Naquela noite, em um bar, Brendan tentava clarear os pensamentos, apoiado no balcão. ‘Ela simplesmente não desiste de sua natureza sinistra e maliciosa. Eu também estava errado por realmente acreditar nela e questionar Charlene.’ O empresário bebia copo após copo de uísque, com uma expressão fria, até que uma bela mulher se aproximou, com um olhar sedutor:― Você está aqui sozinho, bonitão? ― ― Me deixe só. ― Brendan respondeu, sem nem se dar ao trabalho de olhar para a mulher. Era inevitável que ela ficasse furiosa:― Você acha que é melhor que todo mundo, só porque é bonito... ― E saiu furiosa.Sawyer deu um passo à frente quando, checou e percebeu que era a hora:― Senhor Brighthall, vamos embora? ― ― Ir embora? Para onde? ― Brendan apontou para o assento ao lado dele. ― Venha. Sente-se e beba comigo. ― Sawyer tinha percebido que Brendan estava de péssimo humor, porque bebia constantemente, por isso, sabendo que se meteria em problemas, recusou a oferta do chefe.
Sentindo a raiva surgindo em sua cabeça, Brendan disse, enquanto olhava para Deirdre com olhos frios:― Você só age quando alguém te pede? Não esqueça que você ainda precisa de algo de mim, então deve considerar que me agradar é sua maior prioridade! ― Deirdre ficou atordoada com a raiva inesperada e sem sentido, mas tentou jogar junto:― Então, o que você gostaria que eu fizesse? ― ― O que foi que eu disse? Você vai esperar eu pedir? Vai ficar me perguntando o que deve fazer? O que você fazia antes, quando eu estava bêbado? ― Com essa deixa, Deirdre entendeu a situação. Respirou fundo e estendeu a mão, colocando a ponta do dedo nos lábios finos de Brendan. A ponta do dedo dela deslizou pelo queixo esculpido até o pescoço até que ela removesse a gravata. A respiração de Brendan parecia substancialmente mais suave quando Deirdre desabotoou sua camisa. Então, ela deu um passo à frente, colocou os dedos nas têmporas dele e massageou suavemente para aliviar a dor de cabeça ca
―Eu... eu não tenho mais nada a dizer sobre esse assunto. ― O canto dos lábios de Deirdre se contraiu para baixo e ela sentiu amargura em seu peito. ― Você não tem mais nada a dizer ou é incapaz de manter sua mentira humilde porque foi pega? ― Brendan perguntou, com seu rosto tão perto do da jovem que ela sentia o hálito alcoólico e quente sobre ela. ― Fale! Quem te disse que Ophelia morreu, no outro dia? ― ‘Como não tinha sido Charlene, deve ter sido outra pessoa. Por outro lado, essa pessoa continua encontrando maneiras de contornar os dispositivos de vigilância apenas para encontrar Deirdre e fazê-la vacilar...' Uma ideia ocorreu a Brendan inesperadamente. Ele olhou para Deirdre com seu olhar gelado, levantou-se e agarrou seu ombro:― Foi Sterling, certo? Ele voltou para a cidade para causar problemas, não é isso? ― ― Do que você está falando? ― O rosto de Deirdre estava franzido, em agonia. ― Como isso poderia estar relacionado com Sterling? ― ― Se não foi ele, por que v
Seus olhos desfocados se arregalaram de surpresa e alegria. ‘A polícia está realmente na porta, mencionando o nome da minha mãe. Isso poderia ter sido arranjado por Brendan? Ele está me levando para encontrar ela?’ O sorriso de Deirdre se alargou, sem que ela percebesse, e ela deu um passo à frente:― Você é da polícia? Minha mãe está aqui? Onde ela está? ― ― Senhora Deirdre! ― A expressão de Sam mudou drasticamente e sua mão, que segurava o ombro de Deirdre, tremeu uma vez, sem que ele percebesse. Então, o segurança puxou a jovem para trás, com força, dizendo: ― Você deveria entrar! ― O sorriso de Deirdre estava meio congelado em seu rosto e, teimosamente, ela se recusou a sair.― O que está acontecendo? Sam, não é fácil para mim obter informações relacionadas à minha mãe. Isto é uma coisa boa. Por que você está me pedindo para sair? ― Sam não sabia explicar o motivo, mas sentia que algo muito ruim estava para acontecer. Especialmente porque o assunto envolvia Ophelia. D
Sam pegou a carta do chão, e a visão do nome do autor assinado no final o fez parar de respirar. A carta parecia ser antiga e não era falsa. Realmente era uma carta deixada por Ophelia. O segurança olhou para Deirdre, que estava parada na frente dele. A mulher parou de se mover, assim que o policial saiu e agora estava pendurada no portão como antes, mas, sem mexer um músculo. A jaqueta havia caído no chão durante o ataque de histeria e as costas da jovem exibiam o contorno de toda a espinha dorsal. A visão dela fez com que a pena enchesse seu coração. ― Deirdre? ― Sam sentiu-se profundamente desconfortável e falou de uma maneira exploratória, deixando de lado qualquer formalidade. Deirdre deslizou pelo portão abruptamente, seus olhos desfocados injetados. Ela balançou a cabeça desesperadamente e gritou, como se acordasse de um desmaio:― É falso ... deve ser falso! Minha mãe ainda está viva e bem. Eu ouvi o áudio dela dizendo que sentia minha falta. Como alguém como ela poder
As sobrancelhas de Brendan estavam fortemente franzidas. Ele estava prestes a falar quando Deirdre disse:― Mas, eu sei que ele era apenas um policial falso. Além do fato de que ele de repente encontrou a localização da mansão, sem motivo aparente, ele falou quase as mesmas coisas que aquela pessoa do outro dia. ― O quê? ― Brendan parecia alarmado. ― O que ele disse? ― ― Ele alegou que minha mãe Ophelia morreu, há um ano, depois de pular de um prédio. ― O corpo inteiro de Brendan ficou tenso, assim que ele ouviu o comentário. ― Essas pessoas estão falando besteiras! ― ― Sim, eu sei ― disse Deirdre. ― Eu acredito que você não mentiria para mim. ― Brendan ficou em silêncio, mais uma vez. Depois de um longo tempo, ele perguntou:― E o que é essa carta na mesa? ― Ele tinha subido com tanta pressa que Sam não conseguiu informá-lo sobre todos os detalhes. Deirdre ficou atordoada por um momento antes de responder:― É apenas uma carta. Não é nada importante. ― A ca
A carta estava cheia de desejos e esperanças para Deirdre, e apenas algumas linhas descreviam a situação da própria mãe. Ela claramente acreditava que aquela era apenas mais uma das muitas cartas que escreveria para a filha no futuro. Ela pensou que poderia escrever novamente. Ophelia não sabia que escrevia a última carta de sua vida. O peito de Brendan se apertou. Ele havia acabado de destruir uma das coisas mais valiosas do mundo... com suas próprias mãos e, se Deirdre soubesse, ficaria louca, com razão. Por isso, imediatamente, chamou alguém para restaurar a carta. Deirdre voltou para seu quarto logo depois que ele saiu. Ela instintivamente ficou de quatro, suas mãos passando pelo chão para sentir os pedaços. Para sua decepção, ela não conseguiu encontrar nem um único papel, embora tivesse certeza de que Brendan a havia espalhado como confete. ― Senhora Deirdre, o que você está procurando? ― Sam perguntou. ― Você pode me ajudar a olhar, por favor? ― Deirdre respond
― Estou acatando a sugestão do doutor Ginger — Deirdre respondeu categoricamente, mas deixou o casaco cair sobre os ombros. ― Ele disse que um estilo de vida fechado também não ajudaria na minha recuperação, então me orientou a sair e mergulhar um pouco nos elementos. ― ― Eu não acho que sua desculpa justifique não estar vestida adequadamente para enfrentar o frio, não é? Como você vai ver Ophelia se pegar um resfriado? ― Houve um plop quando a tesoura de jardinagem caiu no chão. Deirdre olhou para Brendan incrédula, sua ferramenta esquecida e seus olhos sem vida tremendo nas órbitas.― O que você disse? ― A voz estava tremendo. ― Eu disse... ― Brendan repetiu com enunciação enfática. ― Que Ophelia está pronta para voltar. Ela estará conosco em dez dias. ― Isso significava mais do que o mundo para ela. Seus olhos ficaram vermelhos instantaneamente e a jovem se agarrou ao colarinho de Brendan, apesar de ter reprimido a maior parte de sua excitação violenta, e balbuciou:― N