Para Shea que recebera intenso treinamento paramilitar e era especialista, tanto no manuseio de armas quanto no combate corpo a corpo, Charlene não representava nenhum perigo, mesmo assim a segurança não conteve a força e desferiu um chute preciso no queixo da cobra.Charlene não foi nocauteada, mas a pancada pareceu deixa-la completamente descoordenada, pois apenas largou o ladrilho e soltou o peso do corpo no chão. Foi então que carcereira, que antes conversava com Shea, se aproximou e imobilizou Charlene, mesmo tendo que sujar a mão nos excrementos que cobriam o corpo da mulher.Percebendo que Charlene fora completamente subjugada, Shea ajudou Deirdre a se levantar.― Vamos, Dona Dee, preciso te lavar para o hospital. O machucado está sangrando... ―― Não, está tudo bem. ― Deirdre limpou o sangue do rosto no lenço que Shea lhe entregara. ― Não foi nada demais, a gente cuida disso depois. ― Sua maior prioridade agora era Charlene.Mesmo que esta mulher estivesse determinada a ma
Desde que fora transferida para a cela individual, Charlene se preparara para aquele confronto, mesmo sem acreditar que Deirdre seria estúpida o suficiente para fazer uma visita. Mas, a oportunidade aparecera.Charlene segurou o ladrilho na mão e passou o polegar pela quina mais afiada, sugando o ar, conforme uma linha vermelha surgiu na pele. Então, com um sorriso no rosto, focou toda a atenção em sua vítima.A ideia era escrever ‘vadia’ na testa de Deirdre, pois, mesmo que a jovem fosse morrer naquele dia, Charlene queria que todos soubessem o que a jovem era e garantir que seu velório fosse realizado com um caixão fechado.Charlene se arrastou até Deirdre e olhou para o rosto requintado. As pupilas da cobra estavam dilatadas e ela respirava pesadamente de ciúme e ansiedade. Então agarrou o ladrilho com força, apontou a quina pontiaguda e acertou o rosto de Deirdre.Charlene apunhalou a carne de Deirdre e sentiu a ponta penetrar. Porém, antes que realizasse o segundo movimento, r
Para Shea que recebera intenso treinamento paramilitar e era especialista, tanto no manuseio de armas quanto no combate corpo a corpo, Charlene não representava nenhum perigo, mesmo assim a segurança não conteve a força e desferiu um chute preciso no queixo da cobra.Charlene não foi nocauteada, mas a pancada pareceu deixa-la completamente descoordenada, pois apenas largou o ladrilho e soltou o peso do corpo no chão. Foi então que carcereira, que antes conversava com Shea, se aproximou e imobilizou Charlene, mesmo tendo que sujar a mão nos excrementos que cobriam o corpo da mulher.Percebendo que Charlene fora completamente subjugada, Shea ajudou Deirdre a se levantar.― Vamos, Dona Dee, preciso te lavar para o hospital. O machucado está sangrando... ―― Não, está tudo bem. ― Deirdre limpou o sangue do rosto no lenço que Shea lhe entregara. ― Não foi nada demais, a gente cuida disso depois. ― Sua maior prioridade agora era Charlene.Mesmo que esta mulher estivesse determinada a ma
― Para a mansão? Mas e o machucado? ―― Ele não é grande coisa. Vou apenas limpar e fazer um curativo. Não preciso ir para um hospital fazer isso. ―Shea se sentia extremamente culpada e Deirdre sabia disso. Por isso, antes de sair do carro, disse:― Shea, eu sei o que você está pensando agora. Não conte a Brendan sobre meu ferimento e também não se castigue por isso. ―Shea ficou atordoada e balançou a cabeça.― Sinto muito. Me desculpe por não ter conseguido te proteger. É minha culpa ter me deixado distrair pela carcereira e negligenciado meu dever. Se eu optar por esconder a verdade do Seu Brighthall, prestarei um desserviço a ele. Sinto muito, Dona Dee. Mas eu preciso contar a ele sobre tudo o que aconteceu e aceitar minha punição. ―Deirdre ficou frustrada com a teimosia de Shea.― Por favor, eu insisto para que não conte a Brendan, não porque quero que nos faça um desserviço, mas porque a saúde de Brendan está muito fraca agora. Ele certamente ficará preocupado se você co
Deirdre ficou um pouco abatida ao ouvir isso, mas assentiu mesmo assim.― De alguma forma, Charlene sabe algo sobre meu pai. ―A governanta não comentou mais nada e, depois de administrar os primeiros socorros, ligou para o médico da família e pediu que viesse dar uma olhada no machucado. Não parecia ser grave, mas o ambiente onde Deirdre foi ferida não era considerado higiênico, então uma infecção parecia um pouco provável. Pensando nisso, o doutor Ginger higienizou o ferimento com esmero, antes de passar um pouco de creme cicatrizante e colocar um curativo.Deirdre planejava uma mentira com Engel para enganar Brendan e a sugestão da governanta foi que a jovem dissesse que bateu a testa em galho de arvore particularmente pontudo. Ainda pensavam nisso, quando o Magnata ligou.― O que aconteceu durante sua visita à prisão? ―O coração de Deirdre quase pulou pela garganta. ‘Como ele soube tão rápido? Eu cheguei não faz nem duas horas!’ Ainda assim, ela não iria simplesmente confessa
‘Charlene está morta? A pessoa que poderia me ajudar a saber quem é meu pai... está morta!?’ Deirdre ficou exasperada, enquanto Shea contava:― Ninguém sabe dizer exatamente como ela morreu. A diretoria do presídio disse que, como rotina, a cada seis meses fazem a dedetização de todas as celas do presídio, para combater pragas. Ao que indica, Charlene comeu todo o veneno de rato deixado em sua cela. Quando a carcereira abriu para ordenar que ela fosse ao refeitório, já estava morta.Deirdre agarrou a ponta da manta, preocupada, e mente ficou em branco. 'Como isso aconteceu? Ela simplesmente... morreu assim, tão de repente.'A jovem acreditava que poderia esperar um pouco mais, antes de arrancar informações dos lábios de Charlene, mas a cobra pareceu ter encontrado uma outra forma de sair da prisão.― Dona Dee? ―Deirdre saiu do estupor.― Você checou? Tem certeza de que ela está mesmo morta? ―― Sim, não existe chance de estarem mentindo sobre isso. Charlene está mesmo morta. ―
Deirdre dissera à governanta que Charlene tinha informações sobre seu pai. Ela até divulgou o conhecimento que havia reunido. Então, das pessoas que sabiam, Shea, Sam e Anna, a única pessoa cuja a lealdade podia ser questionada era a última.Assim, Deirdre não tinha dúvidas de que estava certa. Entretanto, uma dor de cabeça despontou e rapidamente escalou para uma enxaqueca dolorosa e latejante.Brendan desceu da cama e a puxou para seus braços. Ele passou a mão pelas costas da jovem, tentando confortá-la, ao mesmo tempo que tentava evitar que Deirdre percebesse que ele sentia febre e mal estar.― Está tudo bem, Dee. Se acalme. Não pense demais. Vamos conseguir passar por cima disso. ― Deirdre apertou os braços ao redor do magnata e respirou fundo. O odor familiar a fazia se sentir segura. Ela finalmente se acalmou, mas aquele desamparo abjeto permaneceu. Pois era, infelizmente, imune a ser banido.― Será que eu confiei na pessoa errada o tempo todo, Brendan? Eu só... não consigo
― Não importa mais, agora que Charlene está morta. ― Deirdre abaixou a cabeça, suspirando. ― O fato de não ter conseguido nenhuma informação sobre meu pai me incomoda. Eu deveria saber que Charlene tinha um alvo pintado nas costas! Se ao menos... Se ao menos eu ficasse lá e esperasse pela resposta dela ali mesmo, em vez de dar a ela alguns dias para refletir sobre o acordo! ―― Ninguém poderia prever que alguém iria silenciá-la. Nem mesmo eu ― respondeu Brendan, seus dedos alisando suavemente as rugas no rosto desanimado de Deirdre. ― Não se culpe. Você lidou com a situação brilhantemente. Pelo menos agora sabemos que há uma espiã entre nós e podemos usá-la. ―― Eu sei. ― Deirdre assentiu cansadamente. Ela desejava que tudo não passasse de pensamentos conspiratórios infundados em sua cabeça e a última coisa que queria era que sua amiga Anna Engel realmente fosse uma traidora.Depois de acalmar os nervos, Deirdre pensou em sua conversa com Charlene, antes que um pensamento a atingiss