Charlene supunha que sua mentira bem coordenada seria perfeita. A expressão de Brendan ficou fria e seus olhos escuros estavam ondulando com maldade, enquanto ele olhava atentamente para o criado que falava. ― Então, você a deixou se punir ficando do lado de fora, só porque ela disse isso? Você não sente nenhuma simpatia. Se ela lhe dissesse que queria cometer suicídio, você daria uma faca a ela também? ― O rosto do homem pequeno ficou horrivelmente pálido, em um instante e ele se defendeu apressadamente, dizendo:― Não... eu não daria... Senhor Brighthall. Aconselhamos a Senhora McQuenny a não fazer isso, mas ela insistiu em... ― A cada palavra do criado, o rosto de Charlene ficava mais pálido. Ela não esperava que Brendan ficasse tão preocupado com Deirdre a ponto de dar um sermão em seu criado. ― Brendan, a culpa é minha. Eu estava muito cansada, então subi para descansar depois de conversar um pouco com Deirdre e é por isso que não percebi que ela se punia ficando do la
Charlene sorriu amargamente, enquanto o criado exclamava:― Senhorita McKinney, seu corpo está tão fraco e você não comeu nada durante toda a noite. Como você poderia estar ao lado da Senhora McQuenny o tempo todo? Senhor Brighthall, este assunto não tem nada a ver com a Senhorita McKinney. Se você deseja colocar a culpa em alguém por não ter impedido a Senhora McQuenny, culpe a mim! ― Charlene e Greenlee concordaram, em perfeita harmonia, fazendo um ato perfeito e, no final, Brendan cedeu e reprimiu sua raiva. No entanto, ele parecia extremamente rígido quando disse:― Está muito frio. Você deveria voltar para casa, Charlene. Passarei amanhã para ver você. ― ― Está bem. ― Brendan sentia que sua cabeça explodiria de enxaqueca quando entrou no carro. Sua mente estava uma bagunça, depois de ficar no vento frio por alguns minutos. Ele não suportava o frio, então não conseguia imaginar como uma mulher que acabara de se recuperar de uma doença grave como Deirdre poderia ficar no f
― Informações sobre o mendigo? Sim! ― Deirdre ficou animada. ― Eu descobri que ele morreu. ― Deirdre estava incrédula:― Ele está morto? Como ele morreu, do nada? ― Os olhos de Sam ficaram sombrios:― Não tenho muita certeza, mas ouvi dizer que ele morreu de intoxicação alimentar. No entanto, acredito que o assunto certamente não é tão simples quanto parece. Acredito que a senhorita McKinney tentou destruir todas as evidências na tentativa de esconder seus rastros após a execução de seu plano. ― Ao ouvir isso, Deirdre estremeceu. Apesar de não sentir frio, um arrepio percorreu a espinha. ‘Como Charlene pode ser tão sinistra? Ela tirou a vida de um homem! Por outro lado, Brendan é tão ridículo. Como ele se sentirá quando descobrir um dia que a mulher em quem confia e ama é, na verdade, um demônio?' Ela deu uma risada triste e disse a Sam:― Então, mas e aquele ditado? Os mortos não contam histórias? ― ― Eu também pensei assim inicialmente. ― Sam sorriu. ― Por isso,
Brendan sentiu sua raiva crescer porque ao ouvir sua voz, o sorriso nos lábios de Deirdre também desapareceu. A expressão de Sam era rígida. Ele cumprimentou seu empregador, antes de sair respeitosamente. Brendan fechou a porta e se aproximou de Deirdre, passo a passo, antes de agarrar seu pequeno queixo de maneira bruta. A mulher não conseguia esconder seu pânico. E era justamente essa expressão amedrontada que magoava Brendan. Então, o homem falou, em tom solene:― Sorria. ― ― O quê? ― Deirdre estava confusa. Brendan exerceu mais força em sua mão e disse:― Você não entende? Eu estou pedindo para você sorrir. ― ― Por quê? ― ― Você sorri alegremente na presença de Sam, mas faz cara feia quando estou por perto, como se estivesse de luto pela morte de um membro da família. ― Deirdre sentiu o coração disparar pela frieza que emanava do corpo do homem. Ela agarrou o cobertor e forçou um sorriso, mas foi pega desprevenida, quando Brendan a jogou longe. ― Que sorriso
Brendan deixou o escritório, mas suas sobrancelhas franzidas ainda não tinham relaxado. Ele estava preocupado que Deirdre tivesse ficado infértil após o aborto de seu primeiro filho. Quanto à razão pela qual ele estava preocupado, a única coisa em que ele podia pensar, era que ele precisava de uma criança.‘Deirdre é a candidata mais adequada para me fornecer um filho.’ O homem pensava, mesmo sem saber defender o argumento.Ele chegou ao quarto de Deirdre e encontrou Sam guardando a porta, do lado de fora. Ao pensar em como Deirdre ainda poderia estar sentada no vaso sanitário e não estar devidamente vestida, seu olhar ficou mais frio, quando ele olhou para Sam:― Você não entrou no quarto, entrou? ―Sam manteve a cabeça abaixada:― Não. ―Brendan se sentiu aliviado e avisou Sam, com uma voz fria, antes de entrar:― Eu já disse, não tenha ideias extravagantes e lembre-se do seu lugar. Não se esqueça do que você me prometeu. ―Depois de entrar no quarto, ele encontrou Deirdre tr
Sam respondeu:― Não tenho muita certeza. ― Ele estava realmente inseguro, sem saber o que deveria contar, enquanto guardava a porta, sem entrar no quarto, nem por um momento. ― Por um tempo, o Senhor Brighthall conversou com o médico responsável por sua saúde e depois saiu. Por quê? ― Deirdre respondeu, com um sorriso amargo:― Não sei. E faz quase uma semana, desde a última vez que ele veio aqui. ― Na verdade, até receber as informações que traziam à tona a verdade sobre a morte de Bliss, Deirdre não tinha se importado muito com a ausência prolongada de Brendan, entretanto, com tudo o que sabia agora e a vontade de entregar todas as evidências a Brendan, a jovem sentia que não podia esperar mais. Sam franziu as sobrancelhas, incapaz de entender a situação também. No entanto, ele tentou acalmar a jovem dizendo:― Não se preocupe. É possível que a empresa o esteja mantendo ocupado. Deirdre não acreditou, pois sabia que Brendan tinha encontrado tempo para visitar Cha
Quando Brendan finalmente terminou de violentá-la, Deirdre esperou que ele adormecesse, antes de sair da cama, com a mão na cintura. Ele a havia privado de pílulas anticoncepcionais, então a única maneira que restava para tentar evitar uma gravidez indesejada era se lavar depois da relação, mas, Brendan, de repente, abriu os olhos negros e frios e ficou encarando, por alguns instantes, as costas da jovem que se afastava, até perguntar, com a voz rouca e fria: ― Onde você pensa que vai? ― Deirdre mordeu o lábio:― Me lavar. ― Brendan sorriu:― Sério? Se lavar? Ou fugir para comprar pílulas anticoncepcionais, na farmácia? ― Deirdre havia planejado fazer isso, no dia seguinte, e por isso, congelou no tapete quando foi chamada. Antes que ela pudesse responder, Brendan a puxou pelo braço e a prendeu contra a cama, mais uma vez. Seus olhos consumiam tudo, como um buraco negro, e seu sorriso torto distorcia completamente suas feições:― Não se preocupe. De qualquer maneira, vo
― Me salvou? ― O olhar de Brendan era sombrio. As palavras assumiram um tom absurdo, no momento em que as ouviu escapar dos lábios de Deirdre. ―Você disse que me salvou? Quando, posso perguntar? ― Deirdre apertou os lábios, em desespero e o homem riu.― Você não é capaz nem de se salvar! ― ele zombou. ― Pelo amor de Deus, nunca mais diga algo tão ridículo. As pessoas ao seu redor vão se sentir envergonhadas por você! ― O homem soltou o aperto no queixo de Deirdre. Agora que sua frustração embriagada havia encontrado um escape, não havia razão para ele ficar. A jovem baixou as pálpebras trêmulas. Na escuridão, ela sonhou com um rosto embaçado. Uma criança. Ela esperava que, se a reencarnação fosse verdadeira, o mesmo bebê se tornasse seu filho novamente, para que assim, Deirdre pagasse a dívida que devia à criança. Mas agora, ela se perguntava se era apenas um sonho, afinal e, como pensamentos tristes na cabeça, dormiu. Na manhã seguinte, Sam foi visitá-la. Ele notou a bagun