce. Edward, que já havia demonstrado ser um pai responsável e presente para Timothy, repetiu o mesmo compromisso amoroso com Avery. Ele continuava a ser o homem que sempre desejei ao meu lado, e sua dedicação só confirmava que as decepções do passado estavam definitivamente superadas. Nossa rotina era aconchegante, e ver nossos filhos crescerem felizes e satisfeitos enchia meu coração de alegria e realização. Entre erros e acertos, permanecemos unidos, construindo uma adorável e feliz família. Dois Anos Depois Beatrice Após mais de seis anos de casamento oficial, Edward decidiu me surpreender com uma renovação de votos. O convite se estendeu a todos os nossos amigos e até mesmo aos associados de sua empresa, transformando o evento em algo de grande magnitude, o que me surpreendeu bastante, pois eu não tinha conhecimento do que ele havi
Andrew Chegou um momento em nosso relacionamento em que senti que era a hora certa de apresentar Abigail aos meus pais. Estávamos juntos há um mês, e a conexão entre nós só se aprofundava a cada dia. No entanto, uma sombra de preocupação pairava sobre mim. Recordava-me da situação delicada que envolveu meus pais e Beatrice. Naquela época, eles foram bastante claros quanto à sua intolerância com crianças em casa, algo que sempre gerou tensão. Esse histórico me deixava apreensivo sobre como seria a recepção de Abigail. Marcamos um encontro casual em um restaurante aconchegante. Abigail estava radiante, confiante, enquanto eu tentava disfarçar a ansiedade que borbulhava dentro de mim. Ao chegarmos ao restaurante, fomos calorosamente recebidos pelos meus pais, que exibiam sorrisos amigáveis. O jantar transcorreu de maneira agradável. Abigail era encantadora, envolvendo meus pais em conversas leves e descontraídas. Em pouco tempo, ficou evidente o quanto Abigail era especial, e meus pai
BeatriceO sol da manhã dourava os caminhos de pedra que levavam à imponente igreja. Enquanto meu coração bate acelerado, eu me aproximo da entrada da igreja. Aperto mais forte o arco formado pelo braço do meu querido pai, preocupada com a possibilidade de que o noivo não esteja à minha espera no altar.Três longos anos haviam se passado desde a última vez que vi Edward Maddock. E agora, estou aqui, pronta para selar nosso destino em um casamento que, apesar de formalizado por um contrato, carrega a promessa de uma vida juntos.A cada passo que dou em direção à igreja, minha pulsação se acelera, meu coração parece um tambor anunciando o desconhecido. A música suave enche o ar, acompanhando a batida rítmica do meu peito. E então, o vejo.Edward está ao lado do padre, imponente em seu fraque escuro, a imagem da elegância e virilidade que sempre me impressionaram. Seu cabelo escuro está meticulosamente penteado, a testa levemente franzida enquanto ele olha adiante. Prendo a respiração, s
BeatriceA manhã seguinte trouxe um vazio inesperado. Ao abrir os olhos, deparei-me com o espaço ao meu lado na cama, impecavelmente arrumado. Nenhum sinal de Edward. A incerteza retornou, e a dúvida sobre se ele havia ou não compartilhado a cama comigo na nossa primeira noite de casados pairava no ar.Melhor descer para o café da manhã, talvez eu encontre alguma resposta. No entanto, a solidão à mesa, cuidadosamente posta, apenas reforçou a sensação de que algo estava fora do lugar. A realidade da manhã após o casamento estava bem distante do que eu havia imaginado.Cada garfada parecia pesar no estômago, e o som dos talheres tocando o prato ecoava o vazio que sentia naquela casa. Uma mistura de desapontamento e tristeza parecia sufocar meu coração, uma melancolia que eu não tinha previsto.— A senhora precisa de mais alguma coisa? — Charles perguntou — Posso pedir para que a senhora Jeks prepare algo em especial.— Não, obrigada — recusei com educação, indicando que já havia termina
BeatriceDepois de um mês de casamento, a situação com Edward não mudou. Ele continua agindo de forma educada, mas parece manter uma distância invisível entre nós. Dividimos o mesmo quarto e cama, mas ele nunca tentou se aproximar. Em vez disso, ele sempre se tranca na biblioteca até tarde da noite, sempre alegando trabalho. Parece que ele está me evitando.Isso me deixa triste, mas não consigo falar sobre isso com minha família ou amigos. A minha mãe foi contra o nosso casamento desde o ínicio, pois não concordava com a ideia do contrato, e admitir que está sendo uma decepção seria uma confirmação do que ela tentou me alertar.Além disso, meu pai está doente, então já há preocupações suficientes em casa. Não quero adicionar mais problemas. Então, sorrio e finjo que está tudo bem, quando na verdade estou me sentindo muito sozinha.Abigail, a irmã de Edward e minha amiga de verdade, me ligou naquela tarde. Ela estava de passagem por Londres e viria me visitar. Fiquei tão feliz com a a
BeatriceA sugestão de passar um tempo com alguém em quem confiava soava como um bálsamo, e aceitei a ideia do meu primo sem hesitar. Duas horas depois, estávamos rindo e compartilhando histórias engraçadas sobre as desventuras amorosas de Sebastian. Sua presença me ajudou a afastar temporariamente as preocupações e dilemas que estavam me consumindo, como se eu pudesse ser eu mesma novamente.Em meio às risadas, Sebastian mencionou o beijo que me roubou uma vez, o que me fez rir de novo, mesmo que embaraçada. O episódio veio à tona na conversa.— Foi péssimo! — admiti, lembrando do beijo que aconteceu e terminou no mesmo instante.— Nossa, você realmente destruiu minha autoestima, prima — brincou Sebastian, com um sorriso.— Você precisa concordar que foi um beijo terrível, Seb.— Sem dúvida — ele concordou, rindo. — Mas você estava triste porque Edward não apareceu no seu aniversário, e eu só estava tentando te animar. Afinal, nós rimos bastante com aquilo.Sebastian estava se referi
BeatriceContemplei o guarda-roupa abarrotado de roupas luxuosas, todas provenientes das marcas mais renomadas, apenas o ápice do que o dinheiro poderia adquirir, porém nada daquilo seria viável levar comigo. Arrumei na mala somente os itens que havia trazido para aquela residência há um ano.Diferente daquele dia, quando cheguei com o coração cheio de amor e esperança, agora tudo o que restava em meu peito era amargura e dor; estava prestes a me afastar daquela casa, que jamais foi realmente meu lar.Após mais de um ano de um casamento frustrante, no qual jamais experimentei verdadeiramente o que era ser amada por meu marido, tomei a difícil decisão de encerrar aquele relacionamento fadado ao fracasso, onde apenas uma pessoa batalhava pela felicidade do casal, e essa pessoa era eu.A partir deste momento, Edward não faria mais parte de minha vida, assim como eu não faria parte da dele, e cada um seguiria seu próprio caminho. Com essa perspectiva, dispensei todos os empregados da mans
EdwardApós a saída de Beatrice da mansão, eu caminho até o bar disposto quase no centro da minha sala de estar e despejo uma dose do meu whisky mais caro em um copo, tomando todo o conteúdo de um único e ardente gole.Consegui manter uma expressão de neutralidade, mas por dentro, o único sentimento que prevalece em mim é o mais puro e genuíno alívio.Uma coisa é certa, eu não fiquei nem um pouco triste com a decisão da Beatrice de partir. O nosso casamento foi apenas um contrato de negócios, algo que fiz exclusivamente em consideração ao antigo amigo de meu pai.Em um tempo passado eu já nutri uma forte paixão por Beatrice, mas tudo mudou quando eu a encontrei beijando o seu primo Sebastian. Naquela noite, eu percebi que o sentimento entre eles não era apenas de amizade ou um amor de primos. Eles sentiam algo mais um pelo outro e a maior prova desse fato foi o beijo que os vi trocar no jardim da casa de Beatrice.Eu havia falado com Beatrice naquele dia, a parabenizei por seu anivers