Ravenna
A ansiedade se acumulava dentro de mim enquanto eu esperava pelo retorno de Benjamin. Sentada no quarto, os minutos pareciam horas. Cada som lá fora fazia meu coração acelerar, esperando ouvir seus passos familiares se aproximando. Finalmente, a porta se abriu, e lá estava ele. Sem pensar duas vezes, levantei-
BenjaminA preocupação era um parasita constante, corroendo minha mente enquanto eu observava Ravenna ao lado de SweetWolff. A hacker estava absorta em seu laptop, o rosto iluminado pela luz da tela, enquanto seus dedos se moviam com uma velocidade impressionante. Ravenna, no entanto, parecia perdida em pensamentos, os olhos fixos no chão, a expressão tensa revelando que sua mente estava a milhas dali.Preferia tê-la ao meu lado do que trancada sozinha no quarto, consumida p
RavennaDespertei com o toque familiar de Benjamin, mas, em vez de conforto, senti um nó de ansiedade apertando meu peito. O quarto, antes um refúgio, agora parecia uma prisão, sufocando-me com sua quietude. A sensação de vazio onde minha filha deveria estar me corroía.Forcei-me a levantar, cada movimento parecia uma batalha contra o peso da angústia. "Preciso voltar," murmurei, a voz tremendo. "SweetWolff pode encontrar alguma coisa e... eu preciso estar lá."Benjamin se posicionou firmemente entre mim e a saída, os olhos refletindo uma emoção feroz. "Não. Você precisa descansar, Ravenna. Estou negligenciando seu bem-estar há tempo demais.""Descansar?" Minha voz se ergueu, carregada de incredulidade. "Como você espera que eu descanse quando Rubi está lá fora, sozinha? Como posso dormir enquanto nossa filha... enquanto el
BenjaminO sono profundo que me consumiu parecia um respiro numa noite interminável de ansiedade e medo. Ravenna estava nos meus braços, a tensão de seus músculos finalmente aliviada, o rosto suavizado pela exaustão. O quarto ao nosso redor estava silencioso, a fraca luz da madrugada infiltrando-se pelas cortinas. Essa era a rotina que eu esperava para nós. Era o que eu desejava desde que a conheci.O sono foi interrompido por batidas pesadas na porta. O som era urgente, intrusivo, e meu lobo interior uivou em alerta. Abri os olhos, o corpo rígido ao lado de Ravenna, sentindo o sangue correr rápido nas veias. Cada batida na porta ecoava como um alarme, fazendo meu coração acelerar.Soltei Ravenna com cuidado e deslizei para fora da cama, sentindo a madeira fria sob meus pés. Movi-me para a porta, farejando, tentando identificar quem estava ali. O cheiro era desconhecido
RavennaA viagem a Denver parecia um borrão, uma mistura de ansiedade e determinação. Quando finalmente chegamos, as luzes da cidade brilhavam intensamente, iluminando nossa chegada sob um céu noturno carregado de nuvens. A mansão do Alfa Supremo, majestosa e imponente, surgiu à nossa frente. Um símbolo de poder e autoridade que senti pesar sobre mim como um manto invisível.Ao descermos do carro, o ar fresco e rarefeito de Denver me atingiu, trazendo um frio inesperado. A porta da mansão se abriu, revelando uma comitiva que nos aguardava. Estavam ali para nos receber como Alfa e Luna do Sul, e isso deveria ser uma honra, mas em vez disso, senti um nó de apreensão no estômago.“Alfa Benjamin, Luna Ravenna, bem-vindos,” saudou um homem de postura rígida, vestindo um terno impecável. Seu olhar era sério, mas havia um toque de respeit
RavennaMinutos se passaram e ficamos ali, abraçados uma ao outro, sentindo a dor nos assolar. Não tinha o que fazer, eu precisava ser forte para achá-la, precisava me manter de pé. Já se passavam das 10 quando fomos chamados para a reunião.O salão era imponente, com uma grande mesa redonda no centro, cercada por cadeiras de madeira esculpida. Cada Alfa e Luna dos estados estava presente, suas expressões sérias e vigilantes. As luzes suaves dos candelabros lançavam sombras dançantes nas paredes, adicionando um tom quase cerimonial à atmosfera.Ragnar, o Alfa Supremo, estava sentado na cabeceira, sua presença dominando o espaço. Seu olhar frio e calculista varreu a sala enquanto nos acomodávamos. Senti Benjamin apertar minha mão discretamente, um gesto silencioso de apoio.“Alfas, Lunas, sejam bem-vindos,” Ragnar começou, sua
BenjaminA raiva fervilhava dentro de mim enquanto caminhávamos de volta ao nosso quarto. As palavras de Ravenna durante a reunião ecoavam em minha mente como um desafio imprudente. Eu entendia seu desespero por nossa filha, Rubi, mas confrontar Ragnar na frente de todos nos enfraquecia em um momento crítico. Meu lobo rugia em fúria, refletindo meu próprio tumulto.Assim que a porta se fechou, virei-me para encarar Ravenna. "O que foi aquilo?" murmurei, tentando manter minha voz baixa, mas incapaz de esconder a raiva. "Você tinha que pedir para adiar a celebração na frente de todos?"Ela cruzou os braços, o olhar firme. "Eu não podia ficar calada, Benjamin. Nossa filha está desaparecida! Como você espera que eu permaneça em silêncio enquanto eles querem festejar?"Passei a mão pelos cabelos, tentando me acalmar. "Você não ent
RavennaMinhas pernas me levavam automaticamente pelos corredores da mansão de Ragnar, enquanto minha mente fervilhava com a discussão com Benjamin. O desejo de encontrar nossa filha, Rubi, e a frustração pela tensão crescente entre nós se misturavam em um turbilhão de emoções. Eu mal podia ver por onde andava; meus olhos estavam embaçados pelas lágrimas que não paravam de escorrer.Passei por várias pessoas nos corredores, todas olhando para mim com curiosidade ou pena. Ignorei seus olhares, tentando me esquivar de todos, ansiando por um lugar onde pudesse ficar sozinha. Finalmente, encontrei um alívio momentâneo ao avistar o jardim. Era um oásis verde no meio da estrutura imponente da mansão, um lugar onde eu esperava encontrar alguma paz.A brisa suave da tarde tocou meu rosto quando saí para o jardim. A fragrância das flores em p
MasonMeu esconderijo era um labirinto de corredores escuros, paredes úmidas e celas improvisadas onde eu mantinha os lobos que usei para manipular os outros. O cheiro de medo e desespero impregnava o ar, misturando-se com o aroma metálico do sangue seco. Um silêncio opressivo envolvia o local, quebrado apenas pelos ocasionais grunhidos e gem