Sam respondeu:― Não tenho muita certeza. ― Ele estava realmente inseguro, sem saber o que deveria contar, enquanto guardava a porta, sem entrar no quarto, nem por um momento. ― Por um tempo, o Senhor Brighthall conversou com o médico responsável por sua saúde e depois saiu. Por quê? ― Deirdre respondeu, com um sorriso amargo:― Não sei. E faz quase uma semana, desde a última vez que ele veio aqui. ― Na verdade, até receber as informações que traziam à tona a verdade sobre a morte de Bliss, Deirdre não tinha se importado muito com a ausência prolongada de Brendan, entretanto, com tudo o que sabia agora e a vontade de entregar todas as evidências a Brendan, a jovem sentia que não podia esperar mais. Sam franziu as sobrancelhas, incapaz de entender a situação também. No entanto, ele tentou acalmar a jovem dizendo:― Não se preocupe. É possível que a empresa o esteja mantendo ocupado. Deirdre não acreditou, pois sabia que Brendan tinha encontrado tempo para visitar Cha
Quando Brendan finalmente terminou de violentá-la, Deirdre esperou que ele adormecesse, antes de sair da cama, com a mão na cintura. Ele a havia privado de pílulas anticoncepcionais, então a única maneira que restava para tentar evitar uma gravidez indesejada era se lavar depois da relação, mas, Brendan, de repente, abriu os olhos negros e frios e ficou encarando, por alguns instantes, as costas da jovem que se afastava, até perguntar, com a voz rouca e fria: ― Onde você pensa que vai? ― Deirdre mordeu o lábio:― Me lavar. ― Brendan sorriu:― Sério? Se lavar? Ou fugir para comprar pílulas anticoncepcionais, na farmácia? ― Deirdre havia planejado fazer isso, no dia seguinte, e por isso, congelou no tapete quando foi chamada. Antes que ela pudesse responder, Brendan a puxou pelo braço e a prendeu contra a cama, mais uma vez. Seus olhos consumiam tudo, como um buraco negro, e seu sorriso torto distorcia completamente suas feições:― Não se preocupe. De qualquer maneira, vo
― Me salvou? ― O olhar de Brendan era sombrio. As palavras assumiram um tom absurdo, no momento em que as ouviu escapar dos lábios de Deirdre. ―Você disse que me salvou? Quando, posso perguntar? ― Deirdre apertou os lábios, em desespero e o homem riu.― Você não é capaz nem de se salvar! ― ele zombou. ― Pelo amor de Deus, nunca mais diga algo tão ridículo. As pessoas ao seu redor vão se sentir envergonhadas por você! ― O homem soltou o aperto no queixo de Deirdre. Agora que sua frustração embriagada havia encontrado um escape, não havia razão para ele ficar. A jovem baixou as pálpebras trêmulas. Na escuridão, ela sonhou com um rosto embaçado. Uma criança. Ela esperava que, se a reencarnação fosse verdadeira, o mesmo bebê se tornasse seu filho novamente, para que assim, Deirdre pagasse a dívida que devia à criança. Mas agora, ela se perguntava se era apenas um sonho, afinal e, como pensamentos tristes na cabeça, dormiu. Na manhã seguinte, Sam foi visitá-la. Ele notou a bagun
Deirdre estava atordoada. ‘O casalzinho vai visitar a Madame Brighthall, na velha mansão? Bem. O relacionamento deles progride muito bem, não é? É por isso que Brendan não consegue perceber o quanto perversa Charlene é realmente.’ Pensar nessas coisas, fez Deirdre rir de forma autodepreciativa.― Vamos voltar para a mansão. ― A jovem não precisava de um confronto direto que Charlene e, ao mesmo tempo, duvidava que o empresário deixaria de ir à mansão naquela noite. Por isso, não precisava entregar o documento de imediato. Sam atendeu a ordem e virou uma rua à direita, pegando o caminho mais curto. Assim que chegaram, a jovem se sentou no sofá da sala. A longa espera começou e o tédio da espera podia ser entorpecente. Sam sabia, então ligou a TV. A primeira coisa que apareceu na tela foram imagens de Brendan e Charlene comprando guloseimas. Então vieram as especulações dos falantes da mídia e fofoqueiros de celebridades. ― O arrojado e jovem CEO do Grupo Brighthall mantém um re
Brendan estreitou os olhos, assim que seu olhar cruzou com a mulher perto do sofá. Ele não havia notado isso quando ela estava em seus braços, mas agora, era impossível não perceber, Deirdre tinha se tornado apenas pele e osso. Ele podia ver suas clavículas subindo e descendo, apenas com seu esforço para respirar e isso o irritou, por algum motivo. ― Apenas ignore. Para todos os efeitos, ela é invisível ― Brendan zombou, com insensibilidade característica e desdém sem reservas. Ele se inclinou para perto de Charlene, com os lábios a centímetros de suas orelhas, e acrescentou: ― Venha para o meu quarto. Nosso relacionamento será oficial, depois desta noite... ― Ele não disse isso em voz alta, mas foi o suficiente para que as palavras repercutissem por toda a sala. Deirdre sentiu uma pontada no peito, mas não era nada comparado ao frio cortante em seu coração. Ela não estava surpresa, no entanto. Na verdade, ela queria rir. Apenas alguns dias atrás, Brendan havia exigido que
Deirdre sabia exatamente o que Brendan queria dizer com encher o saco e isso significava colocar qualquer argumento que o fizesse duvidar de Charlene. Sem esperar por qualquer reação da jovem, Brendan girou nos calcanhares e subiu as escadas. Percebendo que perderia a oportunidade, Deirdre cerrou os dentes e finalmente retrucou:― Então, você não está interessado na verdade por trás da morte de Bliss! Você não dá a mínima, mesmo sabendo que o que estou prestes a dizer diz respeito a Charlene! É isso?!― Assim como ela esperava, o maldito parou, à primeira menção ao nome de sua intocável Charlene. Deirdre estava perto de rir alto. Seu algoz era muito previsível. As sobrancelhas de Brendan estavam franzidas e havia uma expressão de despeito em seu rosto, quando cuspiu uma resposta, com desdém:― O que você acabou de dizer? ― Deirdre enunciou cada palavra, vagarosamente e com nitidez:― O sem-teto que matou Bliss foi pago pela mulher que está ao seu lado! ― Charlene olhou
Mesmo sem saber os conteúdos dos documentos, Charlene dirigiu seu ataque de volta para Deirdre, com uma voz tensa com lágrimas:― O que diabos eu fiz com você?! Por que você está fazendo isto comigo?! Se é porque você ama Bren, se é porque você quer arrebatá-lo de mim, então pelo menos lute comigo de forma justa em vez de empregar todos esses esquemas nojentos para me perseguir! ― No passado, esse costumava ser o tipo de gatilho que levava a raiva de Brendan ao ponto de ebulição. Ele teria chutado Deirdre imediatamente para fora da porta. E, no entanto, o homem simplesmente ficou a um passo de distância dela, nivelando os olhos com os dela e sem dizer uma palavra. Havia sinais de conflito em seus olhos. Brendan estava na dúvida. Charlene fez uma careta. O pânico corroendo dentro de sua mente cresceu fazendo seu queixo tremer de medo:―O-O que há de errado, Bren? ― Ele entregou o documento para Charlene.― Veja por si mesma. ― A impostora quase arrancou os papéis de sua
― Tudo isso são desculpas! Independentemente de quão mal Deirdre me tratava, não havia razão para você machucá-la! ― Os olhos de Charlene ficaram mais vermelhos quando ela acrescentou: ― É problema meu se ela me tratou mal. E um dia ela entenderia que não tive más intenções com ela. Agora que você fez isso com ela, como devo permanecer firme diante dela? ― ― Sinto muito, senhorita McKinney! ― Greenlee se desculpou, com veemência. ― Eu prometo que não vou fazer isso de novo. Eu não vou fazer isso de novo, eu prometo! ― ― É inútil você me dizer isso agora. O mal que você fez a mim e à Deirdre já está feito! Estou tão desapontada com você... ― Charlene aparentava estar com o coração partido. Com algumas palavras, ela tinha conseguido se tornar vítima de uma situação completamente desfavorável. Depois disso, se virou para Brendan e se engasgou. ― Sinto muito, Bren, a culpa é minha. Eu não sabia que ele realmente tinha feito esse tipo de coisa. Sinto muito pelo que causei à Deirdre. Po