De repente, ele apagou o cigarro e me puxou para si, me beijando de forma intensa e desesperada.Tudo aconteceu muito rápido. Em um instante, minha roupa foi retirada e eu estava deitada na cama macia, perdida em uma confusão de sensações...Quando a dor veio, eu franzi a testa, mas uma dúvida surgiu em minha mente.O que estava acontecendo?Naquela noite do encontro da faculdade, já não havíamos feito isso? Por que ainda...?Não tive tempo de pensar muito e logo minha mente começou a se perder em outras sensações...Não sei quanto tempo George me deixou nesse estado, mas parecia que ele tinha energia de sobra.Quando acordei, já era meio-dia do dia seguinte. Eu ouvi o som da água vindo do banheiro. Com o corpo dolorido, me sentei na cama e, ao olhar para o lençol, vi manchas de sangue.O quê?! Como assim? Eu já não tinha perdido minha virgindade com ele antes? Como poderia estar sangrando agora?Senti um aperto no coração ao pensar em uma possibilidade.Nesse momento, George saiu do b
Era Clara Barbosa, minha melhor amiga.Assim que atendi, a voz animada dela soou do outro lado da linha:— Val, eu voltei para o país!— Sério?! — Eu quase não acreditei.Ao ouvir que minha amiga tinha voltado, a nuvem de preocupação que pairava sobre mim há dias desapareceu como mágica.Clara foi morar fora há três anos e, desde então, eu não tinha com quem desabafar, nem ninguém para sair e fazer compras. Eu realmente senti muito a falta dela.— Acabei de sair do aeroporto. Vou descansar um pouco em casa e à noite te ligo para a gente sair.— Combinado! — Eu disse animada, e só depois de desligar o telefone que me dei conta.Eu não estava mais sozinha. Agora, quando saísse, teria que pedir permissão ao George.E com o jeito que ele estava agora, com certeza não iria gostar da ideia.A lembrança de como ele estava tão controlador me deixou irritada.Bom, isso podia esperar até a noite.O tempo de sono passou rápido, e ao acordar, já eram mais de seis horas da tarde.Perguntei para Ana
Era como se a pessoa que tinha me mandado aquela mensagem cheia de duplo sentido nem fosse o George.Tossi para disfarçar e, tentando ser fofa, disse:— Ah, não é nada não. Eu só queria saber se você vai voltar hoje à noite. Eu ia preparar algo para o jantar, sabe?Apesar de falar isso, no fundo, eu estava torcendo para ele não voltar.— Gê...Enquanto esperava pela resposta dele, uma voz feminina apareceu do outro lado da linha.Fiquei parada, surpresa. Seria a amada dele? Ele estava com ela agora?— Não precisa fazer comida para mim, já comi. Não espere por mim, vá dormir mais cedo.— Ah... Ok... — Respondi, meio atônita, e logo depois ouvi o barulho do telefone sendo desligado.Ele estava com ela. Com certeza não voltaria essa noite.Eu deveria estar feliz, mas, por alguma razão, meu coração ficou apertado.Balancei a cabeça, tentando afastar os pensamentos confusos, e então me troquei rapidamente, vestindo um vestido justo e sexy.George tinha sua amada, e eu era apenas a amante.A
Foi nesse momento que ouvi, atrás de mim, uma voz familiar. Uma voz que eu não escutava fazia tanto tempo.Meu coração deu um leve salto e várias memórias vieram à tona.O garoto de camisa branca que me levava de bicicleta para a escola. O mesmo garoto que usava uma folha de rascunho para me explicar aquela questão de matemática que eu tanto odiava. O garoto que, sabendo que eu estava de TPM, esquentava o iogurte gelado que eu queria, só para eu não passar mal. E aquele garoto que, no dia em que anunciei meu casamento com o George, olhou para mim com os olhos avermelhados e perguntou se eu realmente precisava me casar.Lembranças felizes, doces... E cheias de arrependimento.Tudo isso, no entanto, virou pó, se dissolvendo no ar.Meu coração, que antes parecia balançar, voltou ao seu lugar e ficou tranquilo de novo. Quando me virei, vi o Bruno.O gene da família Fonseca, de fato, era impressionante. Tanto George quanto Bruno eram homens de tirar o fôlego.George, com sua frieza e postur
Pensei comigo mesma: "Quando foi que virei uma pessoa tão cautelosa e insegura perto dele?"Era assim mesmo. Quando a gente estava por baixo, tudo mudava.Quando a ligação foi atendida, a risada de George veio logo em seguida. Aquela risada era tão sombria que me dava calafrios.— Desculpa, eu acabei de pegar no sono e estava me preparando para atender quando você desligou. — Falei, tentando soar natural.— Ah, é? — Ele continuou rindo devagar, como se saboreasse algo. — E o que você está fazendo agora?Eu dei uma pausa, um pouco surpresa com a pergunta, mas logo disparei:— Dormindo, claro. Você me acordou com a ligação. Estou na cama, falando com você.Olhei para o espelho e encarei meu próprio reflexo. Meu rosto estava calmo, mas, por dentro, eu me admirava pela capacidade de mentir sem tremer a voz.A risada de George ficou ainda mais evidente, mas aquela risada tinha algo que gelava a espinha.Pelo amor de Deus, ele definitivamente não nasceu para rir. Era assustador demais!— Ent
O que eu mais temia aconteceu.George estava mesmo no bar. Ele já tinha me visto!E as mentiras que acabei de contar para ele? Pareciam tapas queimando na minha cara.Eu fiquei paralisada, incapaz de reagir.George me beijou com força, sem se importar com nada. Quando finalmente me soltou, seus dedos longos tocaram de leve os meus lábios, agora inchados.Ele me olhava com aquele sorriso frio, os olhos escuros fixos em mim.— Você dorme no bar agora? — A voz dele estava carregada de sarcasmo.Minha raiva cresceu. Ele sabia que eu estava no bar e ainda teve a audácia de me ligar, me fazendo mentir?— Já que você sabia onde eu estava, por que me ligou para me testar? — Perguntei, sem conseguir esconder a irritação.George estreitou os olhos, o sorriso dele ficou mais provocador.— Eu achei que você fosse me dizer a verdade. Até dei uma chance para você, mas preferiu mentir até o fim.Os dedos dele desceram até meu pescoço, fazendo círculos lentos. Parecia que, a qualquer momento, ele pode
Assim que entramos no quarto, George me pressionou contra a porta e me beijou profundamente.As mãos dele deslizavam pela minha cintura, e eu já não conseguia pensar em nada.Estava completamente tonta, sem saber direito o que estava acontecendo, quando ele sussurrou, rindo baixinho no meu ouvido:— Vestida assim, tão sexy... Para quem você estava querendo se mostrar?Fiquei em silêncio. Não tinha o que dizer.George me puxou para a cama e, com movimentos rápidos, tirou o meu vestido.Seus olhos escuros, carregados de uma intensidade perigosa, me encararam enquanto ele dizia:— Sabia que ele ia voltar hoje e resolveu caprichar no visual para impressionar?Segurei a vontade de revirar os olhos, mas preferi não provocá-lo ainda mais.— Eu sempre me visto bem. — Respondi com um tom baixo e contido.Ele riu, mas era uma risada fria, quase desdenhosa.De repente, meu celular tocou. De novo, era o Bruno.George pegou o aparelho antes que eu pudesse alcançar. Ele levantou o celular e me pergu
"Mariana? Como assim? Quem é essa? Eu não conheço ninguém com esse nome e, com certeza, não tenho esse número na minha lista de contato.", pensei, confusa.Enquanto eu olhava o celular, ele foi arrancado da minha mão.Me virei surpresa e vi o George parado atrás de mim, enrolado apenas em uma toalha.Foi então que me lembrei. O celular era dele. Mariana era alguém que ele conhecia.Definitivamente, eu precisava trocar meu celular e a melodia do toque. Não dava para continuar com as mesmas que ele usava.George caminhou até a janela e atendeu a ligação. Enquanto conversava, seus olhos me encaravam, profundos e penetrantes.Segui o olhar dele e percebi para onde ele estava olhando.Minha pele esquentou de vergonha. Rapidamente, puxei o roupão que estava na beirada da cama e o vesti. Me sentei na ponta da cama, tentando agir como se nada tivesse acontecido, mas meus movimentos estavam um pouco desajeitados.George desviou o olhar, mas seus lábios tinham um leve sorriso. Parecia estar de b