Ravenna
Benjamin me abraçava, sua presença era um porto seguro em meio ao caos. Apesar de todo o sofrimento e da incerteza que pairava sobre nós, eu sentia uma faísca de esperança renovada. Mas havia algo que eu precisava compartilhar, algo que eu tinha guardado por muito tempo.
"Ben?" murmurei, minha voz quase um sussurro. "Eu preciso te entregar uma coisa."
Ele se afastou ligeiramente, seus olhos preocupados buscando os meus. "O que foi, Rav? O que você quer me entregar?"
Respirei fundo, afastando-me de seus braços calorosos e indo até minha bolsa que estava sobre a cadeira. Meus dedos tremiam enquanto eu procurava o que estava escondido ali. Finalmente, senti o pequeno dispositivo de metal e o puxei para fora. O pen drive jazia ali dentro desde o dia em que meu mundo desabou.
“É isso,” disse, segurando o pen drive para que ele pudesse ver. Seus olhos se estreitaram em conf
BenjaminDespedi-me de Ravenna com um aperto no coração. Ela me segurou por mais tempo do que de costume, como se tivesse medo de que eu fosse desaparecer. Acariciei seu rosto, tentando transmitir a segurança que, lá no fundo, eu também procurava.“Vou deixar dois guardas aqui na porta,” disse suavemente, beijando sua testa. “Qualquer coisa, não hesite em chamá-los.”
BenjaminSentei-me à mesa, o envelope pardo pesando em minhas mãos como uma sentença. Minha mente fervilhava com especulações, mas nada poderia me preparar para o que estava dentro. Abri-o com um rasgo rápido, espalhando o conteúdo sobre a mesa. Fotos caíram, deslizando em várias dir
BenjaminMeu corpo tremia de fúria enquanto me virava para encarar o prisioneiro. A adrenalina rugia em minhas veias, e cada fibra do meu ser estava focada em arrancar a verdade dele. De repente, senti a presença de Tayrus ainda na porta, hesitando como se estivesse incerto sobre se deveria ficar ou ir embora.
RavennaA urgência no tom de Connor ecoava em minha mente enquanto eu era conduzida para o refúgio dos rebeldes, junto com Astoria e minha mãe, Elain. O veículo balançava pelas estradas irregulares, e eu mal conseguia distinguir as árvores que passavam rápido. Minhas mãos estavam trêmu
RavennaEu segurei firme na mão de Benjamin, conduzindo-o por entre os corredores do refúgio. O cheiro de sangue e suor que emanava dele era penetrante, misturando-se com a tensão ainda presente no ar. Cada olhar curioso que cruzávamos carregava uma mistura de respeito e cautela, mas eu estava focada em uma coisa: acalmar Benjamin.“Temos um quarto para nós, onde pode descansar um pouco,” disse, tentando manter a voz suave e tranquilizadora.
BenjaminAinda sentindo o calor residual do nosso momento de paixão, me afastei ligeiramente de Ravenna. A água escorria por sua pele, os cabelos molhados moldando-se ao rosto. Havia algo quase hipnótico na maneira como a luz refletia no brilho de seus olhos, e uma nova onda de ternura tomou conta de mim. O desejo ardente havia sido saciado, mas agora, a necessidade de cuidar dela era esmagadora.“Venha aqui,” disse suavemente, pegando o shampoo da prateleira. Ravenna olhou para mim com um sorriso suave, seus olhos brilhando com uma mistura de carinho e curiosidade.Ela se virou de costas para mim, permitindo que eu aplicasse o shampoo em seus cabelos. Meus dedos se enroscaram nas mechas úmidas, massageando o couro cabeludo com cuidado. “Há quanto tempo não temos um momento assim?” murmurei, a voz rouca, mas cheia de um afeto genuíno.“A vida está nos at
BenjaminAbracei Ravenna uma última vez, permitindo-me saborear a suavidade de sua pele antes de sair do quarto. Havia uma preocupação que pesava sobre meus ombros, algo que eu não podia ignorar, mesmo que aquele momento parecesse apenas nosso. "Vou voltar logo," sussurrei contra seus cabelos molhados, sentindo uma leve resistência em seu abraço antes de ela me soltar com um aceno preocupado.Saí do quarto, fechando a porta com cuidado, e segui Cael pelo corredor iluminado apenas por luzes fracas. As paredes de concreto do abrigo dos rebeldes estavam revestidas de cartazes velhos e avisos improvisados, e o ar era pesado com o cheiro de tinta fresca e metal. O som de passos ecoava suavemente enquanto avançávamos, cada reverberação uma lembrança da gravidade da situação.Cael estava visivelmente tenso, seus passos firmes e rápidos. Ele se virou
BenjaminSaí da sede dos rebeldes com passos decididos, a cabeça erguida e a postura altiva. Sentia a força do olhar de todos sobre mim, um misto de respeito e admiração. Não me lembrava da última vez que senti tanta confiança, como se o peso que carregava nos ombros finalmente estivesse co