Abla Dinis — Mamãe, papai... — Nia e Niara entraram gritando. Elas estão lindas! As duas estão caracterizadas como os personagens do filme preferido delas. Quem disse Frozen, parabéns, acertou em cheio. Nia está vestida de Anna, mesmo sendo a personagem mais nova, e a que minha menina se identifica. Já Niara está vestida de Elsa, bem, eu não parei para analisar, mas acho que algumas coisas as duas têm em comum. — Estão lindas! — John elogiou, carregando as duas. Ambas agradeceram, envergonhadas pelo elogio. As duas também o elogiaram, e ele respondeu que precisava ficar à altura das mulheres de sua vida. Esse homem tem o dom com as palavras. Elas não mentiram em nada em relação à aparência dele. Se não fosse essa festa, meu Jisus Cristinho, ele estava lascado em minhas mãos. Digo literalmente, pois está tão, tão gostoso na fantasia, que a minha vontade é retirar toda ela no dente. Merda! Tornei-me uma ninfomaníaca! Acho que ele reparou, porque quando saiu do quarto, me lançou um
Riddick — Riddick, eu vou a essa missão e, não se fala mais nisso! — Bradou pela quarta vez. Abla quer me matar, só pode. Que mulher teimosa! Com apenas um olhar, todos entenderam o que queria dizer. Quero todos fora para conversar com ela a sós. Eles saíram em fila indiana, claro que antes me pediram calma com minha rosa. Não sou maluco, sei que tenho que cuidar dela, afinal, é a mulher que amo. Pelo fato de ter saído da festa, precisei colocar meus óculos especiais. Assim que saíram, diminui a iluminação e me sentei em minha cadeira. Ouvi um impropério saindo dos lábios dela. Sorri internamente. Sei o quanto me ver sem os óculos a afeta. — Venha aqui! — Ordenei duro. — Não! — Respondeu com as mãos na cadeira. Esse movimento evidenciou ainda mais sua barriga saliente. Ela não quer dar o braço a torcer, mas sei o quanto gosta da minha dominância. Carreguei minha voz para sair mais grave, e lhe chamei novamente. — Venha aqui! — Cacete! — Proferiu, me obedecendo. Parou em minh
Riddick Paramos em frente ao grande muro que guarda a propriedade. Com o arpéu em mãos, miramos para o alto. O gancho fixou fortemente na parede. Encontramos dois guardas fazendo a vigília daquele lado, com o silenciador na ponta da minha pistola, os derrubei em menos de dois segundos. Mais três homens guardavam a entrada da casa. Atiramos derrubando todos, porém, outro guarda nos viu e começou a atirar chamando a atenção dos demais na casa. Provavelmente Moryart já sabe que estamos aqui. Eles podem estar em maior número, todavia, somos melhores, sem nenhuma modéstia. — Moryart está no quarto, fortemente armado. — Jejei nos avisou. Ele ficou no avião guardando nossas costas. Assim como ele disse, o miserável está muito bem armado com uma metralhadora. Assim que nos viu, começou a atirar sem nenhuma mira. Uma das balas passou de raspão no braço de Joan. Pedi que Vitor a tirasse dali. — Eu vou matá-lo! — Ele bradou sem parar de atirar. Não fiz questão de respondê-lo. Fiz um sinal
Riddick Que tal treinarmos após esse trabalho? — J perguntou-me, esperançoso. Admito que estou falhando com nossa amizade, no entanto, culpo os problemas que aquele maldito gerou em minha vida. — Prepare-se para colocar gelo em todo corpo, vou acabar com você, meu caro. — Não cante vitória antes da hora, posso lhe surpreender, meu caro. — Rebateu confiante. Isso se deve ao fato de ter meses sem treinar adequadamente, porém, o que ele esquece, é que nunca paro, sempre estou em constante movimento. — Veremos! — Sorriu enigmático. Meus pensamentos se voltaram para minha rosa. Ela já está com quase nove meses, segundo a médica dela, a qualquer momento nossos filhos podem nascer, já que são gêmeos e é difícil a gestação chegar até o final. Confesso que estou ansioso, contando os minutos. Deveria estar ao seu lado, todavia, a necessidade falou mais alto. Estamos nos preparando para invadir uma casa. Dentro da residência tem uma mulher com trinta e poucos anos, mentalmente instável, cha
Abla Dinis — Para onde está me levando? — Indaguei a Gena, preocupada. Analisei a mulher e a mesma me parece fora de si. Sabia que algo estava errado em meu dia, assim que me levantei da cama. Mesmo com essa sensação, meu dia transcorreu normalmente, até receber uma ligação de uma nova cliente que me pediu para encontrá-la em um restaurante em frente a empresa. Não achei que algo aconteceria. Dei tchau a Bel e chamei o elevador, me distraí por alguns segundos olhando o celular, quando me acomodei dentro da caixa de metal, senti uma presença ao meu lado. Quando vi de quem se tratava, tentei reagir, contudo, foi tarde, ela já tinha uma arma apontada para minha barriga. — Perguntei para onde está me levando, m*****a? — Inquiri nervosa. Eu precisava reagir, mas meus reflexos não são os mesmos, pelo menos até meus meninos nascerem, e pelo o que estou vendo, será logo. Há alguns minutos comecei a sentir umas dores no pé da barriga. — Cale a boca e dirija, sua vaca! — Exclamou me dando u
Nove anos depois... Abla Dinis — Se não quiser ir, entenderei minha rosa! — John falou, calmo. O olhei irritada. Ele está me dispensando, ou é coisa da minha cabeça? Como se lesse meus pensamentos, me puxou para ele. — Não estou lhe dispensando, minha amada, sei o quanto é difícil deixar nossos filhos quando o trabalho é longo e longe. Eu quero muito que vá, mas se escolher ficar, entenderei. Merda! Ele sabe como me desarmar viu. Nove anos se passaram desde que tudo aconteceu e nada mudou. O amor que sinto por ele cresce a cada dia. E uma das provas do nosso amor, são nossos filhos. Amir e Akin que hoje estão com nove anos, crescem tão rápido, até demais para o meu gosto. Possuem a mesma pigmentação do pai, mas a cor dos cabelos e os olhos são parecidos com o meu. Não é porque sou a mãe, mas eles são lindos demais. Imagino a fila de meninas querendo me chamar de sogra. Colocarei muitas para correr, estou até vendo. As meninas, Nia e Niara, já estão com quatorze anos. Educadas, e
Abla Dinis — Delegado! — Saudei sorrindo. Ele segurou minha mão e beijou de uma forma cavalheira. — É sempre uma honra revê-la, minha cara. — Já chega de tanto contato. — John disse assustando o pobre homem. Dei um empurrão nele de leve. — Pare de ser um mal educado. — Ele me respondeu com um muxoxo e pediu para o delegado explicar o caso. — É pessoal, estamos lidando com fetichismo sexual e tricofilia! — Joan enunciou, anotando em um quadro disponível para o nosso trabalho após a explicação do delegado. — O que é tricofilia? — Um dos policiais perguntou, anotando algo em seu caderno. Eu respondi. – É um parcialismo no qual uma pessoa vê o cabelo como algo particularmente erótico, sexual e excitante. — Disse analisando a fotos da cena de crime. — Nesse caso, o individuo não tem preferência de gênero, porém, escolhe quem machucar mais. Estão vendo? Ele arrancou todo o cabelo das três mulheres, mas do homem, preferiu apenas raspar. Essa questão me intriga. — E o fetichismo, onde
Riddick Por mais que tentamos não cometer erros, sempre o destino dá uma virada, e aquele erro que você fez de tudo para evitar te acerta em cheio no meio da cara. Resumindo tudo: O carma é uma merda. Eu não sou uma pessoa boa, e nem quero ser, afinal, ninguém é tão bom assim. Também não sou tão ruim, posso ser denominado como um homem marcado pelas guerras, violências ou qualquer coisa que possa desestabilizar um ser humano. Tenho a mente quebrada, e não faço questão de reconstruir. Aprendi desde cedo para nunca ser bonzinho demais, pois caras bons arriscam levar um abraço pela frente, e uma facada por trás. Foi através desse pensamento que construí meu império, minha empresa de segurança. De um simples soldado, quer dizer, eu não era um simples soldado, eu era o melhor no que fazia. Mas voltando ao que estávamos falando, hoje sou um homem bem requisitado, faço de tudo um pouco. Caço fugitivos, forneço segurança e quando o governo fica de mãos atadas, é a mim que eles procuram pa