Ravenna
Minutos se passaram e ficamos ali, abraçados uma ao outro, sentindo a dor nos assolar. Não tinha o que fazer, eu precisava ser forte para achá-la, precisava me manter de pé. Já se passavam das 10 quando fomos chamados para a reunião.
O salão era imponente, com uma grande mesa redonda no centro, cercada por cadeiras de madeira esculpida. Cada Alfa e Luna dos estados estava presente, suas expressões sérias e vigilantes. As luzes suaves dos candelabros lançavam sombras dançantes nas paredes, adicionando um tom quase cerimonial à atmosfera.
Ragnar, o Alfa Supremo, estava sentado na cabeceira, sua presença dominando o espaço. Seu olhar frio e calculista varreu a sala enquanto nos acomodávamos. Senti Benjamin apertar minha mão discretamente, um gesto silencioso de apoio.
“Alfas, Lunas, sejam bem-vindos,” Ragnar começou, sua
BenjaminA raiva fervilhava dentro de mim enquanto caminhávamos de volta ao nosso quarto. As palavras de Ravenna durante a reunião ecoavam em minha mente como um desafio imprudente. Eu entendia seu desespero por nossa filha, Rubi, mas confrontar Ragnar na frente de todos nos enfraquecia em um momento crítico. Meu lobo rugia em fúria, refletindo meu próprio tumulto.Assim que a porta se fechou, virei-me para encarar Ravenna. "O que foi aquilo?" murmurei, tentando manter minha voz baixa, mas incapaz de esconder a raiva. "Você tinha que pedir para adiar a celebração na frente de todos?"Ela cruzou os braços, o olhar firme. "Eu não podia ficar calada, Benjamin. Nossa filha está desaparecida! Como você espera que eu permaneça em silêncio enquanto eles querem festejar?"Passei a mão pelos cabelos, tentando me acalmar. "Você não ent
RavennaMinhas pernas me levavam automaticamente pelos corredores da mansão de Ragnar, enquanto minha mente fervilhava com a discussão com Benjamin. O desejo de encontrar nossa filha, Rubi, e a frustração pela tensão crescente entre nós se misturavam em um turbilhão de emoções. Eu mal podia ver por onde andava; meus olhos estavam embaçados pelas lágrimas que não paravam de escorrer.Passei por várias pessoas nos corredores, todas olhando para mim com curiosidade ou pena. Ignorei seus olhares, tentando me esquivar de todos, ansiando por um lugar onde pudesse ficar sozinha. Finalmente, encontrei um alívio momentâneo ao avistar o jardim. Era um oásis verde no meio da estrutura imponente da mansão, um lugar onde eu esperava encontrar alguma paz.A brisa suave da tarde tocou meu rosto quando saí para o jardim. A fragrância das flores em p
MasonMeu esconderijo era um labirinto de corredores escuros, paredes úmidas e celas improvisadas onde eu mantinha os lobos que usei para manipular os outros. O cheiro de medo e desespero impregnava o ar, misturando-se com o aroma metálico do sangue seco. Um silêncio opressivo envolvia o local, quebrado apenas pelos ocasionais grunhidos e gem
BenjaminEstava sentado à mesa do escritório improvisado, absorto em pensamentos enquanto revisava relatórios. O lugar estava mergulhado em uma penumbra confortável, as persianas semiabertas deixando entrar faixas de luz que se projetavam nas paredes. Aquele era meu santuário momentâneo, um lugar onde eu podia organizar a
RavennaEstava em meu quarto, tentando reorganizar minha mente depois da conversa com Benjamin, quando uma batida suave na porta me fez olhar para cima. Um jovem lobo, provavelmente um mensageiro, estava à porta com uma expressão animada.
BenjaminAinda estava com uma taça de champanhe na mão, movendo-me pelo salão e conversando com os alfas, quando percebi que a cor havia voltado ao rosto de Ravenna. Ela estava rindo suavemente com minha mãe e outras Lunas, uma visão que aliviava meu coração após o susto que ela me deu momentos antes.
RavennaEnquanto observava Benjamin se dirigir a Ragnar, uma mistura de ansiedade e tensão preenchia meu peito. Ele tinha uma postura resoluta, a determinação nos passos largos e nos gestos enérgicos enquanto contava a Ragnar o que havia acontecido. Ragnar, ao ouvir a notícia, franziu a testa, e logo os dois, junto com Jordan, se afastaram da festa. A sensação de urgência e a necessidade de ação eram palpáveis, como uma corrente elétrica no ar. RavennaOs últimos quatro meses passaram como um borrão. Desde aquele fatídico dia em Denver, tudo parecia um ciclo interminável de esperança e desespero. A reconstrução do Sul estava em pleno andamento, mas a ausência de Rubi e a constante ameaça de Mason pairavam sobre nós como uma nuvem sombria. Cada dia era uma batalha para manter a esperança viva enquanto enfrentávamos as dificuldades de reconstruir nossas vidas.Hoje, eu me sentia particularmente esgotada. As náuseas e o cansaço eram constantes companheiros, e o excesso de sono era um lembrete de que algo não estava certo. Caminhei até a farmácia, tentando ignorar os olhares curiosos das pessoas ao meu redor. A cidade estava se reerguendo, tijolo por tijolo, mas a dor e a incerteza ainda estavam presentes em cada esquina.Ao entrar na farmácia, a atendente me lançou um olhar c260. Descoberta Inesperada