Clara se acomodou na área de descanso perto da janela e rapidamente respondeu à mensagem: "Será que eu poderia encontrar com ele pessoalmente primeiro?"Ela estava bem ali, na recepção do edifício do Grupo Santos. Se Simão concordasse, eles poderiam se encontrar imediatamente.O advogado apenas respondeu que consultaria e depois não deu mais notícias.No topo do prédio.O homem atrás da escrivaninha de mármore preto folheava os documentos à sua frente, sua atenção totalmente absorvida. Rodrigo entrou.- Presidente Simão, a Srta. Clara gostaria de falar pessoalmente com você.Simão desviou brevemente o olhar dos documentos, seu tom de voz indiferente e desprovido de qualquer entusiasmo.- Não."É apenas um truque para evitar o divórcio. Ela realmente acha que um encontro mudaria alguma coisa? Ela está se superestimando." Ele pensou.Um traço de irritação cruzou seu rosto, a voz era tão fria quanto gelo.- Peça ao advogado para entregar o acordo de divórcio à família Silva. Certifique-se
Clara ergueu a cabeça e flagrou a sombra fria que passou rapidamente pelo semblante dele. Uma comitiva passou por ela sem desviar o olhar, todos os olhares e atenções concentrados em Simão. O líder da comitiva mostrava um respeito contido, como se quisesse agradá-lo mas temesse ofendê-lo. Todos que o seguiam vestiam trajes finos.Era um círculo social ao qual ela nunca tinha pertencido.Clara permaneceu imóvel por um momento.Com o saco de tacos de golfe a tiracolo, ela saiu. Duarte, vestido de grife esportiva e de aparência comum, deu um swing bem executado. A bola fez uma curva perfeita e caiu facilmente no buraco. Ao vê-la se aproximar, passou o taco para o jovem caddie ao seu lado.- Srta. Clara, é muito difícil te agradar.Clara sorriu de forma natural e se sentou ao lado dele:- O Sr. Duarte está brincando. Eu sou apenas uma ajudante. Enquanto conversavam, os funcionários próximos começavam a liberar o campo. Estava claro que alguma grande personalidade estava para chegar.Dua
Duarte estava logo atrás dela, a menos de um metro de distância.Lá fora, seus seguranças também estavam à postos.Vestido inteiramente de preto, Simão estava com a mão esquerda no bolso da calça esportiva. Alto e com uma a postura que exalava elegância, como se fosse uma joia rara esculpida nas montanhas.Ele estava parado perto da entrada da sala de descanso, prestes a entrar.Duarte lambeu os lábios e lançou um olhar audacioso para as costas de Clara, murmurando em um tom que só os dois poderiam ouvir:- Seu marido está aqui. Não vai cumprimentá-lo?Clara inalou profundamente, sem tempo para hesitar, caminhou rapidamente na direção dele.Simão levou a mão à maçaneta, mas quando abriu uma fresta, ele ouviu passos atrás dele, seguidos pelo toque suave e perfumado do corpo de uma mulher.Sem tempo para recusar, ela usou um pouco de força e ambos entraram na sala de descanso.O olhar de Simão ficou frio:- Saia.Ligeiramente, Clara trancou a porta e se virou para encará-lo, com um sembl
Duarte ficou atônito por um momento, até que a ficha caiu. Clara ousava se apropriar da reputação de Simão, alegando ser sua esposa? Que mulher audaciosa. Agora que o próprio interessado negou, Duarte mentalmente fez uma anotação: ele não seria cortês se encontrassem novamente!Clara saiu do local e entrou no carro, ainda perturbada pelos pensamentos mesquinhos de Duarte. Ela não tinha outra escolha senão voltar e pensar em algo mais tarde. Ela estava cercada por carros de luxo, fazendo com que o seu se parecesse com um patinho feio no lago dos cisnes. Ela acelerou e começou a manobrar para sair do estacionamento. Um carro, em alta velocidade, foi atrás dela e atingiu a traseira do seu veículo. Com o impacto, o carro inclinou para a frente e Clara quase bateu a cabeça no para-brisa. O carro foi impulsionado por três metros, atingindo um Bentley que estava estacionado à sua frente. Ao sair do carro, Clara viu que a motorista era uma mulher de meia-idade com maquiagem impecável
Clara interrompeu o ato de enxugar o cabelo, se lembrando instantaneamente do Bentley que fora atingido na quadra durante o dia."Mas não é que alguém estava disposto a negociar uma compensação?"Franzindo a testa, ela entrou, trocou por roupas apropriadas e seguiu para a delegacia.- Srta. Clara, estas são as fotos do acidente do carro com a placa 11111, e este é o vídeo da câmera de segurança. Às 18h20, você colidiu com a traseira de alguém e não deixou nenhum contato. O proprietário do carro pretende responsabilizá-la completamente.O rosto de Clara se tornou sombrio; ela apontou para outro carro no monitor.- A senhora estava com pressa naquela hora e disse que pagaria pelo carro da frente. Foi por isso que eu saí.- Srta. Clara, o proprietário do carro atingido está atrás de você agora. Esta é a fatura apresentada pela seguradora dele. Por favor, dê uma olhada.Dano de trezentos e quarenta e dois mil.Clara poderia pagar, mas quanto mais pensava, mais injustiçada ela se sentia. A
Os lábios vermelhos da mulher entreabriram-se, cintilantes sob o efeito da droga. Imagens que Simão tentava esquecer cruzaram sua mente. Naquela noite, não muito distante, ela o olhara da mesma forma. Por alguma razão, uma sensação de calor aflorou em seu peito. E Clara, aproveitando o momento, o envolveu ainda mais apertado em um abraço. Duarte, percebendo que Simão não a repelia, se sentiu confuso. “Durante o dia, Simão admitiu claramente que ela não era a esposa dele. O que estava acontecendo?” Seu olhar se voltou para Clara, a garganta apertada. - Clara, sou eu, Duarte, venha aqui. Ele presumiu que o efeito do medicamento já tivesse começado; Clara, no estado em que se encontrava, não resistiria a quem quer que a levasse embora. Estendendo a mão, ele viu o olhar em direção a Simão e hesitou. Simão não era tolo. Aquela mulher havia invadido seu vestiário durante o dia, obviamente para fugir de Duarte. Não tinha como ela ser a namorada dele. "Se é ou não sua namorada, Sr.
Parado à beira da banheira, com as calças encharcadas pela água respingada, um certo aspecto de seu corpo não deixava espaço para dúvidas. Lembranças fragmentadas da noite anterior também ecoavam em sua mente. Simão nunca imaginou que se excitaria simplesmente por uma mulher chamá-lo de "marido". Ele falou, com uma voz rouca e baixa:- Assim que estiver sóbria, saia daqui.Clara estava completamente encharcada, delineando cada curva de seu corpo. Seus cabelos negros se colavam no rosto, como uma ninfa emergindo de uma lagoa, inocente, mas irresistivelmente sedutora. Ela sentiu o calor de seu corpo aumentar novamente, e ofereceu a Simão um sorriso delicado, enquanto tentava sair da banheira.Sem um pingo de hesitação em seu belo rosto austero, Simão a empurrou de volta, ligou o chuveiro e a encharcou com água fria. Seus movimentos não eram gentis, era brutalidade.Forçada a fechar os olhos, Clara já tinha experimentado o ato carnal uma vez, quando estava meio consciente. Como poderia re
Ela estava completamente encharcada, os cabelos longos pingando água. Seus pés descalços e brancos como neve pisavam diretamente no chão, os tornozelos retos e firmes. Os dedos dos pés eram redondos e alvos, as unhas bem cortadas. Por nervosismo, estavam involuntariamente encolhidos. Simão lançou a Clara um olhar carregado de significados, ele fechou o laptop e soltou uma risada fria:- Marido? Então agora você não pretende mais esconder seus pensamentos?Ao notar seu olhar, Clara baixou a cabeça para se examinar e percebeu que, sob a luz, até o contorno da lingerie que estava usando era visível.Seu rosto pálido ficou instantaneamente rubro, como se pudesse sangrar. Ela correu de volta para o banheiro em desespero.Sem mais interesse na atuação de Clara, Simão pegou seu laptop e uma pasta de documentos, se levantou para sair. Uma foto que estava dentro da pasta caiu suavemente no chão. Antes que pudesse apanhá-la, ouviu a porta do banheiro sendo aberta novamente. Não havia roupas