Emily teria que fazer tudo o que estivesse ao alcance para impedir que Deirdre retornasse. Por isso, discou um número de telefone, com os olhos cheios de malícia, e deu instruções.― Trate deste assunto discretamente, garantindo que ninguém descubra, especialmente Ryker Wight. ―O hipnólogo tinha se tornado um lunático que dedicava todas as energias para provar que Deirdre não havia morrido. Nos últimos quatro anos, ele tinha ficado cada vez mais louco, então não seria surpreendente se a notícia da sobrevivência de Deirdre chegasse até ele.Enquanto Emily ponderava isso em seu coração, ela ouviu um som estridente. Ela rapidamente se virou e viu um menino de 4 anos parado na porta, carregando uma mochila e pisando nos cacos do vaso estilhaçado.Emily deu um suspiro de alívio.― Sean, por que você voltou para casa tão cedo? ―A aparência da criança lembrava uma combinação de Brendan e Deirdre, com sobrancelhas, olhos e nariz semelhantes. Por causa de sua tenra idade, ela parecia um
Enquanto Emily falava, a culpa de Brendan tornou-se ainda mais evidente em seus olhos.― Sinto muito ― disse ele, com o olhar abaixado. ― Por minha causa, não consegui fazer de você uma mãe de verdade. ―― Não diga isso, Brendan. ― A expressão triste de Emily mudou e ela o confortou. ― Eu te amo, e escolher ficar com você é uma decisão que tomei de todo o coração. ―Brendan assentiu.― Estou feliz que você me entenda. Se alguma coisa acontecer com Sean, você sempre pode me avisar. Se ele não ouvir você, farei questão de lidar com isso de maneira adequada. ―― Tudo bem, espero que ela se comporte melhor com você. ― Brendan pousou a mão no ombro de Emily e foi em direção ao escritório.Emily ergueu os olhos e não pôde deixar de falar:― Bren... ―Brendan fez uma pausa.― Aconteceu alguma coisa? ―Emily forçou um sorriso.― Não... Não é nada... ― Ela queria perguntar pois estava genuinamente curiosa. Brendan não tinha ouvido nenhuma notícia sobre Deirdre? Ou será que a hipnos
― Segure Tilly enquanto eu levo essas coisas para a mansão e recolho qualquer coisa que possa ser perigoso para a criança ― disse Sterling, enquanto beliscava de brincadeira a bochecha da menina, logo que saiu do carro.Os olhos da criança brilharam enquanto ela estendia um brinquedo, oferecendo para Sterling. Ele não pôde deixar de rir e aceitar.― Caramba, quanta baba ― ele comentou.Deirdre limpou a baba do queixo da criança.― Pode ir, Sterry. Vou esperar aqui por você. ―― Tudo bem ― respondeu o médico.Carregando a mala, Sterling entrou na casa enquanto Deirdre observava a bela paisagem. Não era muito diferente do ambiente em Germia. Parecia que Tilly se adaptaria bem àquele lugar. Sterling estava sempre atento aos detalhes.Depois de um tempo, Tilly, que se comportava bem em seus braços, tentou descer. Deirdre atravessou a rua para aguardar sentada em um banco de parque próximo, colocou a criança no chão e pediu que não saísse de perto.Tilly assentiu vigorosamente e, as
― Ei, Dee, que susto você me deu! O que está fazendo aí? Saí de casa e não consegui encontrar você e Tilly. Então pensei... ― Sterling se aproximou e viu o garotinho escondido atrás de Deirdre. Ele ficou surpreso e perguntou: ― Quem é esse? ―Deirdre trocou um olhar com Sterling.― A casa está pronta? Leve Tilly para dentro que eu já vou. ―Embora Sterling não tivesse ideia do que acontecia, confiava na companheira, por isso, assentiu e carregou Tilly para dentro da casa, entrando na casa.Seguindo um pouco depois de Sterling, Deirdre observava o rosto da criança, sem conseguir parar de pensar que ela parecia estranhamente familiar, embora não conseguisse identificar o porquê. Entretanto, notou que o olhar do menino carecia da ingenuidade habitual para alguém de sua idade. Em vez disso, ele parecia delicado, como uma marionete frágil. Até então, nem tinha falado nada e nem demonstrado medo por estar entre estranhos. Ele parecia se importar apenas com o cachorrinho em seus braços.
Sterling concordou silenciosamente, pois o sexo do bebê já havia sido determinado e não havia nenhuma chance de que aquilo fosse alterado.― Não sei o que eu estava pensando... No entanto, é uma grande coincidência que você tenha encontrado uma criança tão parecida ― comentou Sterling, lançando um olhar de simpatia para Sean.Deirdre se aproximou de Sean e perguntou:― O que está acontecendo? Já terminou o banho? ―Sean assentiu, com o olhar fixo no cachorrinho, sem piscar. Ele era muito tímido e não queria sair do banheiro, já que Sterling tinha pegado a toalha para secar Deirdre, então se escondeu atrás de uma porta, expondo apenas os olhos.Deirdre compreendeu a situação e achou divertida.― Sterry, dá aqui essa toalha e vai buscar uma camiseta. ―Sterling agiu rapidamente e encontrou uma camisa que não lhe servia mais. No entanto, quando Sean o vestiu, a roupa ainda era grande demais e se arrastava pelo chão, fazendo com que andar se tornasse um desafio. Por isso, Deirdre bu
O tom de Brendan foi mais calmo ao admitir:― Também tenho que assumir a responsabilidade por não administrar seu relacionamento com ele de maneira adequada. ― Então, o magnata instruiu o guarda-costas: ― Continue procurando por Sean. Expanda a área de busca e revise todas as imagens de vigilância. ―O guarda-costas saiu e Emily perguntou:― Brendan, você vai ao baile de caridade que Deirdre irá? ―― Por quê? ― Brendan perguntou.Emily suprimiu a hesitação em seu olhar.― Você é a pessoa mais influente da cidade, pensei que você receberia um convite para o evento. Passou pela minha cabeça que eu poderia comparecer como sua companheira, permitindo-me me conectar com diversas pessoas. ―Brendan permaneceu em silêncio, avaliando a situação, antes de falar:— Se quiser ir, te levarei até lá. Também quero descobrir se Deirdre sabe alguma coisa sobre o paradeiro de Sean. Se ela realmente estiver envolvida em seu desaparecimento, não a deixarei escapar impune. ―-O dia do evento be
Alguém do grupo zombou dela, dizendo:― Como isso é possível? Ouvi dizer que Deirdre é de Germia e nunca esteve no país. Como você poderia tê-la visto antes? ―― Se você não acredita em mim, não posso fazer nada. ― A mulher fez beicinho. — Não consigo me lembrar de quando foi, mas tenho certeza de que já a vi em Neve antes. ―O grupo ignorou o comentário e a mulher mudou o assunto da conversa.Enquanto isso, Deirdre passou por elas e ficou sozinha em um canto, bebendo uma bebida. Ela tinha escutado a conversa e sabia que a mulher realmente poderia tê-la visto em festas quando ela compareceu como esposa de Brendan, anos atrás. Entretanto, mesmo que a mulher a reconhecesse, ela só se lembraria de que o magnata tinha um relacionamento com uma Charlene, não os associando como a mesma pessoa.Deirdre estava na metade da bebida quando uma comoção irrompeu na sala. Então olhou na direção da entrada e viu um casal chegando. Ela cerrou o punho com força e seus olhos se encheram de um ódio
Emily olhou ferozmente para Deirdre, rangendo os dentes, querendo esganar a rival. Deirdre podia ver agora e parecia ainda mais bela e atraente do que antes. Emily não podia negar que entrou em pânico quando viu Deirdre.Então, virou a cabeça para olhar para o homem ao lado dela. Os olhos escuros de Brendan refletiam a imagem de Deirdre e ele não desviava o olhar, como se estivesse absorvido. Inquieta, Emily não resistiu e puxou a manga de Brendan.― O que foi? ― Brendan perguntou, abaixando a cabeça para ouvi-la.Emily forçou um sorriso triste.― Não estou me sentindo bem, Brendan. Você poderia, por favor, conseguir um antiácido para mim com um garçom? ―― Claro. ― Brendan obedeceu, sem hesitação. Ele sempre atendia aos pedidos de Emily sem reclamar.Quando ele voltou, a apresentação de Deirdre havia terminado e os convidados irromperam em aplausos estrondosos. Ele entregou o remédio e a água para Emily. Ela se inclinou para perto de Brendan, mas enquanto enfiava na boca pensava