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Capítulo6 Ele sempre teve alguém que amava
O acidente foi um relâmpago na escuridão, mas Clara não se preocupou em ser reconhecida.

A razão era simples: além de visitar o Sr. Spencer durante as festas anuais, ela raramente aparecia diante da família Santos. Nem mesmo Simão conhecia o rosto da própria esposa; muito menos os outros se interessariam por ela, uma figura marginal.

Um sorriso cruzou o rosto de Clara, tingido com uma pitada de irritação ao pensar em Simão.

- Talvez eu tenha feito algo que tivesse desagrado o Sr. Simão.

Antônio tinha uma queda por rostos bonitos, independentemente da profissão ou origem familiar. Diante da beleza de Clara cujos olhos e sobrancelhas pareciam excepcionalmente expressivos, o dele tom suavizou involuntariamente.

- Como poderia? Seu design tem muito senso artístico. Meu primo pode ser empresário, mas ele não começou estudando finanças. Ele tem um duplo diploma, e o outro está relacionado à arte. Talvez ele esteja simplesmente de mau humor por causa do divórcio.

Clara permaneceu em silêncio, mas Torres, ao seu lado, expressou surpresa.

- Simão é casado?

Antônio assentiu:

- Já faz algum tempo. Ouvi dizer que ele entrou em contato com um advogado, e que ele está ansioso para se divorciar.

Ele raramente visitava a família Santos, especialmente depois de se tornar adulto, vivendo uma vida de prazeres e indulgências. Ele sabia que Simão tinha se casado sob pressão do avô, mas nunca tinha visto sua prima.

Torres estava ouvindo aquela informação pela primeira vez e ficou instantaneamente interessado.

- E eu achava que a Mansão do Oásis era a casa dele. Ele planeja morar lá sozinho?

Antônio, de forma descontraída, convidou ambos a se sentarem.

- Pode-se dizer que é uma casa de casamento. Meu primo nunca gostou da esposa atual; ele foi forçado a se casar. Ele sempre teve alguém que amava; a Mansão do Oásis provavelmente foi projetada para ela.

Depois de falar, ele gentilmente passou um copo de suco para Clara.

- Quando ele chegar, mostrarei seus designs a ele. Acho que ele vai se interessar.

Clara pegou o copo e sorriu para ele em agradecimento:

- Obrigada. Se fecharmos este contrato, vou te convidar para jantar.

Antônio estava especialmente atraído por sua atitude calma e serena.

- Se realmente fecharmos, você fica me devendo um jantar. Seu pagamento será generoso, e trabalhar para meu primo definitivamente aumentará sua reputação.

Clara assentiu, consciente de que, se o contrato fosse fechado, poderia usar isso para melhorar sua visibilidade e entrar no círculo social de Simão. Depois disso, os negócios de seu estúdio seriam assegurados.

O corredor se abria para um salão do outro lado, onde um homem de porte imponente exalava uma aura gelada e intimidadora. Ele mal entrou e seu celular tocou novamente. Ao ver que era Antônio, Simão franziu a testa e não atendeu.

O homem ao lado percebeu seu semblante e achou graça.

- O que aconteceu? Você acabou de chegar e já está com essa cara. Quem te irritou?

O espaço era amplo, repleto de gente, mas como em qualquer círculo social, mesmo o da Cidade C, havia uma distinção clara de classes. Simão fazia parte da elite. As pessoas que o rodeavam eram, sem exceção, figuras de grande importância.

Os outros, percebendo a chegada dele, prontamente tomaram seus lugares ao longe.

Carlos Barbosa ofereceu a ele um copo de bebida. Seus dedos eram delicadamente brancos, e seu olhar gentil e refinado.

- É por causa do divórcio? Ouvi dizer que ela não quer assinar.

Não era segredo que Simão estava buscando o divórcio através de um advogado. Em breve, Sr. Spencer também ficaria sabendo.

Desabotoando os punhos da camisa, Simão se jogou despreocupadamente no sofá, cruzando as pernas longas. Sua postura emanava uma autoridade inquestionável.

- Ela vai assinar mais cedo ou mais tarde. Ela sabe melhor do que ninguém porque nos casamos.

O tom de Simão era desinteressado, indicando que ele não queria entrar em detalhes. Seu descontentamento naquela noite não era por causa da esposa, mas sim por causa de outra mulher. Ele não conseguia entender por que ela era tão inexperiente, sendo que trabalhava no mesmo ramo há três anos.

Ao lado, alguns homens discutiam sobre suas namoradas. Geralmente, os homens em conversas privadas não se restringem muito. Simão nunca prestou atenção nessas coisas, mas dessa vez ouviu algumas palavras.

- Então, ela só estava fingindo? O que você fez quando descobriu?

- O que mais eu poderia fazer? Terminei tudo, é claro. Ela deve ter reconstruído o hímen várias vezes. Se não fosse por um amigo meu no hospital ter reconhecido ela, eu estaria planejando casar com ela. O bebê no ventre dela nem é meu. Ela quer que eu seja o pai? Nem em sonho.

Para esses jovens ricos, dinheiro e tempo nunca foram um problema. Mulheres sempre foram o tópico de discussão favorito.

- As mulheres hoje em dia são complicadas. Depende do que você gosta, é o que chamam de 'caça direcionada', né? O filho poderia até ser de alguém que você conhecesse. Quem parece mais inocente, talvez tivesse mais experiência...

O aperto de Simão no copo se intensificou subitamente. A imagem de Clara, com seus olhos baixos e gesto submisso, invadiu sua mente, assim como fragmentos da noite anterior. A inquietação tomou conta dele.

Nesse momento, Antônio ligou novamente, insistindo para que ele fosse a um salão no térreo, dizendo que queria conversar pessoalmente.
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