POV MaxContinuei irritado durante toda a viagem de volta à cidade e só porque Julieta estava malcriada hoje. Não era como esperava passar o dia, quando cheguei em casa e encontrei Liliane sentada na sala num mar de lágrimas e sua mãe a consolando. Quase revirei os olhos, quase.— Finalmente você chega, Max — disse minha mãe com dramatismo incluído, o que só me deixava de pior humor.— Sim — me sentei no sofá observando atentamente Liliane chorar.Esta era a garota que conheci quando criança?Devo admitir que faz uns oito anos que não a vejo, mudou muito. É bonita, mas todas essas lágrimas só estragam tudo.— Deve falar com ela e deixar claro que você não tem nada com nenhuma mulher — ordena minha mãe— especialmente com aquela secretária decadente.— Já expliquei o que aconteceu por telefone — respondi sem me alterar— nos deixe a sós, mãe.Não estou acostumado a dar explicações a ninguém e não ia começar agora. Menti e disse que tinha me manchado de vinho e só queria tomar um b
POV Max— Acordo pré-nupcial? — questiona unindo suas sobrancelhas em confusão.— Sim, um acordo antes de nos casarmos, um contrato — explico, como se fosse lenta.— Sei o que é — murmura e levanta a cabeça para poder me olhar nos olhos com olhar ofendido— não pensei que assinaríamos nada disso, minha família é tão rica quanto a sua em todos os EUA.Ela acha que não vou cuidar do patrimônio dos meus avós e meus pais... se realmente pensou isso está louca.— Vai assinar esse acordo ou não há casamento, Liliane — disse dando de ombros sem mudar de decisão— quero cumprir com minha palavra, me ajude a fazer isso — suspirei tentando ser mais suave com ela, mas era realmente difícil.Não me sai ser uma pessoa sensível e com paciência quando claramente careço disso.Não queria me casar, mas agora que tenho que fazer isso cuidarei da minha empresa e meu dinheiro. Era por isso que tinha a mesma amante durante três anos, é anti-higiênico e incômodo ter que procurar mulheres constantemente
OniscienteA mãe de Max gostava de Liliane Williams para seu filho, era uma mulher com dinheiro e classe, quase da mesma situação econômica que eles. Era perfeita para lhe dar netos, mas o teimoso do seu filho tornava tudo muito difícil e era estressante para ela.— Melhor eu ir embora — disse a doce voz de Liliane se levantando da mesa.A Liliane custava manter a compostura e sua cara aflita quando só queria gritar como uma louca e reclamar sobre como o presidente Hawks é sempre grosseiro com ela e como Maximiliano é seco e impessoal, mas ela queria fazer parte desta família. Precisava disso e não pensava em desistir tão facilmente.— Te acompanho até a porta — responde Brigitte, se levantando da mesa e seguindo a garota que parecia tremula e um tanto pálida— deveria segui-lo e ver aonde vai de verdade — aconselha a futura sogra olhando em seus olhos.— O que a senhora está dizendo? — pergunta fingindo estar espantada— não acho que seja correto, senhora Brigitte.A verdade era q
Julieta desde que chegou ao clube não tinha parado de dançar e beber drinks junto com seu amigo.Quando Tomás chegou apresentou Benjamin Trunks, seu sócio. Alguém bastante respeitoso, mas com olhar triste e atormentado. Então Julieta não se aproximou demais dele, mas se concentrou em dançar com seu amigo.— Seu sócio parece melancólico — disse ela quando já tinha duas taças e estava mais à vontade.— Está passando por um momento difícil no casamento. Trouxe ele pra ver se se divertia — dá de ombros Tom.— Espero que tudo se resolva — disse fazendo biquinho.Tomás admirava isso em sua amiga, apesar de sua vida não ser a melhor ela sempre pensava nos outros e se entristecia por eles. A levou para dançar novamente porque ela também tinha que esquecer seus problemas.— Olha quantos homens você pode ter a seus pés — disse Tomás em seu ouvido, como se estivesse dizendo coisas quentes enquanto se esfregava em seu corpo no ritmo da música.Julieta recostou no ombro de seu melhor amigo s
— Já estou perdendo a cabeça — murmura para si mesma a morena— Doses de vodka! — pede ao bartender que fazia coisas fantásticas com seus copos.O rapaz assentiu e depois de servir alguns drinks de maneira artística lhe serviu uma fileira de 8 copos de vodka pura piscando um olho flertando com ela. Julieta bebeu um de uma vez e franziu o rosto, fazia muito que não bebia porque Max não gostava do cheiro e ela tentava agradá-lo em tudo... e falando no diabo.O viu do outro lado do bar com um copo com líquido âmbar em suas mãos, levantou a mão num falso brinde e eu revirei os olhos e bebi mais uma dose. Pensou que talvez ele iria embora.— Linda, me deixou sozinho na pista — disse Tomás colocando uma mão em minhas costas alertando sua presença.Julieta se vira e lhe sorri radiante tentando ocultar o mal-estar de ver Max do outro lado do bar sem tirar os olhos dela, em menos de uns segundos já estava rodeado de todo tipo de mulheres pedindo sua atenção aos gritos.— Vamos continuar dan
— Julieta! — exclama surpreso e até um pouco irritado.Sacudiu seus sapatos para tirar o excesso e a olhou preocupado que estivesse demasiadamente intoxicada e talvez precise fazer uma viagem à emergência.— Sinto muito — disse num murmúrio muito baixinho e envergonhada.Suas bochechas já rosadas por causa do álcool ficaram mais vermelhas pela vergonha.— Está melhor? — pergunta Max franzindo a testa, Julieta por um momento pensou que estava preocupado com ela, mas isso era impossível.Julieta sacudiu a cabeça afastando as teias de aranha de sua mente, não teve tempo de responder quando um carro prateado de luxo estacionou na frente deles e tocou a buzina.— Preciosa, vamos — o recém-chegado, Tomás viu a confusão que sua melhor amiga arrumou e quase cai na risada, mas manteve sua fachada séria todo o tempo desafiando Max a dizer algo.— Tomás... — Julieta suspirou aliviada— sabia que não ia me abandonar. Diz isso pro retrógrado do meu chefe — aponta um pouco mais à esquerda de o
Julieta se sentia tão mal que acabou vomitando duas vezes mais no caminho para casa. Tomás, muito gentilmente, parava à beira da estrada enquanto ela expulsava até o último que havia em seu estômago.— Juro que não vou beber mais — dizia entre ânsias.— Isso todos os bêbados dizem, e depois, na próxima sexta-feira, estão de novo na farra — zombou seu melhor amigo.— Supostamente você é meu amigo, mais parece meu inimigo — gemeu ela de dor estomacal de tanto vomitar— Acho que não gosto mais de você.— Mentirosa — riu Tomás enquanto a ajudava a se levantar e soltava seu cabelo— Ninguém vai cuidar de você depois de uma bebedeira como eu.— Nisso você tem toda razão, me retrato — disse, caminhando com a ajuda de Tomás em direção ao carro, com um pouco mais de cor nas bochechas.Tomás a ajudou a voltar ao carro e seguiu seu trajeto para sua casa. Não queria levá-la até a casa dela porque não sabia se ia encontrar com o imbecil do Maximiliano Hawks. Nunca gostou desse cara; ele não era
Na segunda-feira seguinte, o alarme tocou como todos os dias. Julieta não tinha sabido nada de Maximiliano Hawks, mas sabia que primeiro devia apresentar sua demissão e esperar pelo menos 15 dias para poder se retirar do trabalho. Esperava não encontrar nenhum tipo de problema. Se vestiu com um dos vestidos que Tomás tinha dado; era lindo, de uma cor verde garrafa que fazia ressaltar seus próprios olhos verdes. Decidiu fazer um rabo de cavalo alto com alguns cachos nas pontas; algumas mechas soltas emolduravam seu rosto, realçando sua beleza e seu pescoço esbelto.— Bem, garota, você está pronta — disse ao espelho, tentando se animar. Pegou sua bolsa e se dirigiu à estação para pegar o metrô.Chegou cedo, como toda manhã. Preparou o café de seu chefe e se sentou para revisar os pendentes, que supostamente não seriam muitos. Pouco menos de cinco minutos depois, chegou Maximiliano, olhando para todos com desdém até que seu olhar se cruzou com o de Julieta.— Pensei que tinha se demiti