RavennaAs luzes suaves da casa de Mallory contrastavam com a tensão e frieza da entrada da sede onde eu havia enfrentado Sarah. As paredes pareciam apertar enquanto a adrenalina da batalha se dissipava, deixando uma exaustão esmagadora em seu lugar.“Ravenna, sente-se aqui,” Mallory pediu, me guiando até um sofá aconchegante. A preocupação enchia seus olhos, mas ela manteve a voz firme. “Vou pegar um kit de primeiros socorros.”Voltei à minha forma humana, e a dor das garras de Sarah queimava em meus ombros e braços. Cada movimento enviava ondas de agonia, mas minha mente estava em outro lugar. Eu precisava falar com Ben. Precisava ouvir sua voz e confirmar que ele estava bem."Ele ligou?" perguntei a Mallory enquanto ela voltava com uma caixa de metal branca. Sua expressão triste foi suficiente como resposta. Ela balançou a cabeça, focada em abrir a caixa.“Não, ainda não. Mas ele vai ligar, Ravenna. Deve haver tanta coisa a se fazer, tenho certeza que ele e Rubi estão bem.”Seu tom
BenjaminEsperando no terminal de um aeroporto privado em Dublin, Gerorgia, o vento cortante da madrugada sacudia as folhas das árvores próximas. O ar estava carregado, ameaçando chuva, refletindo perfeitamente meu estado de espírito. Minhas botas ecoavam levemente contra o asfalto enquanto eu andava de um lado para o outro, olhos fixos no céu cinzento.Connor estava ao meu lado, braços cruzados, uma expressão sombria gravada em seu rosto. O jato particular da empresa pousaria em breve, trazendo Ravenna e Astoria. Mas meu coração estava um turbilhão. A expectativa de ver Ravenna se misturava à preocupação por nossa filha e pela recente fuga de Mason."Ben," começou Connor, sua voz grave e carregada de preocupação. "Como vamos lidar com a fuga de Mason? Com Sarah presa, ele fará de tudo para encontrá-la e continuar seus planos. Precisamos reforçar a segurança na sede imediatamente.”"Eu sei," respondi, parando para olhar o horizonte. "Aumentar a segurança não resolve enquanto houver um
Benjamin"Vamos para um hotel," disse, suavemente beijando sua testa. "Tudo ficará bem. Vou cuidar de tudo."O motorista nos levou para um hotel próximo. Era um local discreto e confortável, longe da frieza da mansão. Quando entramos no quarto, Ravenna se sentou na beira da cama, a ansiedade visível em seu rosto."Ben, o que fizeram com nosso bebê?" ela questionou desolada.Sentei ao seu lado, segurando suas mãos. "Ela foi levada para a mansão quando a sequestraram, mas Ester estava lá." seus olhos se iluminaram por um momento."Ester?" concordei alisando com carinho seus dedos."Os rebeldes ajudaram-na a fugir com Rubi, mas ela não contou a ninguém para onde iria. Ela salvou nossa filha de Mason, mas não sabemos o paradeiro de ambas." Ravenna engoliu em seco, sentindo o peso de minhas palavras."Ainda temos uma chance, não é? Agora que Mason está morto, ela saberá e voltará." A voz de Ravenna estava esperançosa, e meu coração se apertou ao trazer mais más notícias."Ele fugiu. Ele ab
RavennaMinha mãe estava ali, bem na minha frente, mas sua presença parecia ao mesmo tempo irreal e palpável. A última vez que a tinha visto, foi na minha união com Mason, um dia que eu gostaria de apagar de minha memória. Seu rosto agora refletia a mesma surpresa e uma mistura de emoções conflitantes que eu sentia.“Mamãe,” sussurrei, quase incapaz de acreditar que ela realmente estava ali. Corri para seus braços, e ela me envolveu em um abraço apertado, as lágrimas escorrendo livremente pelas nossas faces. “Ah, mamãe, como eu senti sua falta.”Benjamin saiu da sala nos dando a privacidade que precisávamos e a puxei para se sentar na cama. Eu ainda estava emocionalmente abalada com a quantidade de informações que eu tinha recebido. Ao mesmo tempo que eu me sentia feliz por vê-la viva, eu me sentia arrasada por não ter meu bebê comigo.Mamãe apertou minhas mãos, seu corpo tremendo com os soluços que tentava controlar. “Minha menina,” ela murmurou alisando meus cabelos. “O que acontece
BenjaminEstava de pé ao lado da janela do hotel, olhando para a cidade iluminada enquanto a mente vagava entre a tensão das últimas horas e a dor de não ter Rubi conosco. O telefone vibrou na minha mão, e ao ver o nome de Ravenna na tela, um misto de ansiedade e alívio me percorreu.
RavennaBenjamin me abraçava, sua presença era um porto seguro em meio ao caos. Apesar de todo o sofrimento e da incerteza que pairava sobre nós, eu sentia uma faísca de esperança renovada. Mas havia algo que eu precisava compartilhar, algo que eu tinha guardado por muito tempo."Ben?" murmurei, minha voz quase um sussurro. "Eu preciso te entregar uma coisa."Ele se afastou ligeiramente, seus olhos preocupados buscando os meus. "O que foi, Rav? O que você quer me entregar?"Respirei fundo, afastando-me de seus braços calorosos e indo até minha bolsa que estava sobre a cadeira. Meus dedos tremiam enquanto eu procurava o que estava escondido ali. Finalmente, senti o pequeno dispositivo de metal e o puxei para fora. O pen drive jazia ali dentro desde o dia em que meu mundo desabou.“É isso,” disse, segurando o pen drive para que ele pudesse ver. Seus olhos se estreitaram em conf
BenjaminDespedi-me de Ravenna com um aperto no coração. Ela me segurou por mais tempo do que de costume, como se tivesse medo de que eu fosse desaparecer. Acariciei seu rosto, tentando transmitir a segurança que, lá no fundo, eu também procurava.“Vou deixar dois guardas aqui na porta,” disse suavemente, beijando sua testa. “Qualquer coisa, não hesite em chamá-los.”
BenjaminSentei-me à mesa, o envelope pardo pesando em minhas mãos como uma sentença. Minha mente fervilhava com especulações, mas nada poderia me preparar para o que estava dentro. Abri-o com um rasgo rápido, espalhando o conteúdo sobre a mesa. Fotos caíram, deslizando em várias dir