Brendan estreitou os olhos, ao ouvir a voz de Ryker, mas continuou a fazer sua oferta.― 1 milhão e meio. ―― 1 milhão quinhentos e dez ― rebateu Ryker rapidamente, determinado a superar o lance de Brendan.A multidão não conseguiu esconder seu espanto. Desafiar Brendan não era tarefa fácil, e eles não conseguiam entender por que alguém ousaria fazê-lo, muito menos por um jantar.Como esperado, o olhar de Brendan escureceu, mas ele manteve a compostura, dando lances mais altos, sem demonstrar impaciência.― 2 e setecentos ― anunciou Brendan.Ryker demorou um pouco antes de dizer:― Que seja... 4 e cem! ―O local explodiu em alvoroço, quebrando o silêncio. Sussurros enchiam o ar enquanto os participantes se perguntavam como Deirdre podia ser tão cativante a ponto de dois homens competirem por ela com preços exorbitantes.Entretanto, a expressão de Deirdre permanecia inalterada no palco, por mais que emoções estranhas corressem suas entranhas. Afinal, oferta de Ryker estava dent
Deirdre olhou seu reflexo no espelho quando uma convidada indesejada invadiu o banheiro. Ela manteve um sorriso quase imperceptível e fingiu não notar. Abrindo a bolsa, ela tirou o batom para refrescar a maquiagem.Incapaz de conter a impaciência, Emily olhou para o lindo rosto de Deirdre, mas, em contraste com a serenidade da pianista, os olhos da rival estavam sedentos de sangue.― Estou curiosa para saber quem salvou sua vida ― disse Emily, intrigada com a presença de Deirdre quando ela deveria estar morta. Aceitar essa realidade era um desafio para ela.Emily teimosamente se recusava a aceitar a responsabilidade por ter subestimado a inimiga, permitindo ser enganada, enquanto Deirdre escapava com vida da armadilha mortal.― Você subornou Frances, não foi? Ela não administrou o veneno e ajudou você a escapar da morte. Nunca esperei que uma mulher frágil como você fosse capaz de viver por tanto tempo. ―O tom de voz de Emily, que hora falava com a rival, ora consigo mesma, beira
Quando estava no estacionamento, Deirdre começou a caminhar mais rápido, procurando por seu carro. Ela não tinha mais vontade de permanecer na festa agora que tinha concluído sua tarefa. Afinal de contas, ela tinha pessoas a quem amava esperando em casa.Além disso, ter confrontado Brendan, Emily e Ryker, na mesma noite, a desgastara bastante.Deirdre destrancou o carro com a chave, mas foi pega de surpresa antes que pudesse abrir a porta, quando um par de mãos se estendeu por trás dela. Seus braços foram subitamente agarrados e ela encontrou o rosto frio de Brendan diante de si, enquanto se virava, espantada.Brendan usava um terno de alfaiataria e sua expressão era uma mistura de frieza e intensidade. Ela podia sentir o calor irradiando das palmas das mãos através do tecido. No entanto, Deirdre rapidamente recuperou a compostura. Eles não tinham motivo algum para se comportar como se se conhecessem, por isso, não havia razão para Brendan tocar nela.― Tira essas patas sujas de mi
― Então, você diz que está morta? ― A expressão de Brendan ficou fria enquanto ele falava. ― Se você considerar sua condição atual como de morte, inúmeras pessoas irão admirá-la por sua capacidade de parecer tão viva. Agora me diga, durante todo esse tempo, você não sentiu falta da criança? ―Deirdre finalmente perdeu a calma. Ela desejou poder matar Brendan. Como ele ousava mencionar a criança que roubara dela? Ela nunca chegou a conhecer a filha, pois foi tirada dela logo depois de nascer, depois disso, quase morreu envenenada. O que ela deveria fazer?Ignorando o ódio nos olhos de Deirdre, Brendan franziu a sobrancelha e voltou a falar:― Tudo bem se você me detesta, mas você não deveria ter roubado a criança de mim, não dessa forma. ―― O que você disse? ― Deirdre conseguiu permanecer sensata apesar de sua raiva. ― Roubar a criança? O que você quer dizer com isso? O que aconteceu com ela? Ela não está com você? ―Brendan estreitou os olhos.― Não foi você quem roubou a crianç
― Você não passa de um escroto, sem vergonha! ― Deirdre fervia de raiva, virando a cabeça teimosamente. ― Não vou te levar para o lugar onde moro. Se você quer ir até lá, descubra você mesmo, desça do carro e vá com o seu próprio. ―Deirdre estreitou os olhos e acrescentou:— Mas sugiro que não faça isso porque não moro sozinha. Moro com um homem de temperamento explosivo e que vai me defender a todo custo, então ninguém poderá te proteger se você decidir confrontá-lo. ―Brendan não gostou das afirmações de Deirdre sobre viver com outro homem, mas algo em seu peito fez com que soubesse de quem se tratava.― Você e Sterling estão juntos? ― ele questionou, lançando um olhar cauteloso. Então zombou. ― Não se preocupe. Não estou interessado em espionar você. Simplesmente acredito que o único homem que ainda se importa o suficiente para estar com você deve ser ele e mais ninguém. ―Deirdre falou lentamente.― Há muito tempo que temos sentimentos um pelo outro e ficamos juntos depois
Percebendo que o magnata a ameaçava, dizendo que magoaria a filha deles, Deirdre se encheu de raiva.― Brendan, como você pode ser tão cruel? Você está dizendo que vai me colocar frente a frente com a criança, só para tentar me magoar? Você não sente amor nenhum por sua filha? ―Brendan ficou em silêncio, olhando para frente, enquanto Deirdre dirigia. Mas, assim que saíram do estacionamento subterrâneo, ele finalmente falou.― Se você não tivesse fingido sua morte, mesmo que não pudesse ser a mãe da criança, eu não a impediria de conviver com ela. Deirdre, foi sua escolha desistir. ―O som do vento envolveu o carro enquanto os olhos de Deirdre se enchiam com uma mistura de confusão e ressentimento. Ela achava um absurdo que Brendan acreditasse que ela havia fugido, abandonando a própria filha. Mas fora Emily atentara contra sua vida! Se ela não tivesse saído da mansão, teria morrido!Deirdre quis discutir, mas ao abrir a boca percebeu que era inútil. Mesmo que ela explicasse, Bren
Deirdre congelou momentaneamente ao ouvir a pergunta, mas, depois de um momento, ela respondeu calmamente:― Sterry e eu estamos focados em nossas carreiras. Se vivemos juntos e somos felizes, o casamento não é importante para nós nesta fase do relacionamento. Talvez optemos por nos casar quando tivermos mais tempo livre. ―As veias da testa de Brendan incharam, pois, apesar de ter desejado saber mais sobre o relacionamento, percebeu que a resposta o desagradara mais do que imaginava.Deirdre percebeu a cara azeda de Brendan e estava prestes a discutir, mas no segundo seguinte sentiu que algo estava errado com a velocidade do carro.― O que você está fazendo!? ― Brendan exclamou e fez mensão de tentar agarrar o volant, seu rosto normalmente calmo agora mostrando urgência e uma mistura de emoções.Deirdre afastou a mão de Brendan e respondeu: ― O carro não está me obedecendo, ele pode ter sido sabotado? ―― O quê? ― Brendan ficou surpreso.Deirdre tentou se concentrar, perceben
― Brendan! ― Deirdre sentiu um arrepio na espinha e forçou a maçaneta, mas a porta do carro ao lado dele estava deformada e não podia ser aberta. Ela não teve escolha a não ser voltar até o banco do motorista, apertar-se e desapertar o cinto de segurança.― Você está louco? Por que você não disse que sua perna estava presa!? ― Deirdre entrou em pânico.Era ela quem dirigia mas, na hora do impacto, a colisão mais séria atingira o lado do passageiro e ela se sentiu culpada, afinal, se Brendan nunca tivesse sido hipnotizado, ele teria priorizado que ela ficasse ilesa, mas, ela não tinha tido o mesmo cuidado. Agora o homem estava preso em meio às ferragens.― Não se preocupe, eu estou bem. ― A voz de Brendan permaneceu firme. ― Minha perna está presa. Tentei soltar, mas está um pouco difícil. ―Definitivamente, a situação parecia muito mais do que apenas 'um pouco difícil’.Deirdre ficou furiosa.― Tem certeza de que machucou só a perna? Você está sangrando? Dói? Você sente algum des