― Você está tentando fazer um acordo comigo? Claro, mas não gosto de ter outra pessoa no meu espaço. Diga a ela para sair daqui! ―Shea disse, sem hesitar nem um segundo:― Não vai rolar. ―Com postura determinada, a segurança olhou para Charlene friamente. Não havia como dizer o que a cobra era capaz de fazer, já que estava se comportando como uma louca.― Não vai rolar, é? ― Charlene ergueu o queixo de maneira despreocupada. ― Vocês duas podem sair, então. Eu não queria fazer acordo nenhum com vocês, de qualquer forma. O que eu sei, só eu sei e ninguém mais sabe! Sabia? Só eu sei! ―Deirdre franziu as sobrancelhas e deu um tapinha em Shea.― Não tem problema, pode esperar fora, se ouvir qualquer barulho errado, você volta. ―― Dona Dee ― Shea balançou a cabeça e disse suavemente: ― Não posso ir. Prometi ao Brighthall que a protegeria. Não poderei voltar a tempo se algo acontecer rápido. ―― Eu vou ficar bem, olhe para as pernas dela. ―A segurança olhou e constatou que uma d
Charlene manteve a cabeça baixa e respirou pesadamente como se estivesse em conflito. Por isso, percebendo que a rival estava prestes a ceder, Deirdre insistiu:― Se você fechar esse negócio comigo, vou providenciar que seja tirada do país em menos de duas semanas, depois que você me der as informações. ―― Você tem certeza de que vai conseguir fazer isso? ― Charlene estreitou os olhos.Mas, a jovem respirou fundo e fez um gesto com as mãos abertas:― Que outra opção você tem, além de acreditar em mim? ―― Claro... ― Charlene olhou para ela maliciosamente. ― Mas você tem que jurar que não vai me enganar, Deirdre. Caso contrário, amaldiçoarei a criança em seu ventre com uma morte trágica! ―Deirdre franziu as sobrancelhas, pensando em como o último recurso de sua rival tinha sido infantil.― Se você diz... ―Charlene abaixou a cabeça e falou devagar.― Eu ouvi claramente quando falavam sobre seu pai, mas não consegui descobrir se se tratava de um nome real ou algum tipo de apel
Desde que fora transferida para a cela individual, Charlene se preparara para aquele confronto, mesmo sem acreditar que Deirdre seria estúpida o suficiente para fazer uma visita. Mas, a oportunidade aparecera.Charlene segurou o ladrilho na mão e passou o polegar pela quina mais afiada, sugando o ar, conforme uma linha vermelha surgiu na pele. Então, com um sorriso no rosto, focou toda a atenção em sua vítima.A ideia era escrever ‘vadia’ na testa de Deirdre, pois, mesmo que a jovem fosse morrer naquele dia, Charlene queria que todos soubessem o que a jovem era e garantir que seu velório fosse realizado com um caixão fechado.Charlene se arrastou até Deirdre e olhou para o rosto requintado. As pupilas da cobra estavam dilatadas e ela respirava pesadamente de ciúme e ansiedade. Então agarrou o ladrilho com força, apontou a quina pontiaguda e acertou o rosto de Deirdre.Charlene apunhalou a carne de Deirdre e sentiu a ponta penetrar. Porém, antes que realizasse o segundo movimento, r
Para Shea que recebera intenso treinamento paramilitar e era especialista, tanto no manuseio de armas quanto no combate corpo a corpo, Charlene não representava nenhum perigo, mesmo assim a segurança não conteve a força e desferiu um chute preciso no queixo da cobra.Charlene não foi nocauteada, mas a pancada pareceu deixa-la completamente descoordenada, pois apenas largou o ladrilho e soltou o peso do corpo no chão. Foi então que carcereira, que antes conversava com Shea, se aproximou e imobilizou Charlene, mesmo tendo que sujar a mão nos excrementos que cobriam o corpo da mulher.Percebendo que Charlene fora completamente subjugada, Shea ajudou Deirdre a se levantar.― Vamos, Dona Dee, preciso te lavar para o hospital. O machucado está sangrando... ―― Não, está tudo bem. ― Deirdre limpou o sangue do rosto no lenço que Shea lhe entregara. ― Não foi nada demais, a gente cuida disso depois. ― Sua maior prioridade agora era Charlene.Mesmo que esta mulher estivesse determinada a ma
Desde que fora transferida para a cela individual, Charlene se preparara para aquele confronto, mesmo sem acreditar que Deirdre seria estúpida o suficiente para fazer uma visita. Mas, a oportunidade aparecera.Charlene segurou o ladrilho na mão e passou o polegar pela quina mais afiada, sugando o ar, conforme uma linha vermelha surgiu na pele. Então, com um sorriso no rosto, focou toda a atenção em sua vítima.A ideia era escrever ‘vadia’ na testa de Deirdre, pois, mesmo que a jovem fosse morrer naquele dia, Charlene queria que todos soubessem o que a jovem era e garantir que seu velório fosse realizado com um caixão fechado.Charlene se arrastou até Deirdre e olhou para o rosto requintado. As pupilas da cobra estavam dilatadas e ela respirava pesadamente de ciúme e ansiedade. Então agarrou o ladrilho com força, apontou a quina pontiaguda e acertou o rosto de Deirdre.Charlene apunhalou a carne de Deirdre e sentiu a ponta penetrar. Porém, antes que realizasse o segundo movimento, r
Para Shea que recebera intenso treinamento paramilitar e era especialista, tanto no manuseio de armas quanto no combate corpo a corpo, Charlene não representava nenhum perigo, mesmo assim a segurança não conteve a força e desferiu um chute preciso no queixo da cobra.Charlene não foi nocauteada, mas a pancada pareceu deixa-la completamente descoordenada, pois apenas largou o ladrilho e soltou o peso do corpo no chão. Foi então que carcereira, que antes conversava com Shea, se aproximou e imobilizou Charlene, mesmo tendo que sujar a mão nos excrementos que cobriam o corpo da mulher.Percebendo que Charlene fora completamente subjugada, Shea ajudou Deirdre a se levantar.― Vamos, Dona Dee, preciso te lavar para o hospital. O machucado está sangrando... ―― Não, está tudo bem. ― Deirdre limpou o sangue do rosto no lenço que Shea lhe entregara. ― Não foi nada demais, a gente cuida disso depois. ― Sua maior prioridade agora era Charlene.Mesmo que esta mulher estivesse determinada a ma
― Para a mansão? Mas e o machucado? ―― Ele não é grande coisa. Vou apenas limpar e fazer um curativo. Não preciso ir para um hospital fazer isso. ―Shea se sentia extremamente culpada e Deirdre sabia disso. Por isso, antes de sair do carro, disse:― Shea, eu sei o que você está pensando agora. Não conte a Brendan sobre meu ferimento e também não se castigue por isso. ―Shea ficou atordoada e balançou a cabeça.― Sinto muito. Me desculpe por não ter conseguido te proteger. É minha culpa ter me deixado distrair pela carcereira e negligenciado meu dever. Se eu optar por esconder a verdade do Seu Brighthall, prestarei um desserviço a ele. Sinto muito, Dona Dee. Mas eu preciso contar a ele sobre tudo o que aconteceu e aceitar minha punição. ―Deirdre ficou frustrada com a teimosia de Shea.― Por favor, eu insisto para que não conte a Brendan, não porque quero que nos faça um desserviço, mas porque a saúde de Brendan está muito fraca agora. Ele certamente ficará preocupado se você co
Deirdre ficou um pouco abatida ao ouvir isso, mas assentiu mesmo assim.― De alguma forma, Charlene sabe algo sobre meu pai. ―A governanta não comentou mais nada e, depois de administrar os primeiros socorros, ligou para o médico da família e pediu que viesse dar uma olhada no machucado. Não parecia ser grave, mas o ambiente onde Deirdre foi ferida não era considerado higiênico, então uma infecção parecia um pouco provável. Pensando nisso, o doutor Ginger higienizou o ferimento com esmero, antes de passar um pouco de creme cicatrizante e colocar um curativo.Deirdre planejava uma mentira com Engel para enganar Brendan e a sugestão da governanta foi que a jovem dissesse que bateu a testa em galho de arvore particularmente pontudo. Ainda pensavam nisso, quando o Magnata ligou.― O que aconteceu durante sua visita à prisão? ―O coração de Deirdre quase pulou pela garganta. ‘Como ele soube tão rápido? Eu cheguei não faz nem duas horas!’ Ainda assim, ela não iria simplesmente confessa