Só depois de pensar um pouco, o magnata se lembrou da mulher falante que fazia companhia a Deirdre, quando ele ainda era Kyran.― Glenna? Acho que ela ainda está trabalhando na mesma empresa. O que tem ela e Declan? ―Deirdre ficou um pouco decepcionada com a forma como as pessoas eram descartáveis para a memória de Brendan, e respondeu:― Nada... ―Como estava ciente dos sentimentos de Glenna por Declan, imaginou que eles pudessem ter acabado juntos, mas se fosse o caso, Brendan saberia. 'Então, eles não acabaram namorando no final, hein?' No entanto, também podia ser uma coisa boa porque eles poderiam não ser necessariamente bons um para o outro.Depois de descobrir as coisas, Deirdre saiu do banheiro e se sentou na cama, enquanto ouvia o som da água do chuveiro. De repente, percebeu que Brendan poderia querer dormir no mesmo quarto que ela e se sentiu ansiosa.Ela não estava preparada para ficar com Brendan, mesmo que acreditasse que ele a amava. Seu coração ainda estava grave
‘Passou a noite fora, então?’ Deirdre havia presumido que Brendan tinha saído apenas para dar uma volta e depois, dormindo no quarto principal. Então, se virou para Engel e disse, em uma voz um pouco constrangida:― É possível que eu o tenha irritado um pouco... ―― Você? Irritado o senhor Brighthall? Isso não é possível. ― Engel ficou atônita. ― Como ele poderia estar zangado com você, se a ama tanto? Ou... aconteceu alguma coisa? ―Deirdre teve dificuldade em encontrar as palavras certas. Ela não podia dizer à governanta que havia falhado em seduzir Brendan, certo? Seria humilhante.― Não foi nada demais. Nós tivemos uma pequena briga e Brendan ficou com raiva, então foi embora. ―As poucas informações apenas deixaram Engel mais curiosa.― Pequena briga? Sério? Não acredito que algo pequeno tenha deixado Brighthall tão bravo com você... ―Quando foi buscar o cuscuz, a mulher grisalha caminhou para a cozinha, murmurando suposições.Enquanto dava uma mordida no sanduíche de pei
Deirdre achou o temperamento de Brendan instável demais para fazer sentido. No passado, quando era bajulado, aceitava sem fazer perguntas. Mas agora, as mesmas coisas o irritavam.Sem entender o que acontecia, Deirdre deu de ombros e se abaixou, para começar a recolher os papéis que haviam caído no chão, mas Brendan a segurou pelo braço e, gentilmente, a puxou para cima e em sua direção. Antes que ela percebesse, os dois estavam com os corpos colados e as bocas afastadas por milímetros. Era uma posição bastante sugestiva.Deirdre congelou ao sentir que Brendan a atraía para si.― O que devo fazer, Deirdre? ― o magnata perguntou, surpreendentemente derrotado.Deirdre piscou e seus dedos deslizaram suavemente, antes de se enlaçar em torno do braço forte e firme do homem. Estranhamente, ela não achava mais aquele contato repulsivo.― Você não está mais bravo? ―Brendan ergueu os olhos.― De que adianta minha raiva? Não importa o quão zangado eu esteja. Você simplesmente não entende
― Onde está o senhor Brighthall? ― perguntou Engel. ― Por que não está aqui conosco? ―Deirdre se engasgou, mas logo respondeu:― Ele, eh, disse que há muitas coisas em andamento e que precisam de sua atenção, então não vai se juntar a nós. Ele pediu para que você fizesse um prato e levasse para ele. ―― Bem ocupado, né? ―Deirdre apertou os lábios.― Sim. Na verdade, a empresa está passando por um grande expurgo e ele precisa garantir que cada posição seja ocupada por alguém confiável, o que significa que agora ele precisa olhar tudo de perto. É normal que esteja tão ocupado. ―― Entendo ― a governanta respondeu evasivamente, antes de murmurar: ― Puxa, não é fácil tocar uma empresa, certo? Vou montar um prato agora mesmo, antes que ele comece a comer as próprias unhas. ―― Tudo bem. ―Deirdre saboreou sozinha o prato de arroz e bolo de carne recheado com tomate e queijo e, depois de ouvir um audiolivro, subiu para dormir. Brendan não apareceu naquela noite.No dia seguinte, E
― Essa é a questão. Não dou a mínima por com quem você vai acabar se casando, mas já que vamos ficar juntas por um tempo, deixa eu te dar um bom conselho ― disse Deirdre, um pouco apaticamente. ― Engel vai ser sua governanta e sua cozinheira. Isso significa que ela tem muitas chances de surpreendê-la, você não acha? ―Engel entendeu a deixa.― Ela está certa, senhorita McKinney. Proteger-se contra inimigos óbvios é uma coisa, mas contra alguém de quem você depende? Seria fácil para mim colocar alguns alfinetes em seu travesseiro. Ou cuspir em seu filé... ―A expressão de Charlene endureceu, antes que a mulher mais velha terminasse.― Você se atreveria!? ―A mulher grisalha lançou um olhar de desgosto.― O que me impediria? De qualquer jeito, vou largar o emprego assim que Dee for embora. Você nem sabe onde fica minha casa. Não tenho medo de sua mesquinha vingança! ―Charlene rangeu os dentes esperando a ira diminuir. Então lançou um olhar cheio de adagas na direção de Deirdre.
Depois de alguns minutos encarando a casa vazia, Engel saiu da cozinha e, passaria direto por Brendan, se ele não tivesse perguntado:― Onde está Deirdre? ―O olhar que a governanta deu ao magnata, indicava que o homem tinha chegado ao ponto mais baixo. Se ele não fosse seu patrão, ela o teria ignorado como, se ele não existisse.― Ela está no quarto dela. ―― Certo. ―Ele parecia tão evasivo e indiferente que irritou a mulher grisalha o suficiente para que perdesse o controle sobre a própria língua:― Senhor Brigthall, Charlene McKinney chegou e me disse para preparar um quarto de hóspedes para ela. Ela disse que vai ficar aqui alguns dias! ―― Ela já está aqui? ― Brendan comentou categoricamente. Não havia sinal de alegria ou desgosto em seu rosto. Na verdade, parecia que ele esperava que isso acontecesse. ― A lesão dela ainda não sarou e geralmente não estou em casa. Você deveria prestar atenção nisso quando puder. ―Engel ficou horrorizada.― E você não acha que isso é inj
Deirdre saiu do quarto, fazendo os olhos de Engel brilharem enquanto dizia. ― Querida, que bom que você está melhor! ―Brendan imediatamente puxou o braço de Charlene e a mulher olhou com raiva. Ela finalmente teve uma chance de ficar sozinha com Brendan, mas então a vadia cega apareceu para estragar tudo.Não que ela pudesse revidar. Deirdre estava grávida de um filho de Brendan. Era normal que o homem não estivesse inclinado a mostrar qualquer sinal de intimidade com ela enquanto a mulher que ele engravidou estava ali.Assim, Charlene voltou ao seu fingimento bem praticado.― Você não estava se sentindo mal, Deirdre? Por que você está se esforçando tanto? ―Deirdre desceu as escadas com a ajuda de Engel e um sorriso no rosto.― Eu fiquei com fome, assim como você. Afinal, estou grávida ― respondeu. ― Além disso, esta é nossa primeira refeição juntas, desde que você veio se hospedar em minha casa. Seria impróprio não participar. ―O sorriso magnânimo e o queixo erguido de Dei
Nuvens de tempestade se agruparam em torno do rosto de Brendan, quase instantaneamente. Então cravou os olhos no rosto de Deirdre, rosnando:― Por quanto tempo você vai agir como uma criança mimada!? ―A comoção convocou a Engel para fora da cozinha. Ao ver peças de cerâmica no centro de uma poça de sopa de abóbora, a governanta tratou logo de desescalar a situação.― Senhor Brighthall, por favor, me ouça! Dee nunca gostou de sopas de abóbora! Eu posso garantir isso! É por isso que fiz outra coisa para ela. Ela não está tentando dificultar as coisas para você, eu prometo! ―O rosto de Deirdre estava pálido e inflexível.― Você não precisa explicar nada para esse cabeça dura, Anna. Parece que, para ele, eu sempre estou errada! ― Ela ficou emburrada.Brendan fez uma careta. Sua paciência estava se esgotando.― É você quem está agindo como uma idiota petulante, desde que saiu do centro de detenção! ― ele trovejou. ― Se você não gosta de alguma coisa, haja como uma pessoa adulta! Ni