( Nicholas Cooper )
Ela se levanta e juntos corremos um na direção do outro, nos abraçando, quando ela cai no choro, envolvida de soluços.
— Você está bem? — passo minhas mãos pelo corpo dela, apavorado com o sangue. — Está ferida? Foi atingida? — Pergunto desesperado.
— E-eu estou bem...
— Tem certeza? — Eu estava em pânico por ela.
— S-sim... — Respondeu, com as lágrimas rolando pelo seu rosto.
— Calma... está tudo bem... estou aqui agora...
Agarrado a ela, aos poucos seu corpo começa a perder as forças, cedendo ao chão, quando ajoelho acompanhando seu pavor e fraqueza. Ela tremia nos meus braços com a cabeça enfiada no meu peito.
— E-eles... mataram os garotos... a-a Edna... — Gaguejou colada em mim.
( Nicholas Cooper )Dois dias depois.O calor toca minha pele, os raios do sol da manhã atravessam a janela, me despertando. Minha mão desliza pelo lençol macio, mas eu não a sinto. Aquele lado da cama estava frio, e quando abro meus olhos, Amber já não estava mais do meu lado. Suspeito que ela passou mais uma noite em claro.— Amber? — Chamo-a sentando no colchão, esperando que ela saísse do closet ou do banheiro.Eu me ergo e ando pelo quarto, procurando-a. Só depois de não a encontrar, que saio e começo a chamá-la pela casa.— Amber!Então, quando desço as escadas e chego na cozinha, vejo que no final do corredor as luzes da garagem estavam acesas. Eu vou até lá e assim que chego, encontro-a ainda vestida na mesma camiseta minha que tinha pegado ontem à noite, e de
( Amber Petrova )— Você evoluiu muito, Amber, mas após esse último acontecimento, indico que venha mais vezes para terapia. Trabalhamos muito para que você soubesse lidar com a morte da sua mãe, e agora temo que você absorva o que aconteceu na casa do seu professor, de forma negativa.Fazia muito tempo que não vinha ver minha psicóloga. A doutora Susan era maravilhosa, sabia de toda minha vida. Ela vem cuidando de mim desde criança, quando perdi minha mãe, e agora, depois que matei aquele homem, fiquei sem chão, com a imagem dele na minha cabeça.— Vou vir mais vezes, doutora...— Voltando naquele assunto. Pode me dizer por que não contou a verdade para o Nicholas, sobre o seu dedo quebrado?— Temi que ele tirasse satisfações com o Oliver, e a senhora sabe o que o Oliver é capa
( Amber Petrova )Meu pai fica calado e isso me serve de resposta.— Donald Bailey Petrova, você colocou seus agentes atrás de mim, de novo?— Filha —— Filha, não! Não me venha com filha!— É para o seu bem, Amber!— Nós tínhamos um acordo!Discutíamos tão alto que todos podiam nos ouvir.— Sabe o quanto me dói não ter notícias suas? Como é agoniante para mim imaginar que a qualquer momento alguém possa te ferir?— Eu sei, caramba! Mas você não tem esse direito. Precisa me deixar viver. Eu estou bem, não vê isso?— Você está mentindo! — Afirmou ele, duro e seco.— Como é que é?— Isso mesmo que ouviu!— Está fuçando
( Nicholas Cooper )Estou louco, vou surtar, já fui e voltei três vezes na rua da psicóloga da Amber e nada. A doutora disse que ela tinha saído há horas. Mais de vinte chamadas perdidas.— Espera... é o meu carro? — Vejo-o estacionado do outro lado da rua e é aí que eu fico louco de vez.AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!Berro mentalmente, com um bufo que dou e um chute pesado na porta do carro. Todo mundo na rua começa a me olhar como se eu fosse um psicopata. Na loja do lado vejo a senhora pegar o telefone, e ligar. Certeza que a polícia logo estaria aqui.Pego meu celular e ao invés de ligar para Amber novamente, eu decido acionar minha equipe.— FOX! — berro. — Eu preciso de você, preciso de toda a equi —— Estou no hospital, Águia! &mdash
( Amber Petrova )— Não, não, doutor, isso é impossível! — Debato.— A senhorita usa algum método contraceptivo?— Sim! Claro que sim! — respondo com total convicção, até que. — Espera... não... eu...OH MEU DEUS!Todo mundo estava em choque, principalmente eu, mas aí bruscamente meu pai salta no rumo do Nicholas.— EU VOU MATAR VOCÊ! — Berrou, pegando-o pelo pescoço.— PAI!Quando faço que vou me levantar, Fox me segura na cama, impedindo que eu agisse.— Está louco? Me solte!— Não posso deixar que se machuque!— Não está vendo? — aponto para meu pai e Nicholas, trocando empurrões, socos e sacodes. — Eles vão se matar. Faça alguma coisa!<
( Amber Petrova )Estou em casa. Na casa dos meus pais. Mas também é como se eu não estivesse aqui. Nunca me senti assim antes, é uma sensação estranha como se eu não fosse eu. Passei a vida toda sozinha, nunca tive irmãos ou qualquer um que fosse próximo a mim, como minha mãe foi. E agora, do nada, um bebê. Meu Deus. O que eu vou fazer? Nunca mais vai ser só eu? Vou ter que dividir tudo e ser "tudo" para ele ou ela? E se eu não conseguir?Eu estava deitada na minha cama imensa de lençóis caros e travesseiros importados, olhando para o teto do meu quarto, me perguntando que tipo de mãe eu seria. Não passava pela minha cabeça a adoção, nem como eu ia me sentir com o primeiro chute, os primeiros passos, ou o primeiro dia de aula. Nada daquilo que víamos em fotos de família
( Amber Petrova )— Ele está louco, ou o quê? — queixo nervosa, desligando a televisão. — Isso só vai gerar mais problemas, droga!— Não acho que essa tenha sido a intenção dele. — Explicou Fox.As atitudes do comandante fariam todos os holofotes se virarem para mim e para os Parkes. Não era o tipo de problema de que eu precisava agora, justo nessas condições.— Quer saber? Eu vou me deitar, estou cansada demais. — meu celular começa a vibrar com inúmeras mensagens chegando. — Está vendo? — ergo o aparelho irritada. — Fique com isso, Fox! — dou o telefone na mão dele. — Só me devolva caso a Emma responda. — digo subindo as escadas. — INFERNOOO!Dou um grito fino feito uma patricinha e, no andar de cima, bato a porta do meu q
( Amber Petrova )— Amber!Dou um pulo na cama quando ouço a voz do Fox acompanhada de duas batidas na porta.— Droga! — murmuro preocupada. — É o Fox, ele não pode te ver aqui!— Ele te chamou pelo nome? — Questionou intrigado, com as sobrancelhas arqueadas, mandíbula travada e nitidamente enciumado.— O quê?! Você está ouvindo coisas... — Finjo não ligar, puxando-o da minha cama, empurrando-o até a janela de onde veio. — Você precisa ir!— Não mesmo! — Ele freia no meio do quarto.— Nicholas! — Uso um tom de advertência, encarando-o.— Por que diabos ele está batendo na sua porta e te chamando pelo nome como se fossem melhores amigos?— Você está louco, é só um nome, ele nem deve ter se atentado, e —— "E" nada!— Ele é meu segurança agora, ok? — conto a verdade. — Meu pai o colocou na minha cola e você não pode ser visto aqui!Então, mais uma vez, o som da madeira sendo batida ecoa.— Amber, abre a porta, seu celular não para de tocar!Ah, merda...— Seu o quê?! — Bramou com a voz