Capítulo 6
De repente, ele apagou o cigarro e me puxou para si, me beijando de forma intensa e desesperada.

Tudo aconteceu muito rápido. Em um instante, minha roupa foi retirada e eu estava deitada na cama macia, perdida em uma confusão de sensações...

Quando a dor veio, eu franzi a testa, mas uma dúvida surgiu em minha mente.

O que estava acontecendo?

Naquela noite do encontro da faculdade, já não havíamos feito isso? Por que ainda...?

Não tive tempo de pensar muito e logo minha mente começou a se perder em outras sensações...

Não sei quanto tempo George me deixou nesse estado, mas parecia que ele tinha energia de sobra.

Quando acordei, já era meio-dia do dia seguinte. Eu ouvi o som da água vindo do banheiro. Com o corpo dolorido, me sentei na cama e, ao olhar para o lençol, vi manchas de sangue.

O quê?! Como assim? Eu já não tinha perdido minha virgindade com ele antes? Como poderia estar sangrando agora?

Senti um aperto no coração ao pensar em uma possibilidade.

Nesse momento, George saiu do banheiro.

Envergonhada, mordi o lábio e perguntei, com a voz hesitante:

— George, naquela noite do encontro, a gente... A gente fez amor?

— Não. — Ele respondeu com firmeza.

Eu quase não consegui respirar.

— Mas então, por que você não explicou isso para os jornalistas?

George me olhou de lado e disse, sem muita preocupação:

— Como você quer que eu explique? A gente estava lá, pelados, abraçados. Você acha que tinha como explicar alguma coisa?

— Mas você podia ter falado com a minha família. Se não aconteceu nada entre a gente, minha família não teria te forçado a se casar comigo. Assim, você não teria que... — Eu estava tentando explicar, mas ele me interrompeu.

— O quê? Está se arrependendo? — Ele se aproximou de mim, os olhos negros como carvão, com um brilho gélido.

Eu lambi os lábios, pensando: "Não deveria ser você a se arrepender? Se casar comigo e ser humilhado, ainda ter que abrir mão da sua amada..."

De repente, ele me entregou a toalha que estava na mão.

Eu fiquei sem entender por um segundo, mas ele disse, com um tom indiferente:

— Seque meu cabelo.

— Ah, tá bom... — Eu peguei a toalha rapidamente e me levantei, me ajoelhando para secar o cabelo dele.

Isso me fez lembrar do passado.

Antes, sempre que eu lavava o cabelo, eu nunca queria secá-lo. Apenas usava uma toalha e me jogava na cama.

Mas ele sempre vinha, insistia em secar meu cabelo e depois usava o secador. Ele dizia que, se eu dormisse com o cabelo molhado, poderia ficar com dor de cabeça.

Naquela hora, eu achava tudo isso um saco, ficava reclamando e o xingava. Ele nunca se irritava, sempre tão paciente comigo.

Agora, vendo-o tão diferente, com essa frieza, eu realmente sentia medo dele.

O que será que ele estava pensando, para ser tão submisso no passado e tão calculista agora?

Depois de se vestir, George ajustou os punhos da camisa e me olhou, dizendo:

— Não saia por aí. Fique aqui esperando eu voltar.

Eu fiquei sentada na cama, acenei com a cabeça de forma obediente.

Ser uma boa amante começava por ser submissa ao que ele mandava.

George olhou de novo para a mancha de sangue na cama.

Meu rosto aqueceu de vergonha e eu puxei o cobertor rapidamente para cobrir a mancha.

Ele sorriu de canto, aquele sorriso enigmático que parecia estar se divertindo.

Lembrei que, durante os três anos de casamento, ele nunca havia sorrindo daquele jeito para mim. Ele sempre foi sério, sem expressão, como se fosse um robô sem sentimentos.

Agora, parecia que ele sempre sabia esconder suas emoções muito bem.

Quando George saiu, eu pensei em me deitar e descansar.

A noite anterior foi cansativa, e ainda sentia minhas pernas doloridas.

Mas quando acabei de me deitar, meu celular tocou.

Assim que vi quem estava ligando, a dor nas minhas pernas desapareceu e eu me levantei rapidamente da cama.
Continue lendo no Buenovela
Digitalize o código para baixar o App

Capítulos relacionados

Último capítulo

Digitalize o código para ler no App