Riddick— Minha casa. É o lugar mais seguro que tenho. — Expliquei. Peguei um celular e o entreguei.— Para quê isso?— Para mantermos contato, qualquer coisa estranha que acontecer por aqui, me avise.— Vai cuidar delas? — Indagou com os olhos cheios de lágrimas.— Com a minha vida! — Afirmei, olhando em seus olhos.— Agradeço de coração, espero que coloque algum juízo na cabeça dessa menina doida. — Disse me cumprimentando. Após nos despedirmos, entrei no quarto da minha rosa. Ela se encontra na mesma posição que lhe deixei. Tão frágil, a minha pequena! No que foi se meter minha rosa? Segurei sua mão me sentindo com as mãos atadas. Levantei com pressa e arrumei o suficiente para ela passar uns tempos lá em casa, o resto, depois providenciamos. Confesso que foi bem difícil pegar nas roupas íntimas dela, sem conseguir imaginá-la com elas. Deliciosa! Eu estou realmente fodido. Nós nem estamos juntos e Abla já me dá esse trabalho. Deus me ajude e me dê muita paciência com essa gost
Abla Dinis Saímos do quarto e andamos por um corredor longo e largo. Nas paredes havia muitos quadros de todos os tipos. Artes que não arriscaria dizer qual o nome do autor. Descemos uma longa escada em espiral, entramos na sala de jantar. Uau... Tudo tão organizado, e lindo. Há uma grade mesa redonda e tantas cadeiras, que me perdi duas vezes na contagem que fiz. Há uma senhora parada perto da mesa, me encarava tão compenetrada que fiquei sem graça.— Nena, esta é a nocha mamãe! Eu não dixe. — Niara falou sorrindo para a moça.— Você disse o que? — Perguntei-lhe curiosa.— Que a senhola é linda! — Deu de ombros, orgulhosa. Essas meninas... Fiquei com minha face em chamas. — Niara! — A repreendi, sem graça.— Não se preocupe senhorita, as meninas não mentiram em nada.— Pode me chamar de Abla!— Tudo bem, Abla... — Sorriu.— Vamos tomar café! — Riddick anunciou entrando no ambiente. Todos os pelos do meu corpo se arrepiaram. Céus, que Deus me ajude. Uma lembrança veio em minha men
Riddick— John! — Abla e J me chamaram. Olhei para frente e os dois estavam me olhando, preocupados.— Oi!— Você está bem? — J me questionou.— Na medida do possível! — O respondi da mesma forma que Abla me respondeu certa vez.— E o que seria na medida do possível? —Questionou rindo.— Não estou nem bem e nem mau. Agora vamos ao que interessa. — Olhei para Abla. — Nos conte o que aconteceu.— Por quê? — Cruzou os braços, me desafiando. Que mulher teimosa.— Não é obvio? Precisamos saber até onde está envolvida.— Sinceramente, para mim não é obvio. O que vocês sabem que eu não sei.— Fazemos assim, nos conte sua versão, que diremos a nossa.— Justo! — Suspirou antes de prosseguir. — Tenho uma conhecida no Brasil, ela era amiga da minha irmã. Recentemente, ela ligou me pedindo ajuda. Disse que sua prima, Maria, veio para esse país a trabalho. Informou-me que no início as duas mantinham contato, porém, de uma hora para outra, o contato cessou.— Você descobriu o que aconteceu com ela?
Moryart Cambridge— O nome dela é Abla! Abla? Diferente esse nome.— Você tem certeza disso?— Tenho. Seguimos pelas câmeras, o táxi que ela pegou até a casa dela. E também perguntei a alguns vizinhos e eles confirmaram.— Esse nome dela não me parece daqui. — Perscrutei. Tenho certeza que não é americana, o seu sotaque lhe entregou. — Ela é Brasileira.— Qual é o sobrenome dela, Jô? — Estamos trabalhando sobre isso, ainda hoje teremos os dados completo. Ainda não sei que ela é, mas é só uma questão de tempo.— Acho bom ou já sabem o que vai acontecer! Agora saiam, quero ficar sozinho. — Mandei me sentando na minha cadeira. Saíram um por um com a cabeça baixa, peguei o computador e fui assistir a imagem em que ela aparece lutando com meus homens. Ela é um tesão! Fiquei tão absorto na cena a minha frente, que me assustei com o barulho na sala. Cacete! Eu disse que queria ficar sozinho.— Que porra de bagunça é essa? — Me levantei já engatilhando minha arma. — Mestre, eu a avisei
RiddickEla tentou se afastar de mim e, eu a puxei. Não calculei minha força e a ela caiu em meu colo. Abla ficou espantada e seus olhos encaravam todos os lugares em meu escritório, menos os meus olhos. Deve ser o fato de eu estar duro. Confesso que não consegui me conter, vendo-a tão segura narrando os fatos que lhe aconteceram naquele dia, e com esse micro short, apenas abriu vazão a minha imaginação. Se ela soubesse a miríade de sentimentos que me acometeu desde que a vi, ficaria ainda mais assustada.— Quero que me solte! — Mandou, ainda sem olhar diretamente para mim.— Quero lhe fazer uma pergunta. — Falei tentando não sorri. Às vezes ela age tão dona de si, outras vezes parece uma adolescente assustada.— Não preciso estar em seu colo para responder! — Se mexeu fazendo um gemido sair dos meus lábios. Ela olhou em meus olhos e ficou. Deve ter visto o desejo que sinto por ela. Digo que é algo sobre-humano. Nunca senti tanto desejo por uma mulher, como sinto por ela.— Prefiro tê
Abla Dinis Coração traíra.— Claro tio, mas deita lá pelto da mamãe porque aqui tá sem espacho! — Niara disse sem desviar os olhos da tela da TV.— Tudo bem, eu sobrevivo. — Ele disse olhando em minha direção. eu afastei o máximo para dar-lhe um espaço bem amplo, afinal, ele é um homem grande. — Boa noite! — Saudei me afastando mais. O espaço que dei não foi suficiente.— Boa noite! O que estão assistindo? — Perguntou próximo ao meu ouvido. Fazendo-me arrepiar na hora. Covardia! A área do pescoço e ouvido são o meu ponto fraco.— Frozen! — Falei em um fio de voz.— Nunca assisti. — Comentou sorrindo. Ele sabe que me afeta. Imbecil!— Sorte a sua, eu já assisti umas trocentas vezes. — Sorri olhando minhas meninas. Senti os olhos dele em minha direção, o ignorei, olhando para a tela da televisão.— Olha a pipoca, crianças! — Nena anunciou entrando com duas bacias. Ela entregou uma as meninas e a outra entregou a mim. Deduzi que é para dividir com John, quer dizer, com meu chefe.—
Riddick— Elas vão ficar bem! — Exclamei ao ver o temor nos olhos dela. Sei que fiquei chateado com ela mais cedo pela relutância em viajar comigo, mas, eu sei separar as coisas. Sei que nunca se separou de suas filhas, por isso a reação. Também me preocupo com as meninas. Não sabia que ter a casa cheia seria tão maravilhoso. Nia e Niara são muito inteligentes, divertidas, educadas e verdadeiras.— Eu sei... Perdoei-me. — Me respondeu pegando sua sacola de mão, pois suas malas já foram levadas para o carro.— Não precisa pedir perdão, sei que é difícil. Se eu não precisasse de você, não insistira que fosse. — Sorri. — Tenho uma surpresa para você.— Qual? — Sorriu. Parece que alguém gosta de surpresa! Levei-lhe para o lado de fora e quando ela o viu, correu para abraçá-lo.— Menina, que saudade!— Eu também Carson. Veio me ver? — Inquiriu abraçando o rapaz de lado.— Na verdade, o senhor Riddick me contratou para fazer a segurança das meninas.— Faria isso? — Perguntou emocionada.—
Riddick— Não posso fazer nada em relação a isso, delegado. Agora vamos ao que realmente importa.— Prossiga senhorita Dinis. — O homem continuou ainda incrédulo.— Peço que anotem o que achar relevante. — pediu se aproximando da lousa de vidro. — Lidamos com um homem na facha dos 30 anos, nativo da região, pelos intervalos dos sequestros, ele age no início de cada mês.Alguém levantou a mão e Abla parou de falar.— Como sabe que ele ager no início de cada mês?— Porque ele sequestrou a primeira no dia 1° de abril, e a outra no dia 1° de maio. Estamos lidando com um Serial Killer.— Calma senhorita Dinis, não é para tanto. — O delegado disse se aproximando dela.— Como calma, delegado Kitty? — Bem, que eu saiba, para ser considerado Serial killer, deve morrer ao menos três vítimas.— E realmente três foram mortas. — Ela pegou um arquivo. — Esta é Amanda Domenico, brasileira. A assassinaram em 1999, no dia 1° de agosto. A mesma forma operante, ou seja, estamos lidando com um Serial Ki