Apesar de já terem se passado muitos anos, aquele dia ainda parecia assustadoramente recente para Júlia. Ela se lembrava vividamente da cena: o rio caudaloso e perigoso, e a sensação de impotência enquanto observava Jefferson sendo arrastado pelas águas turbulentas. Sua mente era um turbilhão de emoções.

Quando Júlia finalmente conseguiu raciocinar e pensou em pedir ajuda, uma figura pequena surgiu correndo desesperadamente em direção ao rio. No momento em que a garota passou por Júlia, ela ficou tão chocada que se esqueceu de gritar por socorro, apenas ficou paralisada, observando em choque. A jovem mergulhou no rio sem qualquer hesitação, como se sua vida dependesse disso.

Mesmo após tantos anos, Júlia ainda se sentia impressionada com a coragem daquela garota. Ela a achava tão incrivelmente destemida que, por um bom tempo, sentiu uma antipatia quase irracional por ela.

— Você está bem? — A voz de Jefferson interrompeu seus pensamentos. Ele a observava, preocupado, notando que ela pa