Benjamin
Sentei-me à mesa, o envelope pardo pesando em minhas mãos como uma sentença. Minha mente fervilhava com especulações, mas nada poderia me preparar para o que estava dentro. Abri-o com um rasgo rápido, espalhando o conteúdo sobre a mesa. Fotos caíram, deslizando em várias dir
BenjaminMeu corpo tremia de fúria enquanto me virava para encarar o prisioneiro. A adrenalina rugia em minhas veias, e cada fibra do meu ser estava focada em arrancar a verdade dele. De repente, senti a presença de Tayrus ainda na porta, hesitando como se estivesse incerto sobre se deveria ficar ou ir embora.
RavennaA urgência no tom de Connor ecoava em minha mente enquanto eu era conduzida para o refúgio dos rebeldes, junto com Astoria e minha mãe, Elain. O veículo balançava pelas estradas irregulares, e eu mal conseguia distinguir as árvores que passavam rápido. Minhas mãos estavam trêmu
RavennaEu segurei firme na mão de Benjamin, conduzindo-o por entre os corredores do refúgio. O cheiro de sangue e suor que emanava dele era penetrante, misturando-se com a tensão ainda presente no ar. Cada olhar curioso que cruzávamos carregava uma mistura de respeito e cautela, mas eu estava focada em uma coisa: acalmar Benjamin.“Temos um quarto para nós, onde pode descansar um pouco,” disse, tentando manter a voz suave e tranquilizadora.
BenjaminAinda sentindo o calor residual do nosso momento de paixão, me afastei ligeiramente de Ravenna. A água escorria por sua pele, os cabelos molhados moldando-se ao rosto. Havia algo quase hipnótico na maneira como a luz refletia no brilho de seus olhos, e uma nova onda de ternura tomou conta de mim. O desejo ardente havia sido saciado, mas agora, a necessidade de cuidar dela era esmagadora.“Venha aqui,” disse suavemente, pegando o shampoo da prateleira. Ravenna olhou para mim com um sorriso suave, seus olhos brilhando com uma mistura de carinho e curiosidade.Ela se virou de costas para mim, permitindo que eu aplicasse o shampoo em seus cabelos. Meus dedos se enroscaram nas mechas úmidas, massageando o couro cabeludo com cuidado. “Há quanto tempo não temos um momento assim?” murmurei, a voz rouca, mas cheia de um afeto genuíno.“A vida está nos at
BenjaminAbracei Ravenna uma última vez, permitindo-me saborear a suavidade de sua pele antes de sair do quarto. Havia uma preocupação que pesava sobre meus ombros, algo que eu não podia ignorar, mesmo que aquele momento parecesse apenas nosso. "Vou voltar logo," sussurrei contra seus cabelos molhados, sentindo uma leve resistência em seu abraço antes de ela me soltar com um aceno preocupado.Saí do quarto, fechando a porta com cuidado, e segui Cael pelo corredor iluminado apenas por luzes fracas. As paredes de concreto do abrigo dos rebeldes estavam revestidas de cartazes velhos e avisos improvisados, e o ar era pesado com o cheiro de tinta fresca e metal. O som de passos ecoava suavemente enquanto avançávamos, cada reverberação uma lembrança da gravidade da situação.Cael estava visivelmente tenso, seus passos firmes e rápidos. Ele se virou
BenjaminSaí da sede dos rebeldes com passos decididos, a cabeça erguida e a postura altiva. Sentia a força do olhar de todos sobre mim, um misto de respeito e admiração. Não me lembrava da última vez que senti tanta confiança, como se o peso que carregava nos ombros finalmente estivesse co
RavennaA ansiedade se acumulava dentro de mim enquanto eu esperava pelo retorno de Benjamin. Sentada no quarto, os minutos pareciam horas. Cada som lá fora fazia meu coração acelerar, esperando ouvir seus passos familiares se aproximando. Finalmente, a porta se abriu, e lá estava ele. Sem pensar duas vezes, levantei-
BenjaminA preocupação era um parasita constante, corroendo minha mente enquanto eu observava Ravenna ao lado de SweetWolff. A hacker estava absorta em seu laptop, o rosto iluminado pela luz da tela, enquanto seus dedos se moviam com uma velocidade impressionante. Ravenna, no entanto, parecia perdida em pensamentos, os olhos fixos no chão, a expressão tensa revelando que sua mente estava a milhas dali.Preferia tê-la ao meu lado do que trancada sozinha no quarto, consumida p