O corpo inteiro de Deirdre tremia e, sentada no chão, perto da escada, ela envolveu-se com os braços, com força. ― Senhora... ― O segurança disse, hesitante. Ele não pôde deixar de sentir pena da situação de Deirdre, depois de testemunhar todo o incidente. ― Você está bem? ― Os olhos de Deirdre estavam vermelhos de lágrimas. Sam era a única pessoa em quem ela podia confiar. Ele era o único, no mundo todo. Então ela disse apressadamente e em um sussurro:― Sam, diga-me se é verdade. Bliss foi morto por um morador de rua? ― ― Sim. ― Sam soltou um suspiro. Embora suspeitasse de Charlene, não havia nada que pudesse fazer sem provas adequadas. O mentor tinha executado o esquema muito bem. ― As imagens de vigilância mostram que o mendigo atormentou e matou Bliss porque ele era mentalmente instável. Isso não é inesperado e não há como processarmos esse incidente legalmente. Afinal, não é uma vida humana, mas a vida de um cachorro... ― ‘Sim, era só um cachorro. Um policial nem l
Sem saber como afastar a mulher, sem ser indelicado, Brendan empurrou Charlene para longe:― Não quero que você seja minha amante, nem por uma noite. Está ficando tarde, vá dormir e descanse bem. ― Ao dizer isso, o homem passou direto por Charlene, indo para o quarto, principal para descansar, deixando Charlene sozinha no corredor. Seu rosto, delicadamente maquiado, parecia prestes a desmoronar e ela cerrava os dentes de raiva. Então, a mulher lembrou que ele havia dormido com Deirdre, na noite anterior à sua chegada à mansão, mas ele usou a injustiça como motivo para rejeitá-la. ‘Ele está realmente com medo de ser injusto comigo, ou ele não se sente nem um pouco atraído por mim?’Charlene não teve coragem de pensar mais. Ela baixou seu lindo olhar, pensando que precisava trabalhar mais rápido. Caso contrário, as consequências seriam inimagináveis, caso Deirdre engravidasse novamente. Na manhã seguinte, Brendan se levantou muito cedo, com o objetivo de ir para a empresa e
Ela sentiu como se pudesse assistir à cena da trágica morte de Bliss, no quintal, mais uma vez. Enquanto experimentava um novo colapso emocional, sem entender direito o que Brendan tentava fazer, ela gritou:― Tire isso daqui! Vá embora! ― Brendan estava ansioso pela reação de Deirdre, mas seu rosto ficou roxo de raiva quando ele a ouviu dizer para que saisse. Seu olhar ficou gelado. ― Por que você está agindo como louca? Você não ficou devastada com a morte do cachorro, ontem? Eu trouxe um novo cachorro para você, mas você não mostrou nenhuma gratidão, seu comportamento é nojento! ― ‘Mostrar apreciação?’O peito de Deirdre estava acelerado e ela sentiu uma frieza sem fim a envolvendo, como se estivesse presa em um porão de gelo. ― Você acha que ter outro cachorro tomando o lugar de Bliss, no dia seguinte ao da morte dele tornará tudo melhor? Como se o incidente nunca tivesse ocorrido? ― ― O que mais eu poderia fazer? ― Brendan zombou. Ele não sentia nenhuma emoção pe
Deirdre sempre era ingrata, por melhor que ele a tratasse. Ela preferia que ele a esquecesse. O detestava por se intrometer em seus negócios e desejava que ele a deixasse. Se Sterling tivesse dado o cachorro de presente, ele imaginou que ela teria ficado imediatamente feliz, dado um grande sorriso e retribuído com um abraço. Brendan sentiu ciúmes ao pensar nessa possibilidade. Ele cerrou os punhos com força e sua expressão ficou ainda mais fria:― Lena, você está pensando demais. Eu não trato Deirdre bem. Uma mulher como ela não merece ser bem tratada por mim. Pensei em retribuir porque, no fim das contas, o cachorro morreu no meu quintal. ― ― Tem certeza? ― Os olhos de Charlene ficaram sombrios, mas não havia nada que ela pudesse fazer para se opor. Ela mordeu os lábios vermelhos gentilmente e desenvolveu: ― Então, agora você está demonstrando preocupação com Deirdre, por um motivo específico. Nesse caso, minha mente pode ficar tranquila. É possível que eu não seja generosa
― Por que a convidaríamos para a festa? ― Brendan ficou contrariado. ― Você é muito gentil. Ela merece ser essa criatura lastimável e só tem a si mesma para culpar por isso. Além disso, sua festa de aniversário é muito importante. Quem vai se divertir na sua festa quando a presença dela estraga toda a diversão? ― ― Mas... Deirdre não vai ficar entediada em casa e sozinha? ― Ela disse, em um tom choroso: ― Não acredito que Deirdre possa estragar a diversão. ― ― Mas, você acha que ela merece ser convidada para a sua festa de aniversário? ― Os olhos escuros de Brendan estavam manchados de frieza, enquanto seus olhos estavam fixos no rosto de Deirdre. ― Fale por si mesma. Você merece participar de um evento tão grandioso? ― O coração de Deirdre estava acelerado. Este foi o golpe mais letal de Brendan. Não bastava humilhá-la. Ele agora a forçava a reconhecer cada insulto. Deirdre acreditava que Charlene devia estar sorrindo de satisfação. Então, ela respirou fundo, suprimiu sua
― Tudo bem... ― Suprimindo a amargura em sua voz, Deirdre assentiu, vigorosamente. ― Vou esperar. ― Ela planejava voltar para seu quarto quando uma música encheu o escritório. Deirdre estava atortoada e seu coração falhou uma batida. Ela conhecia muito bem aquela música, pois era o toque do seu celular. Brendan também ficou bastante surpreso. Então, ele puxou a gaveta da escrivaninha e seu rosto se converteu em uma máscara de ódio quando ele viu o nome de Sterling estampado no identificador de chamadas.Um tempo atrás, Sterling havia tentado ligar para Deirdre algumas vezes, mas parou depois de descobrir que Brendan tinha confiscado o aparelho e não tinha a menor intenção de devolvê-lo. Entretanto, lá estava novamente, o nome do desgraçado estampado no telefone.Deirdre não teve coragem de agir precipitadamente. Mas, a curiosidade foi mais forte. Suas mãos estavam cerradas e, reunindo toda coragem que tinha, perguntou:― Meu telefone está tocando? ― Brendan estreitou os olho
Por que ele estava tão exasperado ao saber disso? Brendan não entendia o que aquilo tudo tinha a ver com ele, mas mesmo assim, viu tudo em vermelho, perdendo o controle e, no auge de sua raiva, sacudiu Deirdre e a soltou.Sem ver a expressão de ódio no rosto do monstro, a jovem chegou a ter um segundo de esperança, achando que poderia sair do escritório, mas um novo empurrão a lançou sobre a mesa do escritório. Em seguida, ela sentiu o corpo ser pressionando pelo peso de Brendan e então sentiu sua respiração ofegante. Um calafrio percorreu a espinha. A jovem sabia o que estava prestes a acontecer e, por isso, gritou, lutando:― Não, Brendan! Não! ― O monstro agiu como se não pudesse ouvi-la, agarrando os finos braços e os prendendo, com uma mão, sobre a cabeça dela, enquanto zombava:― Por quê? Não é este o objetivo da sua existência? Por que mais você acha que eu deixei você viver? Você ainda acha que vai morar com Sterling um dia? Que grande piada! ― Com a mão livre, o home
Deirdre se esforçava para sair da cama e o telefone da sala ainda berrava incessantemente. Era como se o aparelho pudesse representar seu próprio sofrimento sem fim. Por fim, ela saiu do quarto, com muita dificuldade, desceu as escadas e pegou o telefone. O rosnado irritado de Brendan a cumprimentou:― Achei que ia enrolar um pouco mais! ― Os dedos de Deirdre apertaram o fone. ‘Você fala como se não fosse responsável pelo meu estado.’ Fazia muito frio no escritório, na hora em que ele a despiu e a brutalizou e, além do desgaste físico, ela deveria ter contraído uma virose, pois sentiu calafrios e uma onda de calor depois disso e, sem surpresa, ficou com febre. Mesmo agora, ela estava abrindo caminho através de uma névoa cerebral. Não que ele se importasse, de qualquer maneira. Tudo o que importava era derramar sua semente e se sentir bem. Para ele, ela sempre foi uma subumana, na melhor das hipóteses. ― Estou com dor de cabeça. Acabei de acordar. ― Ela resmungou. Br