Todos olharam, atônitos, enquanto Tess avançava na garganta de Maeve.
A rainha evocou uma parede de sombras, que Tess repeliu com a sua própria parede de fogo. Ela não parou de avançar.
O medo de Maeve era uma visão doce como mel para Tess.
Ela não sabia o que acontecera enquanto caía. O mundo estremeceu e ela parou de cair. Podia jurar que vira Mo, o dragão da Grande Deusa, deslizar por seus braços enquanto seu corpo explodia de dor.
Tess desceu a espada de fogo contra o primeiro guarda que ousou cruzar seu caminho. Ele foi fatiado em menos de um segundo, aço e metal e carne e ossos transpassados como se fossem ar.
O pôr do sol iniciou seu ciclo lento e belíssimo enquanto eu apenas o observava, adorando sua beleza.Uma risada me fez virar a cabeça. Sorri para Damian, que erguia Astra nos braços e lhe mostrava o sol alaranjado.Em algum lugar a alguns metros de distância, o primogênito--Aden Solveig--caçava besouros-âmbar, muito abundantes nos jardins de Avilan, ao que parecia.Eu sorri, em êxtase. Aden já tinha cinco anos e era tão esperto quanto o pai. Os cachos castanhos, como mogno, sempre eram difíceis de controlar e os olhos azuis sempre brilhavam enquanto ele catalogava seus amados besouros.Astra era idêntica a Damian. Os cabelos negros assim como os olho
18anos depois da morte de MaeveCasamentos eram uma perda de tempo para Rowan. Eram uma tradição humana ridícula que servia exclusivamente para esvaziar os fundos do noivo, um idiota sorridente e arrumado demais no final de um corredor enfeitado com tantas flores que faziam o nariz do rei coçar.Rei. Não mais o príncipe de Maeve. O rei de Dahrnaon. O poder que antes era um poço infinito agora era um oceano inteiro.Rowan sabia que tinha que arrumar herdeiros e as diversas mulheres, de todas as raças e jeitos, que cruzavam com ele nos corredores dos castelos, nas ruas ou em qualquer maldito lugar pelo qual ele passasse pareciam fazer questão de que ele se lembrasse que precisava arruma
"Meu único amor, nascido do meu único ódioConhecido por acaso e tarde demaisComo esse monstro, o amor brinca comigoApaixonar-me pelo inimigo"-Romeu e Julieta, William Shakespeare......................................................As costas dela doíam por causa do catre de barras duras e o colchão fino. Não havia travesseiro e a única coisa que a impedia de congelar até a morte era um trapo em forma de cobertor.Maeve a havia prendido em seu corpo humano para evitar que ela destruísse pedra por pedra das masmorras.T
Ver Alek novamente era como ver Finnick. Tess já não sentia os mesmos sentimentos e, ao que parecia, ele também não.Alek mantinha um braço ao redor da cintura de Reana, enquanto ela descansava distraidamente a mão em seu peito.Tess sentiu-se feliz por ele.Ela o abraçou forte e ele a abraçou de volta. Ele não tinha nem metade da força de Rowan, mas o abraço ainda era de esmagar costelas.O cheiro dele ainda era o mesmo e Tess podia ter chorado por isso. A saudade de Alek era ainda maior do que a de Rowan." Droga, Tess. Se você for sequestrada de novo, eu mato você. " Alek riu com a próp
Maeve se sentava num imponente trono de cristal e ônix. Ela usava um vestido azul-escuro e uma capa de cor grafite se estendia sobre seus ombros. Na cabeça, uma coroa de vidro e algum material preto que Tess não conhecia. A rainha também usava um sorriso frio no rosto.Mora usava um vestido vermelho-vinho e uma coroa de gelo adornava sua cabeça. Ela não fazia questão de esconder sua felicidade em ver Tess naquela situação.Mas Mab era quem mais chamava atenção. Ela vestia preto, uma cor que não combinava com seu cabelo loiro reluzente. A coroa de cores parecia deslocada comparada ao vestido. Quando Mab ergueu o olhar, Tess soube o porque do vestido. Luto. Luto pelas irmãs e pelo juízo. Tess gostou ainda mais da rainha por aquele pequeno ato
O auge do inverno havia chegado e o tempo todo, a cada segundo do dia, o vento chicoteava o exterior do castelo.Tess se encolhia, tremendo, e xingava alto toda vez que uma nova rajada passava pelas barras da janela minúscula.Um guarda piedoso havia lhe dado seu manto de veludo preto. Mas nem isso era capaz de fazê-la parar de tremer.Tess tinha certeza de que, se estivesse na forma feérica, não sentiria frio. Mas estava presa no corpo humano por uma maldita pulseira bonita.Pelas contas dela, faltavam menos de doze horas para o desafio de Damian. E cada hora que passava era uma agonia.Pensar em Damian perto de Maeve sem que Tess pudesse fazer nada? J&aac
Os guardas a arrastaram até o lado de fora.Na maioria dos castelos, haveria um jardim ou um bosque ali. Mas não no Castelo Negro, de Connacht.No quintal de Maeve, havia um penhasco de forma afunilada. Era tão profundo que, vinte metros abaixo, a neblina encobria o fundo, fazendo com que fosse impossível saber ao certo a profundidade. Mas era profundo o suficiente para fazer as entranhas de Tess tremerem. O chão passava de cascalho para terra seca e ia afunilando até uma ponta extremamente fina, que cabiam, no máximo, duas pessoas de pé.Mas era profundo o suficiente para fazer as entranhas de Tess tremerem.Maeve estava corajosamente--ou imprudentemente-- parada na beira do pen
Tess dormiu por dois dias.Seu cansaço e exaustão eram tanto mentais quanto físicos.Ela odiou Maeve mais ainda por sequer conseguir se fazer andar até a porta e pegar sua refeição. Respirar era difícil e doía.Tess também não fazia idéia de como havia sido levada até sua cela ou se Maeve teria feito maos alguma coisa com Damian.E ela teve certeza de que, se ela tivesse feito, arrancaria o próprio braço para poder transpassar o corpo da rainha com uma lança de gelo. Ou talvez de fogo. Ou ambos, se fosse possível.Ela levou dez minutos para conseguir se sentar e mais vinte