― Vamos voltar. ― Deirdre começava a sentir falta do cachorrinho. ― Bliss está em casa sozinho. Ele vai ficar ansioso se eu não estiver por perto. ― Sam comprou comida de cachorro em um pet shop, próximo da mansão e, depois que o segurança comentou, Deirdre apalpou uma roupinha de cachorro e se apaixonou, decidindo comprar também. Assim que os dois chegaram à mansão, Deirdre se dirigiu ansiosamente para o quarto no primeiro andar. ― Bliss, estamos de volta! ― Ela sorriu largamente, esperando que o cachorrinho viesse até ela, assim que ela abrisse a porta, como costumava fazer. No entanto, não ouviu nenhum som vindo do interior do quarto. O sorriso de Deirdre desapareceu lentamente. Ela entrou no cômodo e procurou até mesmo no banheiro, chamando:― Bliss? Cadê você? ― Ao ouvir a comoção, Sam subiu as escadas, perguntanto:― O que está acontecendo? Está tudo bem? ― O rosto de Deirdre ficou terrivelmente pálido, mas ela se forçou a se acalmar:― Bliss não está responde
― Por que eu saí? Por que eu deixei Bliss sozinho? Se eu tivesse ficado na mansão, isso não teria... não teria... eu mereço morrer! ― Enquanto ela murmurava para si mesma, Sam se sentia triste por ela. Tinha sido ele quem tinha colocado Bliss em sua vida, mas isso ainda resultou em um colapso emocional de Deirdre. ― Não diga isso. Não é culpa sua! ― Deirdre estava chorando, então foi incapaz de ouvir o comentário de Sam. Ainda trêmula, a jovem se levantou, firmou as pernas e caminhou, passo a passo, na direção do cheiro de sangue. O segurança tentou impedi-la de se aproximar porque era uma cena verdadeiramente horrível:― Não venha. Você vai se sujar. ― ‘Sujar? Eu sou a suja! Se outra pessoa tivesse cuidado de Bliss, talvez ela ainda estivesse mastigando um brinquedo agora. Fui eu quem causei sua morte.’ ― Não está sujo... Bliss não está nem um pouco sujo. Por que estaria? ― Deirdre estendeu os braços para sentir o chão até que finalmente tocou o cachorro mutilado. El
Brendan franziu as sobrancelhas, enquanto Sam imediatamente deu um passo à frente e disse:― Senhor Brighthall... a Senhora McQuenny está passando por um colapso emocional, então ela não é capaz de suportar mais nenhum gatilho. ― O rosto de Brendan ficou roxo de raiva. Já estava escuro e não era apropriado que Deirdre ficasse no quintal, segurando um cadáver. ‘Ela planeja ficar segurando esse cachorro morto a noite inteira?’ ― Solte-o, Deirdre... ― Brendan suspirou e disse: ― Vou arranjar alguém para lhe dar um enterro adequado. Ele não vai descansar em paz se você continuar segurando-o assim. ― Deirdre fingiu não ouvir seu conselho e se recusou a soltar o animal. Ela já se arrependera e tinha inúmeros pesadelos por ter perdido o filho. A jovem sentia que, se deixasse Bliss, esse sentimento de perda ficaria muito maior.Em sua loucura, queria esquentar o animal, pois tinha certeza de que ele estava frio por ter ficado muito tempo deitado no chão e logo estaria latindo e g
Deirdre vestiu as roupas com indiferença e seguiu Brendan, escada abaixo. Assim que chegou ao térreo, ouviu o som de saltos altos vindo da entrada. Logo, Charlene se aproximou e disse sorrindo:― É uma pena que você tenha saído tão cedo. Você perdeu o clímax do musical. ― ― O cachorro do personagem principal morreu, após ser desmembrado. Foi realmente emocionante de assistir. ― Ela enunciou suas palavras com clareza e enfatizou sua observação, de propósito. Os olhos de Deirdre ficaram vermelhos instantaneamente enquanto ela corria em direção a Charlene e agarrava sua garganta, rugindo histericamente:― Você não tem coração! Era só um cachorro! ― ― Deirdre! ― ― Senhora McQuenny! ― Tudo aconteceu tão inesperadamente que Charlene foi jogada na mesa de centro. Os olhos de Deirdre estavam injetados e ela usou toda a força de seus dez dedos para estrangular Charlene. Brendan a puxou para longe da impostora e a jogou no chão com frieza. E em seguida, mostrou preocupação com
O corpo inteiro de Deirdre tremia e, sentada no chão, perto da escada, ela envolveu-se com os braços, com força. ― Senhora... ― O segurança disse, hesitante. Ele não pôde deixar de sentir pena da situação de Deirdre, depois de testemunhar todo o incidente. ― Você está bem? ― Os olhos de Deirdre estavam vermelhos de lágrimas. Sam era a única pessoa em quem ela podia confiar. Ele era o único, no mundo todo. Então ela disse apressadamente e em um sussurro:― Sam, diga-me se é verdade. Bliss foi morto por um morador de rua? ― ― Sim. ― Sam soltou um suspiro. Embora suspeitasse de Charlene, não havia nada que pudesse fazer sem provas adequadas. O mentor tinha executado o esquema muito bem. ― As imagens de vigilância mostram que o mendigo atormentou e matou Bliss porque ele era mentalmente instável. Isso não é inesperado e não há como processarmos esse incidente legalmente. Afinal, não é uma vida humana, mas a vida de um cachorro... ― ‘Sim, era só um cachorro. Um policial nem l
Sem saber como afastar a mulher, sem ser indelicado, Brendan empurrou Charlene para longe:― Não quero que você seja minha amante, nem por uma noite. Está ficando tarde, vá dormir e descanse bem. ― Ao dizer isso, o homem passou direto por Charlene, indo para o quarto, principal para descansar, deixando Charlene sozinha no corredor. Seu rosto, delicadamente maquiado, parecia prestes a desmoronar e ela cerrava os dentes de raiva. Então, a mulher lembrou que ele havia dormido com Deirdre, na noite anterior à sua chegada à mansão, mas ele usou a injustiça como motivo para rejeitá-la. ‘Ele está realmente com medo de ser injusto comigo, ou ele não se sente nem um pouco atraído por mim?’Charlene não teve coragem de pensar mais. Ela baixou seu lindo olhar, pensando que precisava trabalhar mais rápido. Caso contrário, as consequências seriam inimagináveis, caso Deirdre engravidasse novamente. Na manhã seguinte, Brendan se levantou muito cedo, com o objetivo de ir para a empresa e
Ela sentiu como se pudesse assistir à cena da trágica morte de Bliss, no quintal, mais uma vez. Enquanto experimentava um novo colapso emocional, sem entender direito o que Brendan tentava fazer, ela gritou:― Tire isso daqui! Vá embora! ― Brendan estava ansioso pela reação de Deirdre, mas seu rosto ficou roxo de raiva quando ele a ouviu dizer para que saisse. Seu olhar ficou gelado. ― Por que você está agindo como louca? Você não ficou devastada com a morte do cachorro, ontem? Eu trouxe um novo cachorro para você, mas você não mostrou nenhuma gratidão, seu comportamento é nojento! ― ‘Mostrar apreciação?’O peito de Deirdre estava acelerado e ela sentiu uma frieza sem fim a envolvendo, como se estivesse presa em um porão de gelo. ― Você acha que ter outro cachorro tomando o lugar de Bliss, no dia seguinte ao da morte dele tornará tudo melhor? Como se o incidente nunca tivesse ocorrido? ― ― O que mais eu poderia fazer? ― Brendan zombou. Ele não sentia nenhuma emoção pe
Deirdre sempre era ingrata, por melhor que ele a tratasse. Ela preferia que ele a esquecesse. O detestava por se intrometer em seus negócios e desejava que ele a deixasse. Se Sterling tivesse dado o cachorro de presente, ele imaginou que ela teria ficado imediatamente feliz, dado um grande sorriso e retribuído com um abraço. Brendan sentiu ciúmes ao pensar nessa possibilidade. Ele cerrou os punhos com força e sua expressão ficou ainda mais fria:― Lena, você está pensando demais. Eu não trato Deirdre bem. Uma mulher como ela não merece ser bem tratada por mim. Pensei em retribuir porque, no fim das contas, o cachorro morreu no meu quintal. ― ― Tem certeza? ― Os olhos de Charlene ficaram sombrios, mas não havia nada que ela pudesse fazer para se opor. Ela mordeu os lábios vermelhos gentilmente e desenvolveu: ― Então, agora você está demonstrando preocupação com Deirdre, por um motivo específico. Nesse caso, minha mente pode ficar tranquila. É possível que eu não seja generosa