( Amber Petrova )
Quatro minutos depois, e quando estava pronta para girar a maçaneta e correr para a garagem, Edna retorna, me causando um enorme alívio.
— Graças a Deus!
— Venha, precisamos ir para a garagem!
Com os joelhos dobrados e corpos curvados, pego na mão dela, quando partimos dali agachadas, indo para um lugar que ela alegava ser mais seguro.
É aí que:
THWACK! THWACK!
Tiros passam tão perto de nós que nossas colunas se esticam e nossos pés batem no chão mais velozes.
— CORRE! — Edna grita, me impulsionando para ir à frente dela.
Tão perto... tão perto da garagem...
Quando minha mão se estende a poucos segundos de tocar a maçaneta da porta da garagem, como um filme em câmera lenta onde, em um único minuto, sua vida inteira parece passar na frente dos seus olhos, o som de um único tiro ecoa novamente.
THWACK!
Eu só olh
( Nicholas Cooper )Ela se levanta e juntos corremos um na direção do outro, nos abraçando, quando ela cai no choro, envolvida de soluços.— Você está bem? — passo minhas mãos pelo corpo dela, apavorado com o sangue. — Está ferida? Foi atingida? — Pergunto desesperado.— E-eu estou bem...— Tem certeza? — Eu estava em pânico por ela.— S-sim... — Respondeu, com as lágrimas rolando pelo seu rosto.— Calma... está tudo bem... estou aqui agora...Agarrado a ela, aos poucos seu corpo começa a perder as forças, cedendo ao chão, quando ajoelho acompanhando seu pavor e fraqueza. Ela tremia nos meus braços com a cabeça enfiada no meu peito.— E-eles... mataram os garotos... a-a Edna... — Gaguejou colada em mim.
( Nicholas Cooper )Dois dias depois.O calor toca minha pele, os raios do sol da manhã atravessam a janela, me despertando. Minha mão desliza pelo lençol macio, mas eu não a sinto. Aquele lado da cama estava frio, e quando abro meus olhos, Amber já não estava mais do meu lado. Suspeito que ela passou mais uma noite em claro.— Amber? — Chamo-a sentando no colchão, esperando que ela saísse do closet ou do banheiro.Eu me ergo e ando pelo quarto, procurando-a. Só depois de não a encontrar, que saio e começo a chamá-la pela casa.— Amber!Então, quando desço as escadas e chego na cozinha, vejo que no final do corredor as luzes da garagem estavam acesas. Eu vou até lá e assim que chego, encontro-a ainda vestida na mesma camiseta minha que tinha pegado ontem à noite, e de
( Amber Petrova )— Você evoluiu muito, Amber, mas após esse último acontecimento, indico que venha mais vezes para terapia. Trabalhamos muito para que você soubesse lidar com a morte da sua mãe, e agora temo que você absorva o que aconteceu na casa do seu professor, de forma negativa.Fazia muito tempo que não vinha ver minha psicóloga. A doutora Susan era maravilhosa, sabia de toda minha vida. Ela vem cuidando de mim desde criança, quando perdi minha mãe, e agora, depois que matei aquele homem, fiquei sem chão, com a imagem dele na minha cabeça.— Vou vir mais vezes, doutora...— Voltando naquele assunto. Pode me dizer por que não contou a verdade para o Nicholas, sobre o seu dedo quebrado?— Temi que ele tirasse satisfações com o Oliver, e a senhora sabe o que o Oliver é capa
( Amber Petrova )Meu pai fica calado e isso me serve de resposta.— Donald Bailey Petrova, você colocou seus agentes atrás de mim, de novo?— Filha —— Filha, não! Não me venha com filha!— É para o seu bem, Amber!— Nós tínhamos um acordo!Discutíamos tão alto que todos podiam nos ouvir.— Sabe o quanto me dói não ter notícias suas? Como é agoniante para mim imaginar que a qualquer momento alguém possa te ferir?— Eu sei, caramba! Mas você não tem esse direito. Precisa me deixar viver. Eu estou bem, não vê isso?— Você está mentindo! — Afirmou ele, duro e seco.— Como é que é?— Isso mesmo que ouviu!— Está fuçando
( Nicholas Cooper )Estou louco, vou surtar, já fui e voltei três vezes na rua da psicóloga da Amber e nada. A doutora disse que ela tinha saído há horas. Mais de vinte chamadas perdidas.— Espera... é o meu carro? — Vejo-o estacionado do outro lado da rua e é aí que eu fico louco de vez.AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!Berro mentalmente, com um bufo que dou e um chute pesado na porta do carro. Todo mundo na rua começa a me olhar como se eu fosse um psicopata. Na loja do lado vejo a senhora pegar o telefone, e ligar. Certeza que a polícia logo estaria aqui.Pego meu celular e ao invés de ligar para Amber novamente, eu decido acionar minha equipe.— FOX! — berro. — Eu preciso de você, preciso de toda a equi —— Estou no hospital, Águia! &mdash
( Amber Petrova )— Não, não, doutor, isso é impossível! — Debato.— A senhorita usa algum método contraceptivo?— Sim! Claro que sim! — respondo com total convicção, até que. — Espera... não... eu...OH MEU DEUS!Todo mundo estava em choque, principalmente eu, mas aí bruscamente meu pai salta no rumo do Nicholas.— EU VOU MATAR VOCÊ! — Berrou, pegando-o pelo pescoço.— PAI!Quando faço que vou me levantar, Fox me segura na cama, impedindo que eu agisse.— Está louco? Me solte!— Não posso deixar que se machuque!— Não está vendo? — aponto para meu pai e Nicholas, trocando empurrões, socos e sacodes. — Eles vão se matar. Faça alguma coisa!<
( Amber Petrova )Estou em casa. Na casa dos meus pais. Mas também é como se eu não estivesse aqui. Nunca me senti assim antes, é uma sensação estranha como se eu não fosse eu. Passei a vida toda sozinha, nunca tive irmãos ou qualquer um que fosse próximo a mim, como minha mãe foi. E agora, do nada, um bebê. Meu Deus. O que eu vou fazer? Nunca mais vai ser só eu? Vou ter que dividir tudo e ser "tudo" para ele ou ela? E se eu não conseguir?Eu estava deitada na minha cama imensa de lençóis caros e travesseiros importados, olhando para o teto do meu quarto, me perguntando que tipo de mãe eu seria. Não passava pela minha cabeça a adoção, nem como eu ia me sentir com o primeiro chute, os primeiros passos, ou o primeiro dia de aula. Nada daquilo que víamos em fotos de família
( Amber Petrova )— Ele está louco, ou o quê? — queixo nervosa, desligando a televisão. — Isso só vai gerar mais problemas, droga!— Não acho que essa tenha sido a intenção dele. — Explicou Fox.As atitudes do comandante fariam todos os holofotes se virarem para mim e para os Parkes. Não era o tipo de problema de que eu precisava agora, justo nessas condições.— Quer saber? Eu vou me deitar, estou cansada demais. — meu celular começa a vibrar com inúmeras mensagens chegando. — Está vendo? — ergo o aparelho irritada. — Fique com isso, Fox! — dou o telefone na mão dele. — Só me devolva caso a Emma responda. — digo subindo as escadas. — INFERNOOO!Dou um grito fino feito uma patricinha e, no andar de cima, bato a porta do meu q