Brendan sentiu sua raiva crescer porque ao ouvir sua voz, o sorriso nos lábios de Deirdre também desapareceu. A expressão de Sam era rígida. Ele cumprimentou seu empregador, antes de sair respeitosamente. Brendan fechou a porta e se aproximou de Deirdre, passo a passo, antes de agarrar seu pequeno queixo de maneira bruta. A mulher não conseguia esconder seu pânico. E era justamente essa expressão amedrontada que magoava Brendan. Então, o homem falou, em tom solene:― Sorria. ― ― O quê? ― Deirdre estava confusa. Brendan exerceu mais força em sua mão e disse:― Você não entende? Eu estou pedindo para você sorrir. ― ― Por quê? ― ― Você sorri alegremente na presença de Sam, mas faz cara feia quando estou por perto, como se estivesse de luto pela morte de um membro da família. ― Deirdre sentiu o coração disparar pela frieza que emanava do corpo do homem. Ela agarrou o cobertor e forçou um sorriso, mas foi pega desprevenida, quando Brendan a jogou longe. ― Que sorriso
Brendan deixou o escritório, mas suas sobrancelhas franzidas ainda não tinham relaxado. Ele estava preocupado que Deirdre tivesse ficado infértil após o aborto de seu primeiro filho. Quanto à razão pela qual ele estava preocupado, a única coisa em que ele podia pensar, era que ele precisava de uma criança.‘Deirdre é a candidata mais adequada para me fornecer um filho.’ O homem pensava, mesmo sem saber defender o argumento.Ele chegou ao quarto de Deirdre e encontrou Sam guardando a porta, do lado de fora. Ao pensar em como Deirdre ainda poderia estar sentada no vaso sanitário e não estar devidamente vestida, seu olhar ficou mais frio, quando ele olhou para Sam:― Você não entrou no quarto, entrou? ―Sam manteve a cabeça abaixada:― Não. ―Brendan se sentiu aliviado e avisou Sam, com uma voz fria, antes de entrar:― Eu já disse, não tenha ideias extravagantes e lembre-se do seu lugar. Não se esqueça do que você me prometeu. ―Depois de entrar no quarto, ele encontrou Deirdre tr
Sam respondeu:― Não tenho muita certeza. ― Ele estava realmente inseguro, sem saber o que deveria contar, enquanto guardava a porta, sem entrar no quarto, nem por um momento. ― Por um tempo, o Senhor Brighthall conversou com o médico responsável por sua saúde e depois saiu. Por quê? ― Deirdre respondeu, com um sorriso amargo:― Não sei. E faz quase uma semana, desde a última vez que ele veio aqui. ― Na verdade, até receber as informações que traziam à tona a verdade sobre a morte de Bliss, Deirdre não tinha se importado muito com a ausência prolongada de Brendan, entretanto, com tudo o que sabia agora e a vontade de entregar todas as evidências a Brendan, a jovem sentia que não podia esperar mais. Sam franziu as sobrancelhas, incapaz de entender a situação também. No entanto, ele tentou acalmar a jovem dizendo:― Não se preocupe. É possível que a empresa o esteja mantendo ocupado. Deirdre não acreditou, pois sabia que Brendan tinha encontrado tempo para visitar Cha
Quando Brendan finalmente terminou de violentá-la, Deirdre esperou que ele adormecesse, antes de sair da cama, com a mão na cintura. Ele a havia privado de pílulas anticoncepcionais, então a única maneira que restava para tentar evitar uma gravidez indesejada era se lavar depois da relação, mas, Brendan, de repente, abriu os olhos negros e frios e ficou encarando, por alguns instantes, as costas da jovem que se afastava, até perguntar, com a voz rouca e fria: ― Onde você pensa que vai? ― Deirdre mordeu o lábio:― Me lavar. ― Brendan sorriu:― Sério? Se lavar? Ou fugir para comprar pílulas anticoncepcionais, na farmácia? ― Deirdre havia planejado fazer isso, no dia seguinte, e por isso, congelou no tapete quando foi chamada. Antes que ela pudesse responder, Brendan a puxou pelo braço e a prendeu contra a cama, mais uma vez. Seus olhos consumiam tudo, como um buraco negro, e seu sorriso torto distorcia completamente suas feições:― Não se preocupe. De qualquer maneira, vo
― Me salvou? ― O olhar de Brendan era sombrio. As palavras assumiram um tom absurdo, no momento em que as ouviu escapar dos lábios de Deirdre. ―Você disse que me salvou? Quando, posso perguntar? ― Deirdre apertou os lábios, em desespero e o homem riu.― Você não é capaz nem de se salvar! ― ele zombou. ― Pelo amor de Deus, nunca mais diga algo tão ridículo. As pessoas ao seu redor vão se sentir envergonhadas por você! ― O homem soltou o aperto no queixo de Deirdre. Agora que sua frustração embriagada havia encontrado um escape, não havia razão para ele ficar. A jovem baixou as pálpebras trêmulas. Na escuridão, ela sonhou com um rosto embaçado. Uma criança. Ela esperava que, se a reencarnação fosse verdadeira, o mesmo bebê se tornasse seu filho novamente, para que assim, Deirdre pagasse a dívida que devia à criança. Mas agora, ela se perguntava se era apenas um sonho, afinal e, como pensamentos tristes na cabeça, dormiu. Na manhã seguinte, Sam foi visitá-la. Ele notou a bagun
Deirdre estava atordoada. ‘O casalzinho vai visitar a Madame Brighthall, na velha mansão? Bem. O relacionamento deles progride muito bem, não é? É por isso que Brendan não consegue perceber o quanto perversa Charlene é realmente.’ Pensar nessas coisas, fez Deirdre rir de forma autodepreciativa.― Vamos voltar para a mansão. ― A jovem não precisava de um confronto direto que Charlene e, ao mesmo tempo, duvidava que o empresário deixaria de ir à mansão naquela noite. Por isso, não precisava entregar o documento de imediato. Sam atendeu a ordem e virou uma rua à direita, pegando o caminho mais curto. Assim que chegaram, a jovem se sentou no sofá da sala. A longa espera começou e o tédio da espera podia ser entorpecente. Sam sabia, então ligou a TV. A primeira coisa que apareceu na tela foram imagens de Brendan e Charlene comprando guloseimas. Então vieram as especulações dos falantes da mídia e fofoqueiros de celebridades. ― O arrojado e jovem CEO do Grupo Brighthall mantém um re
Brendan estreitou os olhos, assim que seu olhar cruzou com a mulher perto do sofá. Ele não havia notado isso quando ela estava em seus braços, mas agora, era impossível não perceber, Deirdre tinha se tornado apenas pele e osso. Ele podia ver suas clavículas subindo e descendo, apenas com seu esforço para respirar e isso o irritou, por algum motivo. ― Apenas ignore. Para todos os efeitos, ela é invisível ― Brendan zombou, com insensibilidade característica e desdém sem reservas. Ele se inclinou para perto de Charlene, com os lábios a centímetros de suas orelhas, e acrescentou: ― Venha para o meu quarto. Nosso relacionamento será oficial, depois desta noite... ― Ele não disse isso em voz alta, mas foi o suficiente para que as palavras repercutissem por toda a sala. Deirdre sentiu uma pontada no peito, mas não era nada comparado ao frio cortante em seu coração. Ela não estava surpresa, no entanto. Na verdade, ela queria rir. Apenas alguns dias atrás, Brendan havia exigido que
Deirdre sabia exatamente o que Brendan queria dizer com encher o saco e isso significava colocar qualquer argumento que o fizesse duvidar de Charlene. Sem esperar por qualquer reação da jovem, Brendan girou nos calcanhares e subiu as escadas. Percebendo que perderia a oportunidade, Deirdre cerrou os dentes e finalmente retrucou:― Então, você não está interessado na verdade por trás da morte de Bliss! Você não dá a mínima, mesmo sabendo que o que estou prestes a dizer diz respeito a Charlene! É isso?!― Assim como ela esperava, o maldito parou, à primeira menção ao nome de sua intocável Charlene. Deirdre estava perto de rir alto. Seu algoz era muito previsível. As sobrancelhas de Brendan estavam franzidas e havia uma expressão de despeito em seu rosto, quando cuspiu uma resposta, com desdém:― O que você acabou de dizer? ― Deirdre enunciou cada palavra, vagarosamente e com nitidez:― O sem-teto que matou Bliss foi pago pela mulher que está ao seu lado! ― Charlene olhou