O alívio da sede

Parte 11...

Elena

Eu acordei em um estado de torpor, o meu corpo me esmagando sob um peso desconhecido. A dor que irradiava dos meus músculos parecia uma agulha quente em cada movimento. A fumaça ainda estava em meus pulmões, misturando-se com a sensação de fraqueza que se instalara em mim.

A respiração era um esforço doloroso e a garganta, seca como um deserto, gritava por alívio. Eu precisava muito de água.

Ao abrir os olhos, vi o teto baixo e o ambiente ao meu redor. Era um quarto pequeno, mal iluminado, com paredes de um tom cinza sujo.

Eu estava deitada em uma cama de aparência gasta, coberta por um lençol que parecia ter visto dias melhores, mas depois entendi que a culpa era minha do pano estar sujo.

A dor no corpo, o peso da exaustão, e o desespero de não saber onde estava me envolviam como um manto opressor.

— Água... - passei a língua nos lábios e os senti rachados — Eu quero água...

A sede intensa me consumia. Eu me sentei lentamente, cada movimento causando uma dor lanc
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