―Não deixar ninguém tirar a criança de mim? ― Deirdre ficou surpresa e confusa. ― Por que você disse isso? Quem tiraria minha filha de mim? ―― As mesmas pessoas que me raptaram, é claro. ― Ophelia falou de maneira calma e composta: ― Pense nisso. Se me capturaram e depois me libertaram isso significa que não sou o alvo deles, mas você ou Brendan continuam sendo. Se esse for o caso, a criança de vocês é uma vulnerabilidade, não é? ―Deirdre passou a entender a situação.― Mãe, foi bom você ter tocado nesse assunto. A gente precisa muito falar sobre isso. ―Olhando para a expressão séria da filha, Ophelia não teve escolha a não ser ficar séria também.― Tudo bem, filha. O que você quer saber? ―Deirdre ficou em conflito, mas disse:― Você ... você ainda se lembra do meu pai? ―O rosto de Ophelia ficou terrivelmente pálido, mas como Deirdre não podia vê-lo, não percebeu a alteração. Depois de alguns segundos, ainda sem saber como deveria responder, a mulher grisalha tentou ganh
Quando Deirdre saía do quarto, ouviu Brendan dizer:― Dee, obrigado por tudo o que você está fazendo. ―-A mente de Deirdre estava cheia de pensamentos sobre a conversa que teria com Charlene e, por isso, teve uma noite agitada e cheia de sonhos confusos. Assim, acordou e se vestiu antes mesmo que o sol nascesse.Mesmo nas primeiras horas do dia, Engel já estava ocupada fazendo pães na cozinha, mas foi para sala ao ouvir que alguém descia as escadas.― Por que você acordou tão cedo, Dee? ―― Bom dia, Anna! Tenho que sair para resolver umas coisas. ―A governanta sorriu, como se tudo fizesse sentido.― Não é de admirar que Shea também tenha chegado tão cedo. ―― Ela já está aqui? ―― Sim. No entanto, é possível que ela tenha ficado entediada, então saiu para correr. Mas, disse que estaria de volta em uma hora. Deixe-me verificar a hora... Ela deve estar de volta quando você terminar o café da manhã. ―Deirdre assentiu e começou a se deliciar com o café fresco e o pão que aca
― Você está tentando fazer um acordo comigo? Claro, mas não gosto de ter outra pessoa no meu espaço. Diga a ela para sair daqui! ―Shea disse, sem hesitar nem um segundo:― Não vai rolar. ―Com postura determinada, a segurança olhou para Charlene friamente. Não havia como dizer o que a cobra era capaz de fazer, já que estava se comportando como uma louca.― Não vai rolar, é? ― Charlene ergueu o queixo de maneira despreocupada. ― Vocês duas podem sair, então. Eu não queria fazer acordo nenhum com vocês, de qualquer forma. O que eu sei, só eu sei e ninguém mais sabe! Sabia? Só eu sei! ―Deirdre franziu as sobrancelhas e deu um tapinha em Shea.― Não tem problema, pode esperar fora, se ouvir qualquer barulho errado, você volta. ―― Dona Dee ― Shea balançou a cabeça e disse suavemente: ― Não posso ir. Prometi ao Brighthall que a protegeria. Não poderei voltar a tempo se algo acontecer rápido. ―― Eu vou ficar bem, olhe para as pernas dela. ―A segurança olhou e constatou que uma d
Charlene manteve a cabeça baixa e respirou pesadamente como se estivesse em conflito. Por isso, percebendo que a rival estava prestes a ceder, Deirdre insistiu:― Se você fechar esse negócio comigo, vou providenciar que seja tirada do país em menos de duas semanas, depois que você me der as informações. ―― Você tem certeza de que vai conseguir fazer isso? ― Charlene estreitou os olhos.Mas, a jovem respirou fundo e fez um gesto com as mãos abertas:― Que outra opção você tem, além de acreditar em mim? ―― Claro... ― Charlene olhou para ela maliciosamente. ― Mas você tem que jurar que não vai me enganar, Deirdre. Caso contrário, amaldiçoarei a criança em seu ventre com uma morte trágica! ―Deirdre franziu as sobrancelhas, pensando em como o último recurso de sua rival tinha sido infantil.― Se você diz... ―Charlene abaixou a cabeça e falou devagar.― Eu ouvi claramente quando falavam sobre seu pai, mas não consegui descobrir se se tratava de um nome real ou algum tipo de apel
Desde que fora transferida para a cela individual, Charlene se preparara para aquele confronto, mesmo sem acreditar que Deirdre seria estúpida o suficiente para fazer uma visita. Mas, a oportunidade aparecera.Charlene segurou o ladrilho na mão e passou o polegar pela quina mais afiada, sugando o ar, conforme uma linha vermelha surgiu na pele. Então, com um sorriso no rosto, focou toda a atenção em sua vítima.A ideia era escrever ‘vadia’ na testa de Deirdre, pois, mesmo que a jovem fosse morrer naquele dia, Charlene queria que todos soubessem o que a jovem era e garantir que seu velório fosse realizado com um caixão fechado.Charlene se arrastou até Deirdre e olhou para o rosto requintado. As pupilas da cobra estavam dilatadas e ela respirava pesadamente de ciúme e ansiedade. Então agarrou o ladrilho com força, apontou a quina pontiaguda e acertou o rosto de Deirdre.Charlene apunhalou a carne de Deirdre e sentiu a ponta penetrar. Porém, antes que realizasse o segundo movimento, r
Para Shea que recebera intenso treinamento paramilitar e era especialista, tanto no manuseio de armas quanto no combate corpo a corpo, Charlene não representava nenhum perigo, mesmo assim a segurança não conteve a força e desferiu um chute preciso no queixo da cobra.Charlene não foi nocauteada, mas a pancada pareceu deixa-la completamente descoordenada, pois apenas largou o ladrilho e soltou o peso do corpo no chão. Foi então que carcereira, que antes conversava com Shea, se aproximou e imobilizou Charlene, mesmo tendo que sujar a mão nos excrementos que cobriam o corpo da mulher.Percebendo que Charlene fora completamente subjugada, Shea ajudou Deirdre a se levantar.― Vamos, Dona Dee, preciso te lavar para o hospital. O machucado está sangrando... ―― Não, está tudo bem. ― Deirdre limpou o sangue do rosto no lenço que Shea lhe entregara. ― Não foi nada demais, a gente cuida disso depois. ― Sua maior prioridade agora era Charlene.Mesmo que esta mulher estivesse determinada a ma
Desde que fora transferida para a cela individual, Charlene se preparara para aquele confronto, mesmo sem acreditar que Deirdre seria estúpida o suficiente para fazer uma visita. Mas, a oportunidade aparecera.Charlene segurou o ladrilho na mão e passou o polegar pela quina mais afiada, sugando o ar, conforme uma linha vermelha surgiu na pele. Então, com um sorriso no rosto, focou toda a atenção em sua vítima.A ideia era escrever ‘vadia’ na testa de Deirdre, pois, mesmo que a jovem fosse morrer naquele dia, Charlene queria que todos soubessem o que a jovem era e garantir que seu velório fosse realizado com um caixão fechado.Charlene se arrastou até Deirdre e olhou para o rosto requintado. As pupilas da cobra estavam dilatadas e ela respirava pesadamente de ciúme e ansiedade. Então agarrou o ladrilho com força, apontou a quina pontiaguda e acertou o rosto de Deirdre.Charlene apunhalou a carne de Deirdre e sentiu a ponta penetrar. Porém, antes que realizasse o segundo movimento, r
Para Shea que recebera intenso treinamento paramilitar e era especialista, tanto no manuseio de armas quanto no combate corpo a corpo, Charlene não representava nenhum perigo, mesmo assim a segurança não conteve a força e desferiu um chute preciso no queixo da cobra.Charlene não foi nocauteada, mas a pancada pareceu deixa-la completamente descoordenada, pois apenas largou o ladrilho e soltou o peso do corpo no chão. Foi então que carcereira, que antes conversava com Shea, se aproximou e imobilizou Charlene, mesmo tendo que sujar a mão nos excrementos que cobriam o corpo da mulher.Percebendo que Charlene fora completamente subjugada, Shea ajudou Deirdre a se levantar.― Vamos, Dona Dee, preciso te lavar para o hospital. O machucado está sangrando... ―― Não, está tudo bem. ― Deirdre limpou o sangue do rosto no lenço que Shea lhe entregara. ― Não foi nada demais, a gente cuida disso depois. ― Sua maior prioridade agora era Charlene.Mesmo que esta mulher estivesse determinada a ma