Deirdre estava atordoada. ‘O casalzinho vai visitar a Madame Brighthall, na velha mansão? Bem. O relacionamento deles progride muito bem, não é? É por isso que Brendan não consegue perceber o quanto perversa Charlene é realmente.’ Pensar nessas coisas, fez Deirdre rir de forma autodepreciativa.― Vamos voltar para a mansão. ― A jovem não precisava de um confronto direto que Charlene e, ao mesmo tempo, duvidava que o empresário deixaria de ir à mansão naquela noite. Por isso, não precisava entregar o documento de imediato. Sam atendeu a ordem e virou uma rua à direita, pegando o caminho mais curto. Assim que chegaram, a jovem se sentou no sofá da sala. A longa espera começou e o tédio da espera podia ser entorpecente. Sam sabia, então ligou a TV. A primeira coisa que apareceu na tela foram imagens de Brendan e Charlene comprando guloseimas. Então vieram as especulações dos falantes da mídia e fofoqueiros de celebridades. ― O arrojado e jovem CEO do Grupo Brighthall mantém um re
Brendan estreitou os olhos, assim que seu olhar cruzou com a mulher perto do sofá. Ele não havia notado isso quando ela estava em seus braços, mas agora, era impossível não perceber, Deirdre tinha se tornado apenas pele e osso. Ele podia ver suas clavículas subindo e descendo, apenas com seu esforço para respirar e isso o irritou, por algum motivo. ― Apenas ignore. Para todos os efeitos, ela é invisível ― Brendan zombou, com insensibilidade característica e desdém sem reservas. Ele se inclinou para perto de Charlene, com os lábios a centímetros de suas orelhas, e acrescentou: ― Venha para o meu quarto. Nosso relacionamento será oficial, depois desta noite... ― Ele não disse isso em voz alta, mas foi o suficiente para que as palavras repercutissem por toda a sala. Deirdre sentiu uma pontada no peito, mas não era nada comparado ao frio cortante em seu coração. Ela não estava surpresa, no entanto. Na verdade, ela queria rir. Apenas alguns dias atrás, Brendan havia exigido que
Deirdre sabia exatamente o que Brendan queria dizer com encher o saco e isso significava colocar qualquer argumento que o fizesse duvidar de Charlene. Sem esperar por qualquer reação da jovem, Brendan girou nos calcanhares e subiu as escadas. Percebendo que perderia a oportunidade, Deirdre cerrou os dentes e finalmente retrucou:― Então, você não está interessado na verdade por trás da morte de Bliss! Você não dá a mínima, mesmo sabendo que o que estou prestes a dizer diz respeito a Charlene! É isso?!― Assim como ela esperava, o maldito parou, à primeira menção ao nome de sua intocável Charlene. Deirdre estava perto de rir alto. Seu algoz era muito previsível. As sobrancelhas de Brendan estavam franzidas e havia uma expressão de despeito em seu rosto, quando cuspiu uma resposta, com desdém:― O que você acabou de dizer? ― Deirdre enunciou cada palavra, vagarosamente e com nitidez:― O sem-teto que matou Bliss foi pago pela mulher que está ao seu lado! ― Charlene olhou
Mesmo sem saber os conteúdos dos documentos, Charlene dirigiu seu ataque de volta para Deirdre, com uma voz tensa com lágrimas:― O que diabos eu fiz com você?! Por que você está fazendo isto comigo?! Se é porque você ama Bren, se é porque você quer arrebatá-lo de mim, então pelo menos lute comigo de forma justa em vez de empregar todos esses esquemas nojentos para me perseguir! ― No passado, esse costumava ser o tipo de gatilho que levava a raiva de Brendan ao ponto de ebulição. Ele teria chutado Deirdre imediatamente para fora da porta. E, no entanto, o homem simplesmente ficou a um passo de distância dela, nivelando os olhos com os dela e sem dizer uma palavra. Havia sinais de conflito em seus olhos. Brendan estava na dúvida. Charlene fez uma careta. O pânico corroendo dentro de sua mente cresceu fazendo seu queixo tremer de medo:―O-O que há de errado, Bren? ― Ele entregou o documento para Charlene.― Veja por si mesma. ― A impostora quase arrancou os papéis de sua
― Tudo isso são desculpas! Independentemente de quão mal Deirdre me tratava, não havia razão para você machucá-la! ― Os olhos de Charlene ficaram mais vermelhos quando ela acrescentou: ― É problema meu se ela me tratou mal. E um dia ela entenderia que não tive más intenções com ela. Agora que você fez isso com ela, como devo permanecer firme diante dela? ― ― Sinto muito, senhorita McKinney! ― Greenlee se desculpou, com veemência. ― Eu prometo que não vou fazer isso de novo. Eu não vou fazer isso de novo, eu prometo! ― ― É inútil você me dizer isso agora. O mal que você fez a mim e à Deirdre já está feito! Estou tão desapontada com você... ― Charlene aparentava estar com o coração partido. Com algumas palavras, ela tinha conseguido se tornar vítima de uma situação completamente desfavorável. Depois disso, se virou para Brendan e se engasgou. ― Sinto muito, Bren, a culpa é minha. Eu não sabia que ele realmente tinha feito esse tipo de coisa. Sinto muito pelo que causei à Deirdre. Po
Apesar de ter escapado, Charlene não esperava mais que a noite de amor com Brendan se concretizasse, então, mordeu o lábio e saiu. No entanto, seus olhos estavam cheios de ódio intenso. ‘Porra Deirdre! Não apenas me fez perder uma noite intensa, como também quase fez Brendan duvidar de mim.’ Charlene estava determinada a não perdoar a inimiga. Depois que Charlene saiu, a enorme sala instantaneamente pareceu vazia. Brendan se afastou e, quando desceu os dois degraus, Deirdre cerrou os dentes e disse:— Você sabia. Você sabia que Charlene estava ligada à morte de Bliss. — Brendan parou de se mexer. Seu rosto frígido estava cheio de sentimentos complicados e suas sobrancelhas estavam franzidas. Ele se virou e fixou os olhos em Deirdre:― O que você quer dizer? ― ― É simples. ― Deirdre cerrou os dentes. ― Você está protegendo Charlene só porque a ama? Só porque ela é a única em seu coração, você pode fechar os olhos mesmo que outros estejam feridos?! ― Brendan permaneceu em
Brendan discou o número do telefone e, quando a ligação foi completada, passou o aparelho para Deirdre. O médico parecia muito seguro quando disse:― Senhora McQuenny, entendo que você esteja ansiosa para ver sua mãe. No entanto, como o problema cardíaco dela está em um momento crítico, não é aconselhável que ela a veja. Se encontrar você afetar as emoções dela, nosso trabalho duro durante todo esse tempo terá sido em vão. ― ― E-Então... ― Deirdre perguntou, enquanto mordia o lábio: ― Quando poderei ver minha mãe? ― ― Não vai demorar muito. Desde que a situação dela melhore, provavelmente dentro de alguns meses será muito bom que vocês se reencontrem. ― ― Tudo bem. ― Depois de encerrar a ligação, Deirdre ainda estava atordoada. Ela teria que esperar vários meses. Quando cada momento de sua vida era como um ano, conseguiria realmente sobreviver por alguns meses? Olhando para a expressão perplexa de Deirdre, Brendan não pôde deixar de levantar a mão, querendo acariciar o
Deirdre ficou comovida com as palavras de Sam e, tentando conter as lágrimas, abaixou a cabeça para controlar as emoções. ― De qualquer forma, isso não é mais importante. Fui eu que delirei o suficiente para pensar que Brendan não favoreceria ninguém em detrimento da verdade. ― Agora que Deirdre havia dito isso, ela achou a ideia estúpida e ridícula. Os humanos eram geralmente sentimentais. Além do mais, Charlene era a mulher que Brendan amou por toda a vida. Portanto, a vida de um cachorro e uma verdade trivial não eram nada comparadas a esse fato. Sam observava Deirdre, com um olhar de preocupação quando ouviram o barulho do motor de um carro se aproximando e desligar, dentro da propriedade. Brendan tinha voltado? ― Que horas são? ― Deirdre perguntou a Sam. ― São três horas da tarde. ― Brendan deveria estar trabalhando, em seu escritório na empresa. Por que ele voltaria no meio da tarde? Antes que qualquer um deles pudesse reagir, Brendan estava na porta. O home