ENRICO
Lorenzo marcou uma reunião no clube com o Capo Dimitri, ele é da máfia russa, que ultimamente tem interferido em nossos negócios. Saímos da empresa e seguimos para o clube. Como parte da farsa, ligo para Nina e aviso que não vamos almoçar em casa, o pior é que me sinto bem fazendo isso.
Dimitri chega com dois homens, ambos entram e se sentam na sala de reuniões do clube. Observo Dimitri, que aparentemente está calmo.
— Até agora não entendo o motivo pelo qual vocês solicitaram esta reunião. Estou em seu país por questão pessoal.
Olho para Lorenzo, que observa com atenção, ele faz sinal para que eu conduza a reunião.
— Vou ser direto, Dimitri. Há um mês pegamos um maledetto interferindo nos nossos negócios. No interrogatório, ele disse que trabalhava para os ru
NINAQuando entro no quarto, Enrico está me esperando. Tinha ido conversar com Lorenzo, nossa farsa não está convencendo meu irmão, ele quis saber como está nossa vida íntima. Provavelmente, tem alguma coisa a ver com o clube. Minha situação com Enrico está me deixando cansada, não sei como Perla aguentou por tanto tempo fingir que amava o Salvatore. Como ela aguentou ficar tanto tempo longe do Lorenzo.Nossa situação é bem diferente, de uma forma ou de outra, ela ficaria com meu irmão. Já eu, meu futuro é incerto. Tenho feito tudo o que Perla me aconselhou, mas meu malvado não está facilitando em nada.Sento-me na poltrona e retiro minha roupa, fico de lingerie e sigo para o closet. Fico com raiva quando Enrico diz algo sobre alguma vagabunda do clube. Creio que meu irmão deve ter se deparado com alguma mulher com quem ele anda fo
NINA— NÃO!Acordo assustada. Sento-me na cama, ofegante. Meu coração está acelerado. Faz muito tempo que não tenho esse sonho que me persegue desde que perdi meu filho. São imagens dele sendo levado por uma mulher, em seguida, seu pequeno e frágil corpo sem vida em um caixão. Encosto-me na cabeceira da cama, tento aplacar minha dor. Um pedaço de mim se foi, a parte mais importante.Alguém bate na porta, me cubro com o lençol, pois estou nua, digo para entrar. É Georgia, ela entra com uma bandeja de café da manhã. Desde que me casei é a primeira vez que recebo café da manhã no quarto.— Bom dia, senhora Ferri — ela diz, sorridente.— Bom dia, Georgia — respondo, empurrando para longe as imagens perturbadoras do meu sonho.— O senhor Ferri pediu para que eu trouxesse seu caf&e
ENRICOLorenzo e eu passamos o dia fazendo reuniões, tanto na empresa, como no clube. Descobrimos que o maledetto que estava fazendo perguntas sobre meus negócios, trabalhava só e pelo o que apuramos, ele recebia ordens de uma pessoa, a qual não sabemos quem é. Descartamos Dimitri, acreditamos em sua palavra, mas antes de que desse fim a vida do maledetto espião, ele disse que trabalhava para os russos e isso não está ajudando em nada. Durante o jantar Lorenzo e eu teremos outra conversa com o Dimitri.Depois da última reunião, vamos para casa, estou morrendo de saudade da Nina, nos falamos pela manhã, ela estava insegura, queria ter certeza de que estamos bem. Chegando em casa, a beijo, com sofreguidão, esquecendo-me de que temos companhia. Levo-a para o quarto e a fodo com pressa, pois falta pouco para que os convidados cheguem.A companhia toca e Nina sai corrend
NINAMeu coração quase parou quando vi Carla, não por mim, mas, sim, por causa do Enrico. Me lembro como se fosse hoje, após uma discussão, vi o quanto ele ficou magoado por eu ter me relacionado com mulher. Depois que me recolhi, ele foi até meu quarto, jogou um envelope em cima de mim e saiu, sem dizer nada. Nele continham fotos e mais fotos minhas com a Carla, e isso me fez me sentir péssima. Eu gostava da Carla, mas nunca fui apaixonada, ainda pensava no Enrico, por conta desse sentimento que eu não conseguia esconder, nos desentendemos por diversas vezes. Carla queria muito mais do que eu poderia dar.Quando nos conhecemos, eu estava triste, carente e sozinha. Descobri que estava grávida e não podia contar à minha família, foi muito difícil me esconder do meu pai, principalmente do Lorenzo, que esteve duas vezes no Brasil. Estava prestes a ligar para o Enrico e
NINADepois de me reivindicar como sua, Enrico não permitiu que eu me limpasse, adormeci com seu sêmen sobre mim. Pela manhã, sou acordada por ele, que me pega em seus braços e me leva para o banheiro, a banheira está cheia e com bastante espuma. Meu malvado me coloca dentro dela, retira sua cueca e entra. Sem dizer uma sequer palavra, me lava, suas mãos grandes limpam todo meu corpo.Em cada movimento, ele me estuda, e o que vê é uma mulher apaixonada e excitada. Ele sai da banheira, ainda em silêncio, me ajuda a levantar e sair. Coloca o roupão sobre meu corpo, fico frustrada. Quero ser tomada por ele.Caminho até a pia e escovo meus dentes, meu malvado fica atrás de mim, me observando pelo espelho. Quando termino, abro meu roupão e levo minha mão para meu sexo, na confiança de que ele não esteja me castigando, que ele queira transar comig
NINAQuando estou prestes a sair da delegacia, Costas me avisa que Enrico ligou, pedindo que eu vá ao clube, desde que vim morar em Verona essa será a primeira vez que vou àquele lugar, não sei se vou gostar do que irei encontrar.Assim que Pontes é liberado, Costas me leva para o clube, fico surpresa ao ver sua estrutura, para quem não sabe do que se trata, imagina ser uma fábrica abandonada. Costas caminha na frente, sigo seus passos. Ele toca o interfone e o velho portão de ferro é aberto. Do lado de dentro há um homem bem vestido e armado, ele aperta a mão do Costa e faz um pequeno gesto com a cabeça para mim.Não consigo observar direito a decoração, porque meu segurança me leva para um corredor bem longo, no final dele à direita paramos em frente um grande e antigo elevador, sua porta é pantográfica, fazem ru&ia
NINAEstou no meu escritório, na empresa, quando meu celular toca, atendo sem saber de quem se trata, pois o número é desconhecido.— Alô — digo.— Olá, Nina, sou eu, Carla. — Em segundos, penso como ela conseguiu meu número, mas para quem descobriu onde eu moro, isso deve ser fácil.— Bom dia, Carla, tudo bem?— Tudo. Desculpa estar te ligando no horário de trabalho. — Nossa ela sabe tudo sobre minha vida, estou em total desvantagem. — Quero te convidar para almoçar comigo, estou bem perto, por isso, resolvi ligar.— Vou sair daqui a uma hora, tudo bem para você?— Perfeito. Te aguardo no La Griglia.Desligo o celular, pego o telefone e aviso ao meu malvado, que não gosta nada. Abro minha bolsa e pego meu batom vermelho, Carla sempre disse que eu ficava bem de vermelho. Ajeito meu
ENRICOOlho para meu relógio de ouro em meu pulso e vejo que já são oito horas. Depois que a Nina foi embora, vim para o clube, como faço todos os dias na parte da tarde. Pego minha carteira, chave, coloco uma arma no coldre e outra em minhas costas, visto meu paletó e sigo para casa. Estaciono meu carro e vejo só o da Nina, abro a porta e não vejo ninguém. Subo as escadas para meu quarto e encontro Nina sentada na poltrona. Ela me olha de uma forma que não consigo decifrar, meu instinto me diz que não vou gostar nenhum pouco do que está por vir.Retiro meu paletó, afrouxo minha gravata, pego minhas armas e coloco no criado-mudo. Nina continua em silêncio, a observo, com cautela. Ela se levanta e vem em minha direção, se aproxima e me abraça. A abraço de volta, posso sentir seu coração acelerado.— O que foi, amo