Clara estava agachada procurando o anel. Simão havia jogado o anel sem pensar e agora elanão sabia para onde ele tinha rolado.Ela levantou o sofá, onde já tinha procurado antes, mas ainda não o tinha encontrado.Luke estava por perto, fazendo bagunça, pulando e querendo ser acariciado, mas Clara o ignorava.Já tinha vasculhado todo o chão, mas em vão.Ela se sentia desanimada, com os olhos vermelhos, lamentando ter usado o anel naquela noite.Continuou procurando até a meia-noite. Aquela pequena aliança parecia ter desaparecido no ar.Clara, cada vez mais irritada, se sentou no sofá, se perdendo em pensamentos, convencida de que não o encontraria naquela noite e que provavelmente teria uma noite de insônia.Então, ela ouviu Luke latindo e viu o anel preso na fenda do sofá.Seus olhos brilharam com a surpresa do reencontro. Ela rapidamente pegou o anel e o colocou de volta na caixa no quarto, junto com a carta. Por fim, trancou a caixa e escondeu o notebook lá dentro.Só então suspi
- Se chama Clara, mãe. O pai a escolheu e mesmo que isso desagrade alguns membros da família Santos, sua posição está assegurada.Verônica compreendeu o significado daquelas palavras e riu.- Ligue para ela, peça que venha amanhã. Quero ver por mim mesma quais são as qualidades que uma mulher deve ter para casar com o Simãozinho!Verônica mantinha uma relação tensa com o Sr. Spencer. Ela frequentava a igreja regularmente, mas parou de ir depois que Isaac enfrentou problemas e nunca mais voltou.Seu favorito ainda era o neto, Isaac, a quem adorava.Em relação a Simão, ela era mais exigente.O motivo de querer ver Clara no dia seguinte era porque a família Silva se reuniria na Mansão dos Santos para um jantar, então não seria propício trazer Clara para cá.O retorno de Verônica era um grande evento para a geração mais jovem, era justo que viessem prestar homenagens.Contudo, o Sr. Spencer e Simão ainda estavam ausentes.No dia seguinte, quando Clara recebeu uma mensagem da família instr
Isabela não esperava que Clara tivesse a ousadia de cometer tal engano; um olhar de desprezo cruzou seus olhos.- Não é de admirar que ela provenha de uma família pobre, sem educação.- Deixe ela sofrer um pouco, assim ela não será mimada pelo Sr. Spencer, pensando que pode fazer o que quiser na Mansão dos Santos. - Disse a Sra. Verônica, com um sorriso frio.As duas estavam confortavelmente sentadas tomando café e comendo frutas dentro da mansão.Enquanto isso, Clara estava ajoelhada sob o sol intenso no jardim. O chão sob seus pés estava escaldante, e o tecido fino de suas roupas mal protegia seus joelhos do calor.O suor frio escorria por sua testa.Em setembro, o clima era particularmente quente.Clara permaneceu ajoelhada por duas horas, até que a cor desapareceu completamente de seu rosto.Eventualmente, preocupada que ela realmente desmaiasse, o que causaria problemas com o Sr. Spencer, Verônica se aproximou.- Você pode ir agora. Se lembre desta lição e não fale o que não deve
Clara acabava de ajoelhar por duas horas inteiras, quase sofrendo um golpe de calor. Agora, se sentia tonta e com a visão embaçada, incapaz de dirigir. Ela precisava se sentar ali para se recuperar.Além disso, sentia ondas de náusea em seu estômago.Ela baixou os olhos para os joelhos e, sem resistir, arregaçou a barra da calça.Sob essa fina camada de tecido, seus joelhos estavam vermelhos e descascando, causando a ela dor suficiente para franzir a testa.A pintura dada por seu mestre estava no carro, rasgada em duas partes. Ela baixou os cílios, observando silenciosamente o ferimento em seu joelho.No carro ali perto, Rodrigo também viu Clara. O carro já estava pronto para andar, então ele não pôde deixar de avisar.- Presidente, parece ser a Srta. Penny.Simão, no final, não resistiu e pediu para parar à beira da estrada. Pegou uma garrafa de água mineral e um guarda-chuva, e desceu.Clara estava sentada à sombra, com folhas de árvores acima de sua cabeça, mas o dia estava mui
Isso se encaixava perfeitamente com a imagem que Simão tinha em mente.Afinal, ela tentar seduzi-lo para ir para a cama com ele de maneira tão inferior por duas vezes, as táticas eram realmente tolas e os cálculos estavam claramente escritos em seu rosto.- Vovó, daqui para frente, não se encontre mais com ela.Verônica suspirou aliviada, parecia que seu neto também não gostava daquela mulher.- Você sabe, é bom. Aquela mulher também me desrespeitou, tentou de todas as maneiras me agradar, provavelmente querendo, indiretamente, te agradar. Os pensamentos dela são muito óbvios, e eu não gosto.Nesse momento, Simão já tinha levado a água até Clara, dando a ela instruções do outro lado.- Já que você sabe que Clara é esse tipo de pessoa, mantenha distância dela no futuro.- Simãozinho, estou preocupada que você seja ingênuo, afinal, essa mulher é realmente muito bonita.Falando em beleza, Simão olhou rapidamente para a pessoa ao seu lado.Clara também estava olhando para ele, seus olhos c
O homem já estava adormecido, seus olhos estreitos estavam apenas levemente entrecerrados. Clara Silva, segurando uma amargura indescritível, saiu da cama. Suas costas formaram uma curva graciosa, oculta por seus longos cabelos que caíam como um véu misterioso. Ela estava prestes a pegar suas roupas espalhadas pelo chão quando uma voz gélida veio de trás dela:- Quanto você quer?A voz era desprovida de qualquer emoção; toda a intensidade da paixão da noite anterior havia se dissipado. Clara hesitou, segurando as roupas. Era cômico que seu marido de três anos nem sequer soubesse quem ela era.Há três anos, ela salvara a vida de Spencer Santos. Na mesma época, a empresa de seu pai enfrentava dificuldades no primeiro round de financiamento. Sr. Spencer então propôs que ela se casasse com seu neto, Simão Santos, com o casamento ele investiu trezentos milhões na família Silva.Simão nunca apareceu durante todo o processo. Depois de obterem a certidão de casamento ela descobriu que ele tinh
Rodrigo se lembrou da cena que tinha acabado de presenciar e, em um súbito lampejo de consciência após o choque, disse:- Vou verificar imediatamente...Simão franziu a testa, um olhar sombrio cruzando seu rosto. "Se fazendo de difícil? Essa tática é muito clichê."Fazê-lo ir atrás dela pessoalmente poderia ser exatamente o que ela estava planejando.- Não é necessário. - Simão disse.Se ela passou por todo esse esforço para fazer essa encenação, certamente apareceria de novo.Clara apressadamente voltou para o apartamento onde morava e se lavou repetidamente antes de se jogar na cama. Com os olhos fechados, tudo que lhe vinha à mente era a ferocidade do homem ao tomar o que queria; inicialmente, ela se sentia desconfortável, mas depois, o tremor intenso parecia ter perfurado seus ossos.Ela não achou difícil de aceitar que sua primeira vez fosse com Simão, exceto pelo fato de ter ouvido o nome de outra mulher vindo de seus lábios."Gabriela Mazela, Gabriela..."Essa era a verdadeira
O homem sorria, ele estava impecável em seu terno, com uma aparência decente, mas havia algo em seu olhar que deixava Clara desconfortável. Ela entregou a ele os medicamentos de Sofia com uma expressão fria.- Já vi Sofia. Entregue os medicamentos a Ximena.Mário arqueou as sobrancelhas:- Vamos subir juntos, faz tempo que não nos vemos.- Não posso, tenho outros compromissos.Clara entregou rapidamente os medicamentos e saiu do hall. Mário a observou partir, seu olhar profundo seguindo a elegância de suas costas. Ele cheirou os medicamentos.Uma jovem bonita aparecendo na ginecologia com remédios antibacterianos e antivirais... Difícil não pensar em possibilidades. Mário abaixou o olhar, sentindo uma tensão no estômago."Quem diria que Clara, que sempre parecia tão fria, gostava de se divertir assim. Afinal, seu marido não estava por perto há três anos; era inevitável que uma mulher sozinha buscasse conforto em outro lugar. Não havia pressa, ela teria que voltar para a família Silva e